Folha de S.Paulo

Protagonis­ta na França, Neymar tenta ser decisivo também na Champions

Brasileiro tem quase um gol por jogo na temporada, mas atuações no torneio continenta­l ainda destoam do desempenho no Francês

- Bruno Rodrigues e João Gabriel Anne-Christine Poujoulat - 7.out.18/AFP

Com campanha perfeita, Barcelona pode garantir vaga INTER DE MILÃO BARCELONA 18h, no estádio San Siro

Onde ver: Facebook do Esp. Interativo

NAPOLI PARIS SAINT-GERMAIN

18h, no estádio San Paolo Na TV: TNT

são paulo Diferentem­ente do Campeonato Francês, torneio em que o Paris Saint-Germain soma 12 vitórias em 12 jogos e registra o melhor início de um clube das cinco principais ligas europeias na história, a Champions League impõe desafios reais ao PSG. E também ao atacante brasileiro Neymar.

Nesta terça (6), a equipe francesa encara o Napoli, no sul da Itália, pela quarta rodada da fase de grupos. Uma oportunida­de para o camisa 10 mostrar, no torneio continenta­l, o mesmo poder de decisão que tem na liga nacional.

Com média de 0,85 gol por jogo na temporada (12 gols em 14 partidas), Neymar tem sido importante para o começo de campeonato avassalado­r do PSG na França.

Em 10 partidas, ele balançou as redes 9 vezes e deu 4 assistênci­as, com participaç­ões decisivas em vitórias dos parisiense­s. Foi o caso do triunfo por 2 a 1 sobre o Lille, na sexta (2), quando o brasileiro deu passe em profundida­de para Kylian Mbappé marcar o primeiro gol antes de ele mesmo garantir o resultado com um chute da entrada da área.

Foi o único jogo no campeonato nacional que o time venceu por apenas um gol de diferença. Na Champions League, porém, o atacante ainda não conseguiu se mostrar tão determinan­te para a equipe como nos jogos da liga francesa.

Neymar tem 3 gols em 3 rodadas até agora no torneio. Todos diante do Estrela Vermelha, da Sérvia, no 6 a 1 em Paris. Os sérvios não disputavam a fase de grupos desde 1992.

Na derrota por 3 a 2 para o Liverpool, na estreia, ele teve atuação discreta, apesar de ter dado assistênci­a —sua única na Champions— para Mbappé empatar o jogo em 2 a 2. Firmino marcaria nos acréscimos do segundo tempo para dar o triunfo aos ingleses.

No empate em 2 a 2 com o Napoli, em Paris, na última rodada, o protagonis­ta do PSG foi o argentino Ángel Di María, que fez um golaço aos 48 minutos da etapa final e livrou o time francês de se compromete­r cedo no torneio.

Quando decidiu-se por Neymar, o presidente do Paris Saint-Germain, Nasser Al-Khelaifi, tinha um objetivo claro: dar ao seu elenco a figura que representa­sse o salto de qualidade necessário para colocar o clube no caminho da glória europeia, grande obsessão de Al-Khelaifi e dos dirigentes parisiense­s. Neymar seria o artífice, em campo, do projeto.

A escolha foi baseada principalm­ente na excelente atuação do brasileiro na goleada por 6 a 1 do Barcelona sobre o próprio PSG na edição 2016/2017 da Champions. Na partida de ida, os franceses haviam vencido por 4 a 0.

Com dois gols e uma apresentaç­ão coletiva que liderou o Barcelona à virada histórica, Neymar foi, então, mais decisivo até que Lionel Messi.

Essa mostra de protagonis­mo fez com que o PSG fosse buscá-lo na Catalunha, na tentativa de que o descolamen­to de Messi desse a Neymar liberdade para repetir apresentaç­ões como aquela, e de forma menos esporádica.

Na temporada passada, criou-se grande expectativ­a sobre o confronto com o Real Madrid, pelas oitavas de final. Na partida de ida, contudo, o brasileiro foi discreto, e o Real venceu, na Espanha, por 3 a 1.

Para o jogo de volta, em março, os parisiense­s não puderam contar com Neymar, que lesionou o pé direito entre os duelos. O Real Madrid venceu novamente, desta vez por 2 a 1, e arrancou até o terceiro título europeu consecutiv­o.

“Para que seja bem sucedida a temporada, o PSG tem que vencer a Liga dos Campeões, não tem jeito. Esse é o objetivo principal. Muitos anos correndo atrás, muito investimen­to, então tem que vencer. Ganhar a liga francesa ou a Copa da França não vai mu- dar nada”, diz Eric Frosio, correspond­ente no Brasil da revista France Football.

O Liverpool lidera o Grupo C, com 6 pontos. O Napoli tem

5. Na sequência vêm PSG, com 4, e Estrela Vermelha, que tem

1. Também nesta terça, o Liverpool encara o Estrela Vermelha, na Sérvia. O atacante suíço Xherdan Shaqiri não viajou ao país pelo temor da recepção que o atleta teria pelos torcedores adversário­s.

De origem kosovar, Shaqiri comemorou gol da vitória suíça por 2 a 1 sobre a Sérvia, na última Copa do Mundo, fazendo com as mãos gesto de uma águia. Era uma alusão à águia de duas cabeças, símbolo da Albânia, origem étnica da maioria dos kosovares que lutaram na guerra de independên­cia, no fim dos anos 1990, contra o domínio sérvio.

O Barcelona entra em campo nesta terça-feira contra a Inter de Milão (ITA) com duas grandes expectativ­as: uma possível classifica­ção antecipada para a fase de mata-mata da Champions e o retorno de Lionel Messi.

O argentino está fora de ação desde que machucou o braço direito em vitória contra o Sevilla no último dia 20, pelo Campeonato Espanhol. Esperava-se que ele ficasse afastado até o meio de novembro, mas Messi já voltou aos treinos e foi relacionad­o para o duelo em Milão.

Para garantir a vaga no Grupo B, o líder Barcelona precisa vencer a partida diante dos vice-líderes. Se a Inter sair vitoriosa e o outro jogo, entre Tottenham (ING) e PSV (HOL), terminar empatado, espanhóis e italianos avançam na competição.

 ??  ?? Neymar após perder gol em vitória sobre o Lyon, pelo Campeonato Francês
Neymar após perder gol em vitória sobre o Lyon, pelo Campeonato Francês

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Brazil