Na onda da Lava Jato, policiais federais planejam se candidatar em 18 Estados
Um dos que pensam em concorrer em 2018 é o agente conhecido como ‘Lenhador da Federal’; ‘Japonês’ também pode disputar
ao Senado. O mote de sua propaganda? “A minha defesa da PF e da Lava Jato no mandato é meu maior patrimônio”, diz Francischini.
O eleitor de 2018 terá passado quatro anos assistindo aos policiais da Lava Jato prendendo magnatas por corrupção. O efeito é duplo: fomenta o descrédito na classe política e turbina a reputação da polícia. Equação perfeita para os candidatos da PF.
“As operações de combate à corrupção, principalmente a Lava Jato, deram visibilidade e prestígio para a Polícia Federal. É uma vantagem para um concorrente se associar a uma das instituições com maior credibilidade no país no momento”, diz o cientista político Marco Antônio Carvalho Teixeira, professor da FGV-SP (Fundação Getúlio Vargas).
Pesquisa do Ibope apontou que entre 20 entidades, a PF foi apontada como a terceira mais confiável, atrás apenas da igreja e dos bombeiros.
Cientes disso, candidatos buscam explicitar a ligação com o órgão. Boa parte usará o cargo antes do nome. Nas urnas haverá Delegado Francischini, Delegado Gastão e Delegado Federal Mikalovski.