PAINEL DO LEITOR
A seção recebe mensagens pelo e-mail leitor@grupofolha.com.br, pelo fax (11) 3223-1644 e no endereço al. Barão de Limeira, 425, São Paulo, CEP 01202-900. A Folha se reserva o direito de publicar trechos. Lula e Bolsonaro A manchete da Folha deste domingo (12) é um espanto (“Mercado já vê Bolsonaro como opção contra Lula”). De maneira crua e nua, informa que, no andar de cima, para usar a terminologia consagrada de Elio Gaspari, vai se normalizando a adesão às tendências fascistas que hoje cruzam a cena política brasileira. Isso é mesmo uma vergonha.
SONIA CORRÊA
Gostaria de saber se a Folha, caso Geraldo Alckmin, por exemplo, estivesse disparado em primeiro lugar nas pesquisas eleitorais para presidente, iria procurar entre os empresários uma manchete do tipo “Mercado já vê Bolsonaro como opção contra Alckmin”. Quem está procurando uma opção contra Lula: o mercado ou a Folha?
ALBERTO VILLAS
PSDB A corrida presidencial sinaliza um filme de terror. No PSDB, questões éticas incontroversas geram grossa pancadaria. Alckmin se posiciona na corrida como um monge tibetano, carisma zero, sem ousadia ou liderança, nem sequer um projeto de país. Nos conflitos internos do PSDB, como em tudo, fica no limbo. Qual o legado de três mandatos à frente do mais rico Estado do país? Qual é a marca do governo Alckmin?
JOSÉ TADEU GOBBI,
Fernando Haddad Parabéns ao jornalista Sérgio Dávila pelo excelente artigo “Haddad, jornalismo e o 7 x 1 petista” (“Ilustríssima”, 12/11). De forma imparcial e lúcida, traz à luz dois dos maiores problemas do ex-prefeito: a soberba e a incapacidade de autocrítica (aliás, característica encontrada também na ex-presidente). Apesar das boas ideias progressistas e da simpatia da imprensa, ele não emplacou, corroborando o bordão de Chacrinha: “quem não comunica se trumbica”.
OTÁVIO V. DE FREITAS
É evidente que a principal causa da impopularidade de Fernando Haddad foi o abandono da agenda social do seu partido, e ele não teve coragem de admitir isso. Mas o que o artigo revela mais uma vez é que os jornalistas têm uma incrível dificuldade em conviver com a crítica, que deveria ser um dos seus principais instrumentos de trabalho. Que os políticos tenham essa dificuldade é compreensível, mas a imprensa prefere usar o seu imenso poder para destroçar os seus críticos.
JOSE PADILHA SIQUEIRA NETO
Acho curioso ver que certos grupos políticos criticam a liberdade de imprensa, apesar de defendê-la no papel. Os grupos que se dizem de esquerda são profissionais nisso, sem contar a tão contumaz vitimização. A gestão Haddad foi um desastre em vários aspectos, mas a arrogância atribui os erros cometidos à imprensa.
MARIO NUNES