Folha de S.Paulo

Câmara aprova Rota 2030, programa de incentivo para o setor automotivo

- Bernardo Caram e Joelmir Tavares

A Câmara aprovou nesta quarta (7) a medida provisória que estabelece novo regime tributário para o setor automotivo, o Rota 2030. O programa cria incentivos fiscais para montadoras e exige investimen­tos e pesquisa como contrapart­ida.

O texto, que vai para o Senado, entra em conflito com as ideias da equipe de Jair Bolsonaro (PSL), que é contrária à concessão de benefícios a setores específico­s.

O Rota 2030 terá duração de 15 anos e vai englobar diferentes tipos de incentivo. Um é a redução de IPI sobre veículos híbridos e elétricos.

Além disso, as empresas que investirem em pesquisa e desenvolvi­mento gerarão créditos fiscais. O governo estima um gasto anual de R$ 1,5 bilhão com o Rota.

As companhias que aderirem ao programa se compromete­rão com meta de elevação na eficiência energética.

O programa substitui o Inovar-Auto, que expirou em dezembro após condenação da OMC (Organizaçã­o Mundial do Comércio) por violar regras internacio­nais.

No plenário, o texto foi alterado para permitir que apenas empresas que fabricam veículos no Brasil possam aderir ao Rota 2030. Quem não produz em solo nacional e comerciali­za os veículos no país não fará jus ao benefício. A mudança pode prejudicar importador­es.

Durante a tramitação, foram incluídos no projeto artigos que não estão ligados ao tema central da MP, os chamados “jabutis”.

Uma deles é a inclusão na desoneraçã­o da folha de pagamentos dos setores moveleiro e de comércio varejista de calçados e artigos de viagem.

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Eduardo Anizelli/Folhapress BMW no Salão, que começa hoje em SP

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