Folha de S.Paulo

Montadoras lançam carros elétricos no Salão do Automóvel, a partir de R$ 149 mil

Veículos custarão a partir de R$ 149 mil; executivos demonstram otimismo com economia em 2019

- Eduardo Sodré

As opções de carros elétricos disponívei­s no Brasil darão um salto após o Salão do Automóvel de São Paulo, que será aberto nesta quintafeir­a (8) para o público.

De uma só vez, quatro modelos têm vendas confirmada­s no país, que até então tinha apenas o BMW i3 entre os carros movidos somente a eletricida­de como opção.

Chevrolet, Renault, Nissan e Audi anunciaram a chegada de carros emissão zero ao país, todos com estreia em 2019.

O Nissan Leaf já está em prévenda. A montadora lança o programa de comerciali­zação no Salão, com preço a partir de R$ 178,4 mil.

Segundo a montadora, o carro tem autonomia de aproximada­mente 250 km e potência equivalent­e a 149 cv. As entregas aos clientes terão início no primeiro semestre de 2019.

Na Renault, o compacto elétrico Zoe foi anunciado para o público em geral por R$ 149 mil. O veículo já estava disponível para empresas por meio de encomendas. Agora, os carros começam a ser vendidos em duas lojas, uma em São Paulo e outra em Curitiba.

O Zoe é o modelo elétrico mais vendido na Europa, segundo o presidente da Renault do Brasil, Luiz Pedrucci.

Entre outras atrações do evento, está o superespor­tivo híbrido AMG One, da Mercedes, que tem mais de 1.000 cv de potência. Apenas 275 unidades serão produzidas e entregues até o fim de 2019.

Três brasileiro­s estão na fila de compradore­s e deverão pagar R$ 10 milhões pelo carro.

Executivos presentes no Salão do Automóvel de São Paulo demonstram otimismo com os rumos da economia em 2019, apesar das críticas recentes feitas por Paulo Guedes ao sistema atual de subsídios à indústria.

O futuro comandante da economia no governo de Jair Bolsonaro (PSL) quer uma indústria menos dependente de isenções fiscais.

“Guedes falou que não concorda com subsídios, e eu acho essa visão correta, mas também é preciso reduzir a carga tributária”, disse Pablo Di Si, presidente da Volkswagen na América do Sul.

O executivo afirmou que os mercados reagiram bem às indicações ministeria­is feitas até agora e que o momento é favorável para o setor automotivo, com baixa inadimplên­cia.

Marcos Munhoz, vice-presidente da General Motors Mercosul, disse que 2018 deve fechar com cresciment­o em torno de 15% sobre 2017.

“Agora com o novo governo, há um novo começo, e esperamos fazer em 2019, no mínimo, os mesmos 15% de alta deste ano, lembrando que a gente caiu muito em vendas”, afirmou Munhoz, referindo-se à retração entre 2014 e 2016.

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Eduardo Anizelli/Folhapress AMG One, da Mercedes, que custa R$ 10 mi; três brasileiro­s estão na fila

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