Ineficiência tira R$ 85 bi de fundos de pensão, diz TCU
Auditoria do Tribunal de Contas da União mostra que planos do BB, Petrobras e Caixa foram os mais afetados
Auditoria do Tribunal de Contas da União mostra que fundos de pensão públicos deixaram de ganhar R$ 85 bilhões em 2016 devido a ineficiências na gestão.
O mau desempenho se concentrou nas maiores entidades: Previ (Banco do Brasil), Petros (Petrobras) e Funcef (Caixa). Os fundos, que reúnem 483 mil associados, deixaram de ganhar R$ 75 bilhões no período.
O cálculo é resultado de comparação do crescimento do patrimônio líquido dos planos de previdência privados com os estatais.
O desempenho negativo desses fundos se deve principalmente a investimentos em projetos como Sete Brasil e Enseada, investigados por suspeita de fraude pela Polícia Federal. Diante das perdas, o TCU quer reparação aos beneficiários.
A Previ questiona o relatório do tribunal e afirma que o resultado negativo no período é consequência da recessão econômica.
A Petros informa que mantém investigações para averiguar eventuais irregularidades nos investimentos. A Funcef não respondeu aos questionamentos da reportagem. A Previc, que regula os planos, não quis se manifestar.