Ões de como trabalhávamos.”
MAPA PSICOLÓGICO A Cambridge Analytica, que atuou na campanha de Trump, está sob críticas desde que reportagens do Guardian e do New York Times mostraram que ela recolheu dados de mais de 50 milhões de perfis do Facebook para criar técnicas de previsão de comportamento eleitoral.
As técnicas, descritas como “modelagem psicométrica” e baseadas em parte nos dados do Facebook, foram a base de seu trabalho para Trump em 2016, o que gerou debate sobre a eficiência da tecnologia da empresa.
As mesmas técnicas foram o cerne de seu trabalho para o grupo político de Bolton.
“O comitê de Bolton estava obcecado com a ideia de que os EUA estavam se tornando um país frouxo e queria pesquisas e mensagens quanto a questões de segurança nacional”, disse Wylie.
“Isso na prática queria dizer que era preciso instilar uma visão de mundo mais militarista. Pelo menos foi isso que eles disseram querer”.
Usando os modelos psicométricos, a Cambridge Analytica ajudou a desenvolver conceitos para propaganda de campanha de candidatos apoiados pelo comitê, como o republicano Thom Tillis, eleito senador em 2014, segundo Wylie e outro funcionário que pediu anonimato.
Uma das peças foi um vídeo dirigido a pessoas que, pelo modelo da consultoria, valorizariam o trabalho e a experiência, e que comparava Bolton e Tillis ao presidente Ronald Reagan (1981-89).
A crise abalou a confiança de usuários e as ações do Facebook, que é alvo de pedidos de investigação de legisladores nos EUA e na Europa. PAULO MIGLIACCI