Protagonista na França, Neymar tenta ser decisivo também na Champions
Brasileiro tem quase um gol por jogo na temporada, mas atuações no torneio continental ainda destoam do desempenho no Francês
Com campanha perfeita, Barcelona pode garantir vaga INTER DE MILÃO BARCELONA 18h, no estádio San Siro
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NAPOLI PARIS SAINT-GERMAIN
18h, no estádio San Paolo Na TV: TNT
são paulo Diferentemente do Campeonato Francês, torneio em que o Paris Saint-Germain soma 12 vitórias em 12 jogos e registra o melhor início de um clube das cinco principais ligas europeias na história, a Champions League impõe desafios reais ao PSG. E também ao atacante brasileiro Neymar.
Nesta terça (6), a equipe francesa encara o Napoli, no sul da Itália, pela quarta rodada da fase de grupos. Uma oportunidade para o camisa 10 mostrar, no torneio continental, o mesmo poder de decisão que tem na liga nacional.
Com média de 0,85 gol por jogo na temporada (12 gols em 14 partidas), Neymar tem sido importante para o começo de campeonato avassalador do PSG na França.
Em 10 partidas, ele balançou as redes 9 vezes e deu 4 assistências, com participações decisivas em vitórias dos parisienses. Foi o caso do triunfo por 2 a 1 sobre o Lille, na sexta (2), quando o brasileiro deu passe em profundidade para Kylian Mbappé marcar o primeiro gol antes de ele mesmo garantir o resultado com um chute da entrada da área.
Foi o único jogo no campeonato nacional que o time venceu por apenas um gol de diferença. Na Champions League, porém, o atacante ainda não conseguiu se mostrar tão determinante para a equipe como nos jogos da liga francesa.
Neymar tem 3 gols em 3 rodadas até agora no torneio. Todos diante do Estrela Vermelha, da Sérvia, no 6 a 1 em Paris. Os sérvios não disputavam a fase de grupos desde 1992.
Na derrota por 3 a 2 para o Liverpool, na estreia, ele teve atuação discreta, apesar de ter dado assistência —sua única na Champions— para Mbappé empatar o jogo em 2 a 2. Firmino marcaria nos acréscimos do segundo tempo para dar o triunfo aos ingleses.
No empate em 2 a 2 com o Napoli, em Paris, na última rodada, o protagonista do PSG foi o argentino Ángel Di María, que fez um golaço aos 48 minutos da etapa final e livrou o time francês de se comprometer cedo no torneio.
Quando decidiu-se por Neymar, o presidente do Paris Saint-Germain, Nasser Al-Khelaifi, tinha um objetivo claro: dar ao seu elenco a figura que representasse o salto de qualidade necessário para colocar o clube no caminho da glória europeia, grande obsessão de Al-Khelaifi e dos dirigentes parisienses. Neymar seria o artífice, em campo, do projeto.
A escolha foi baseada principalmente na excelente atuação do brasileiro na goleada por 6 a 1 do Barcelona sobre o próprio PSG na edição 2016/2017 da Champions. Na partida de ida, os franceses haviam vencido por 4 a 0.
Com dois gols e uma apresentação coletiva que liderou o Barcelona à virada histórica, Neymar foi, então, mais decisivo até que Lionel Messi.
Essa mostra de protagonismo fez com que o PSG fosse buscá-lo na Catalunha, na tentativa de que o descolamento de Messi desse a Neymar liberdade para repetir apresentações como aquela, e de forma menos esporádica.
Na temporada passada, criou-se grande expectativa sobre o confronto com o Real Madrid, pelas oitavas de final. Na partida de ida, contudo, o brasileiro foi discreto, e o Real venceu, na Espanha, por 3 a 1.
Para o jogo de volta, em março, os parisienses não puderam contar com Neymar, que lesionou o pé direito entre os duelos. O Real Madrid venceu novamente, desta vez por 2 a 1, e arrancou até o terceiro título europeu consecutivo.
“Para que seja bem sucedida a temporada, o PSG tem que vencer a Liga dos Campeões, não tem jeito. Esse é o objetivo principal. Muitos anos correndo atrás, muito investimento, então tem que vencer. Ganhar a liga francesa ou a Copa da França não vai mu- dar nada”, diz Eric Frosio, correspondente no Brasil da revista France Football.
O Liverpool lidera o Grupo C, com 6 pontos. O Napoli tem
5. Na sequência vêm PSG, com 4, e Estrela Vermelha, que tem
1. Também nesta terça, o Liverpool encara o Estrela Vermelha, na Sérvia. O atacante suíço Xherdan Shaqiri não viajou ao país pelo temor da recepção que o atleta teria pelos torcedores adversários.
De origem kosovar, Shaqiri comemorou gol da vitória suíça por 2 a 1 sobre a Sérvia, na última Copa do Mundo, fazendo com as mãos gesto de uma águia. Era uma alusão à águia de duas cabeças, símbolo da Albânia, origem étnica da maioria dos kosovares que lutaram na guerra de independência, no fim dos anos 1990, contra o domínio sérvio.
O Barcelona entra em campo nesta terça-feira contra a Inter de Milão (ITA) com duas grandes expectativas: uma possível classificação antecipada para a fase de mata-mata da Champions e o retorno de Lionel Messi.
O argentino está fora de ação desde que machucou o braço direito em vitória contra o Sevilla no último dia 20, pelo Campeonato Espanhol. Esperava-se que ele ficasse afastado até o meio de novembro, mas Messi já voltou aos treinos e foi relacionado para o duelo em Milão.
Para garantir a vaga no Grupo B, o líder Barcelona precisa vencer a partida diante dos vice-líderes. Se a Inter sair vitoriosa e o outro jogo, entre Tottenham (ING) e PSV (HOL), terminar empatado, espanhóis e italianos avançam na competição.