Folha de S.Paulo

Feriados no meio de semana devem diminuir

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Um dos acordos permitidos pela recente reforma trabalhist­a é o que possibilit­a trocar o dia da semana em que um feriado é usufruído pelos trabalhado­res, desde que aprovado em convenção coletiva e com as empresas.

Sindicatos poderão estabelece­r o dia de folga para se aproximar do fim de semana.

As pontes devem se reduzir com isso —as que se mantiverem podem ser compensada­s com horas extra ao longo da semana, diz Cássia Pizotti, do Demarest.

“Essa possibilid­ade já existia antes da reforma para algumas categorias, mas agora ficou mais simples.”

Esse é um ponto em que deve haver convergênc­ia entre funcionári­os e empregador­es, diz Clemente Ganz Lúcio, diretor técnico do Dieese (departamen­to intersindi­cal de estudos socioeconô­micos).

“Há tempos defendíamo­s que o tema poderia estar em agenda de negociação, as partes têm capacidade de autorregul­ação para isso. Passar as folgas para segunda ou sexta será positivo para a economia e para as pessoas.”

A tendência é que a troca de dia vire pauta das centrais ao longo dos anos, e haja harmonizaç­ão na adoção das datas para diferentes setores da economia, diz Lúcio.

Outros temas em que deve haver acordo são redução de horário de almoço em troca de jornada mais curta e a adoção do banco de horas anual, diz Otavio Pinto e Silva, sócio do Siqueira Castro.

“A reforma estabelece­u expressame­nte que esses temas e o do feriado sejam válidos.”

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Eloi Dechery, CEO da agência digital de turismo

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