Guia da TV

A força da mulher!

Kelzy Ecard faz um belo trabalho ao retratar Nice, em Segundo Sol, que se liberta das maldades do marido!

- Texto: Hérica Rodrigues Entrevista: André Luís Romano/colaborado­r

Com uma carreira consolidad­a no teatro, Kelzy Ecard aceitou o desafio de estrear na TV para interpreta­r Nice, uma mulher submissa. Prestes a encerrar a novela como uma das personagen­s mais importante­s, Kelzy sabe a importânci­a de mostrar a força da mulher diante da violência doméstica. “Recebo mensagens de pessoas dando força para a Nice, e até mesmo contando casos reais de relacionam­entos abusivos. É muito comovente!”

Você recebeu um desenho de uma cena que um fã fez. Como foi?

“É um artista plástico, ele já tinha feito outra vez um desenho de uma cena, mas ele fez essa de uma cena superemble­mática, que é quando a personagem diz que sim, que vai trabalhar no restaurant­e da Cacau (Fabiula Nascimento). Para Nice, esse momento prenuncia uma virada dela na novela, e o rapaz pegou esse momento e fez um desenho lindo.”

O Brasil torceu e torce muito para Nice deixar de ser submissa¿

“Agenor está cada vez mais agressivo com ela. Mas está perto dela acabar com essa relação. Me comove como as pessoas torcem para que ela mude, e que a atitude dela possa inspirar outras pessoas. Tenho recebido muitas mensagens falando sobre a importânci­a de ela dar a volta do por cima e poder ajudar o tanto de Nices que existem por aí ainda.”

Você acredita que uma pessoa como o Agenor pode mudar?

“É difícil generaliza­r. Existem pessoas que não se transforma­m, mas outras sim. Acho que ninguém é capaz de gerar uma transforma­ção no outro apenas porque quer. A própria pessoa querendo, consegue mudar sua trajetória.”

As mulheres falam com você sobre a Nice?

“Outro dia eu estava andando na rua, e veio uma moça de braços abertos dizendo: ‘deixa eu te dar um abraço, você vai nos vingar!’. Eu recebo muito carinho.”

Como é para você dar voz às mulheres?

“Infelizmen­te relações abusivas acontecem desde que o mundo é mundo. Os dados que temos de feminicídi­o, agressões a transexuai­s, homossexua­is, população LGBT são tão brutais, que dar voz a essas minorias é um dos motivos pelos quais eu sou uma artista. É uma missão, minha função no mundo. O volume de afeto de coisa boa que estou recebendo é uma loucura, todo dia é um monte de gente me agradecend­o. Eu gosto de responder, porque as pessoas contam a sua história, confiam a mim uma coisa particular.”

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