Folha de S.Paulo

Na onda da Lava Jato, policiais federais planejam se candidatar em 18 Estados

Um dos que pensam em concorrer em 2018 é o agente conhecido como ‘Lenhador da Federal’; ‘Japonês’ também pode disputar

- WÁLTER NUNES

ao Senado. O mote de sua propaganda? “A minha defesa da PF e da Lava Jato no mandato é meu maior patrimônio”, diz Francischi­ni.

O eleitor de 2018 terá passado quatro anos assistindo aos policiais da Lava Jato prendendo magnatas por corrupção. O efeito é duplo: fomenta o descrédito na classe política e turbina a reputação da polícia. Equação perfeita para os candidatos da PF.

“As operações de combate à corrupção, principalm­ente a Lava Jato, deram visibilida­de e prestígio para a Polícia Federal. É uma vantagem para um concorrent­e se associar a uma das instituiçõ­es com maior credibilid­ade no país no momento”, diz o cientista político Marco Antônio Carvalho Teixeira, professor da FGV-SP (Fundação Getúlio Vargas).

Pesquisa do Ibope apontou que entre 20 entidades, a PF foi apontada como a terceira mais confiável, atrás apenas da igreja e dos bombeiros.

Cientes disso, candidatos buscam explicitar a ligação com o órgão. Boa parte usará o cargo antes do nome. Nas urnas haverá Delegado Francischi­ni, Delegado Gastão e Delegado Federal Mikalovski.

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