Guia da TV

Entre o presente e o passado

A nova novela das seis, Espelho da Vida, está imperdível! Alinne Moraes, que é Isabel, uma vilã da pesada, e Rafael Cardoso, preso por matar a sua noiva na década de 30, conversara­m com a Guia da TV e contaram todos os bastidores da trama!

- Texto: Aline Campanhã/colaborado­ra Entrevista: André Luís Romano/colaborado­r

Alinne Moraes

Como será essa sua nova vilã em

Espelho da Vida?

“Essa vilã é bem vilã mesmo. Vilã de folhetim. E pra quem conhece a Elizabeth Jhin sabe que ela não tem medo de ousar, mesmo porque são duas histórias, e pode ser que muitas dessas maldades serão justificad­as pela outra personagem, que vive em 1930. Entendendo como ela se tornou essa mulher. É uma personagem humana, mas vamos ver até onde o ser humano é capaz de chegar, a certeza é que ela não mede esforços para conseguir o que quer.”

É sua segunda parceria com a Elizabeth Jhin, né?

“Sim, e voltar como antagonist­a é a coisa mais incrível do mundo. Em Além do Tempo também contamos duas histórias, e apesar de uma trama lembrar a outra, agora estamos fazendo um trabalho completame­nte diferente, numa outra posição. Em Além do Tempo, a minha personagem era mais mimada e mais leve, essa de agora é bem pesada, demoníaca (risos). Tanto que quando fui fazer a escolha dos vestidos para o figurino, eu quis logo abusar da cor vermelha. Ela vai infernizar o Alain, mas nessa relação com ele, saberemos quem é o verdadeiro antagonist­a da história.”

Como está sendo para a preparação para esses personagen­s?

“A gente começou a preparação para 1930 agora, então é tudo bem recente. Costumo brincar que é um trabalho esquizofrê­nico. Ao meio dia estamos em 1930, às seis da tarde estamos em 2018. Como não temos cidade cenográfic­a, por uma opção do diretor Pedro Vasconcell­os, tudo fica um pouco mais delicado, já que temos que viajar sempre para o interior de Minas Gerais.”

Você acredita em reencarnaç­ão?

“Eu já acreditei muito, mas agora não tenho uma opinião formada, não acredito, nem desacredit­o. Tenho muita coisa para pensar nesse momento, e acho que essas perguntas me atormentav­a quando era bem pequeninin­ha, até mais ou menos 7 anos,depois disso foi diminuindo. Tem gente que se pergunta depois dos 30, 40 anos, e cada um tem um momento certo. Nesse momento da minha vida tem coisas que exigem tanto de mim, que não consigo prestar atenção nessas outras.”

Você segue alguma religião?

“Não, só desejo o bem das pessoas. Me coloco muito no lugar dos outros, e acredito que a bondade gera bondade.”

O que mais a encantou na personagem?

“Eu acho que me encantou o fato de ser vilã. A Silvia, de Duas Caras, não era uma vilã, inicialmen­te, mas acabou se tornando do mal ao longo da trama. Em Rock Story, me disseram que eu seria uma vilã, mas eu lia e não conseguia enxergar isso, já que a personagem era passional e muito humana. Mas a de agora é completame­nte o oposto de todas, ela veio para causar. Ela não é uma pessoa boa, e isso vai ficar bem claro. Chega até a arrepiar.”

Você disse que ela é muito má. Como você faz para se livrar disso depois?

“Ah, mas isso desce rapidinho (risos). Eu gosto muito de brincar com vilã, porque tudo é possível. Mesmo se você errar, está certo. Fica como a personagem fora da casinha, tudo é mais amplo. Gosto mais. Diria até que é mais fácil do que fazer mocinha. E quanto a sair do

personagem, fica no estúdio depois, porque para mim é tudo uma brincadeir­a. Eu não sou aquela que entro e falo ‘só um minutinho que preciso respirar’. Terminou a ação, deu o corta, já estou rindo e está tudo certo.” Rafael Cardoso

Como surgiu o convite para atuar na novela?

“Eu já estava escalado. Eu encontrei o Pedro Vasconcelo­s na saída da praça de alimentaçã­o e fui perguntar da novela, mas ele disse que eu tinha que descansar. Foi com o Pedro que eu fiz meu primeiro teste para novela, lá em Beleza Pura, que foi meu primeiro personagem. Foi ele quem me deu essa oportunida­de, e eu brinco que se ele me chamar para pular da ponte eu pulo junto. Eu não podia deixar essa oportunida­de passar, ainda mais se tratando de uma novela da Elisabeth Jin, com quem eu já trabalhei em Além do Tempo.”

Você acredita em espiritism­o?

“Eu acredito, e gosto de falar disso. O meu personagem, Danilo, é um pintor que a princípio estava só no passado. Por ser uma obra aberta, não sei o que vai acontecer, mas, pode acontecer, dele aparecer de alguma maneira no presente.”

Muita gente falou sobre você voltar para a novela com tão pouco tempo. O que você acha disso?

“Eu adoro trabalhar, e para mim é um desafio me reinventar em curtíssimo espaço de tempo. Eu faço o melhor que eu posso, se eu vou dar conta, eu já não sei, mas eu vou tentar.”

Em curto tempo você se divide entre família, negócios e trabalhos. Como é seu dia a dia?

“Eu estou com três restaurant­es, tenho uma fábrica de reciclávei­s, uma fazenda de orgânicos, mais a novela e a paternidad­e. Eu acho que o segredo é qualidade de tempo e a organizaçã­o. Eu não tenho nem whatsapp, e minhas redes sociais eu alimento só com o necessário. Não sei o que vai ser da vida amanhã, mas quero qualidade de vida. Não quero ver meus filhos crescidos e perceber que não tive tempo de curtir eles. Não quero ter essa dor pra mim.”

Você tem vontade de sair do país?

“No momento eu tenho muita vontade. Tem muita coisa acontecend­o lá fora de negócios pra mim, não só como ator. Coisas de empresas que estão muito certo. Tem grande possibilid­ade de em pouco tempo eu estar partindo. Mas, dá para levar as duas coisas também, não preciso abandonar. Quero ir para perto de Nova York.”

Seu personagem repete a parceria com a Aline Moraes de Além do Tempo?

“Sim. Existe esse reencontro, ela e eu é como se estivéssem­os em casa.”

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