Folha de S.Paulo

Alckmin adia entrega de estações da linha 5 do Metrô

Novas paradas haviam sido prometidas ainda para 2017 e conectaria­m ramal ao resto das linhas da companhia

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O governo Geraldo Alckmin (PSDB) e o Metrô adiaram mais uma vez a entrega de três novas estações da linha 5-lilás. As novas paradas haviam sido prometidas para dezembro e iriam finalmente interligar a linha 5-lilás com o restante da malha do Metrô em São Paulo. Agora a promessa é de que elas sejam entregues até abril.

O secretário estadual de transporte­s metropolit­anos, Clodoaldo Pelissioni, disse ao jornal “O Estado de S. Paulo” que o atraso ocorreu devido a problemas nas obras entre as futuras estações Eucaliptos e Moema e a litígios judiciais.

Nas estações Santa Cruz (que fará ligação com a linha 1-azul) e Chácara Klabin (que conectará à linha 2-verde), os atrasos foram devido a disputas entre as empresas responsáve­is por fazer o acabamento da estação.

O secretário chegou a dizer ao jornal que o prazo teve de ser estendido por segurança.

A linha 5-lilás, que hoje sai do Capão Redondo e vai até o Brooklin, chegou a ser prome- tida para 2014. Os novos prazos são de entregar as estações Eucaliptos, em janeiro de 2018, Moema, AACD-Servidor e Hospital São Paulo, em fevereiro. As estações Santa Cruz e Chácara Klabin ficariam só para abril. Já a estação Campo Belo seria entregue em dezembro do ano que vem.

A expectativ­a de sua entrega até dezembro era estratégic­a para o governador Geraldo Alckmin que pretende ter um cronograma de inauguraçõ­es antes de deixar o governo do Estado para concorrer na eleição presidenci­al de 2018.

O tucano esperava entregar até o início do ano que vem três novas estações na linha 5-lilás e duas estações a linha 4-amarela. Atualmente, todas as linhas de Metrô em expansão em São Paulo tem obras atrasadas. RETROSPECT­O As obras, numa primeira etapa da linha 5-lilás, foram iniciadas em 1998, no governo Mário Covas. A inauguraçã­o das primeiras seis estações, num percurso de 9,4 km, ocorreu em 2002. Mas a operação comercial só se tor- nou plena (todos os dias e em horário estendido) em 2008.

Em 2010, uma reportagem da Folha mostrou que as empresas que venceriam os lotes para a segunda etapa do ramal (entre as estações Largo Treze e Chácara Klabin) já eram conhecidas seis meses antes da licitação.

A licitação chegou a ser suspensa e o Ministério Público abriu investigaç­ão. O caso segue na Justiça. Em 2011, Alckmin decidiu avançar as obras com os contratos suspeitos, contrarian­do recomendaç­ão da Promotoria.

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