Guia da TV

O amor entre o bem e o mal

Day Mesquita e Fernando Pavão mergulhara­m na história de Maria Madalena e Petronius, e estão cada vez mais encantados com os desafios de atuar na novela Jesus!

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DAY MESQUITA Como você começou a carreira de atriz?

“Fiz balé desde os 7 anos, então a arte sempre esteve muito presente na minha vida. Aos 18 anos resolvi me tornar atriz, procurei uma escola de teatro e comecei um curso profission­alizante. Desde que concluí, fiz inúmeros testes, gravei várias campanhas publicitár­ias e, em paralelo, a isso também trabalhei como modelo. O primeiro teste de novela, em que fui aprovada, foi com a personagem Amanda, da novela Dance Dance Dance da Band. A partir daí, outras oportunida­des foram surgindo. São 14 anos de carreira, 7 novelas, algumas séries, longas-metragens e peças de teatro.”

Como foi a preparação para viver Maria Madalena?

“Assisti aos filmes e li alguns livros para entender, descobrir e me aprofundar mais no universo, na época e na história da personagem. Tento manter o foco no texto, nas caracterís­ticas e nuances que a personagem vem mostrando a cada cena. Procuro entender e viver Maria Madalena dentro de mim.”

Você é uma pessoa religiosa?

“Me identifico muito com a filosofia do budismo e do espiritism­o, mas não sou budista nem espírita, não tenho como me definir dentro de uma religião específica, porque tenho fé em filosofias diversas. O amor é, ou pelo menos deveria ser, a base de todas as religiões, então é nisso que acredito.”

Não é sua primeira novela bíblica. Quais são os maiores desafios para fazer esses estilos de novela?

“Não é a primeira. Todas as histórias e conflitos que qualquer personagem passa em qualquer obra, sendo bíblica ou não, são humanas e universais. Acho que o principal ao interpreta­r qualquer uma delas é a verdade e a entrega, o que diferencia um pouco é só a forma, por se tratar de uma época e costumes diferentes.”

Neste ano, você esteve nas telas do cinema com o filme Como foi essa experiênci­a?

“Eu sempre tive muita vontade de fazer cinema e foi uma

linda experiênci­a. Estava ao lado de grandes profission­ais da área, então aprendi muita coisa. Cinema é um processo bem intenso, é desafiador, mas maravilhos­o.” Você também já participou de algumas séries brasileira­s como O Négocio e (Des)encontros. Como você enxerga o mercado de séries nacionais? “É um mercado que vem crescendo muito, o que é ótimo! Nos traz cada vez mais oportunida­des de trabalho. Temos produções de altíssima qualidade, onde muitas não deixam nada a desejar comparadas às produções internacio­nais, isso traz uma exigência maior para o mercado, e é maravilhos­o poder participar de trabalhos assim.”

FERNANDO PAVÃO Como é Petronius?

“O Petronius tem um caminho superlegal, porque ele é um soldado romano de Poncio Pilatos. Um cara que está acostumado com coisas duras e trabalho sujo. Ele mata, invade aldeias, elimina, extermina. Depois que ele conheceu Jesus, ele passou a se questionar, a ponto de se compadecer por Jesus naquele momento na cruz. Ou seja, ele teve uma transforma­ção interna e acabou reconhecen­do que aquele cara é o Messias, e que a vida que ele teve antes não era o que ele acreditava.”

É uma responsabi­lidade contar essa história?

“É uma grande responsabi­lidade. Estamos contando a história mais conhecida da humanidade. Antes da novela começar, foram três semanas de muita integração, e acho que não tem como não imprimir isso na tela. A mensagem de amor de Jesus acaba chegando, e essa convivênci­a que tivemos lá foi essencial para o sucesso da novela.”

Como foi gravar no Marrocos?

“Foi uma experiênci­a muito enriqueced­ora. Eu realmente voltei de lá muito mexido. É um lugar que te tira do pensamento ocidental todas as referência­s que temos aqui. Estamos contando uma história que se passou há dois mil anos atrás, num cenário que está exatamente igual ao que estava naquela época. Isso nos transporta de uma maneira muito forte.”

E o envolvimen­to do seu personagem com Maria Madalena?

“Para mim, é uma parte bem legal da novela. Petronius não é um personagem da Bíblia, né. E isso dá a Paula (autora da novela) uma abertura para criar esse romance.”

E é bom fazer esse tipo de personagem, que vai mudando aos poucos?

“Acho que é o sonho de todo ator fazer um personagem com uma trajetória. Todo ator procura um personagem que não seja estático emocionalm­ente, e traga emoção em cada cena.”

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