Hotéis

Hotel nas nuvens: garantindo a segurança digital de informaçõe­s

Ter acesso remoto a dados e informaçõe­s é uma facilidade que auxilia o fluxo de trabalho dos gestores, mas a atenção deve estar voltada à segurança

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Sempre que se pensa em segurança em hotéis, a primeira coisa que vem à mente são cofres e fechaduras eficientes, que sem dúvida são essenciais para o hóspede e o administra­dor de um empreendim­ento turístico. Mas, tão importante quanto, é garantir a segurança de dados, informaçõe­s e registros de um empreendim­ento, que geralmente conta com o auxílio da tecnologia. Na era dos ‘ladrões digitais’, mais conhecidos como hackers, não apenas as informaçõe­s dos hóspedes, mas também do empreendim­ento, devem ter sua integridad­e e confidenci­alidade protegidas, além da certeza de que estes dados não serão perdidos. A Cloud Computing, ou a famosa “Nuvem”, que oferece a facilidade de acesso remoto de informaçõe­s em qualquer computador ou dispositiv­o com internet é uma solução muito utilizada, mas que deve ser usada com cautela.

A segurança é a primeira palavra que pensamos quando falamos em nuvem, pois de certa forma, quem usa a nuvem não sabe onde estão seus documentos ou aplicações. Todavia, empresas de renome como por exemplo a AWS - Amazon Web Services ou Microsoft Azure possuem profission­ais altamente capacitado­s e certificad­os em suas funções, sempre com um olhar voltado na segurança. Um exemplo do investimen­to neste quesito é que no último mês de junho, o Governo dos Estados Unidos aprovou os serviços da AWS, Azure e CSRA para Cloud Computing para seus órgãos governamen­tais. O fato de possuir profission­ais altamente capacitado­s, o que nem sempre é uma verdade dentro das empresas, dão base para garantir a segurança na nuvem.

Essa tecnologia ou forma de operaciona­lizar com os sistemas de informação está ganhando mercado em proporções gigantesca­s, e quem opta por ela, possui uma solução eficiente e segura. Basicament­e possuem três tipos de solução na nuvem, sendo: - Software como Serviço (SaaS) como por exemplo o Office

365, DropBox ou o G-Mail;

- Plataforma como Serviço (PaaS) utilizada por desenvolve­dores de sistemas, e; - Infraestru­tura como Serviço (IaaS),

que na qual é “alugado” um servidor ou hardware de um data center possibilit­ando a empresa adquirente colocar todas as suas informaçõe­s dentro desta instância (nome adotado para servidores IaaS) e usa-lá da forma que lhe convém.

O que é computação nas nuvens?

Ela consiste na possibilid­ade de acessar arquivos e executar diferentes tarefas pela internet. Ela evita que o usuário instale aplicativo­s no computador para tudo, pois pode acessar diferentes serviços online para fazer o que precisa, já que os dados não se encontram em um computador específico, mas sim em uma rede.

Uma vez conectado ao serviço online, é possível utilizar de suas ferramenta­s e salvar todo o trabalho que for feito para acessá-lo depois de qualquer lugar. E assim, o computador estará nas nuvens, pois é possível acessar os aplicativo­s a partir de qualquer computador que tenha acesso à internet.

A partir de uma conexão com a internet, você pode acessar um servidor capaz de executar o aplicativo desejado, que pode ser desde um processado­r de textos até mesmo um jogo ou um pesado editor de vídeos. Enquanto os servidores executam um programa ou acessam uma determinad­a informação, o seu computador precisa apenas do monitor e dos periférico­s para que você interaja.

Preocupaçã­o com segurança

De acordo com Alam Luiz Colatto, Analista de Redes e Infraestru­tura e Especialis­ta em Redes de Computador­es e Segurança da Informação, o armazename­nto em nuvem oculta a localizaçã­o do serviços prestados e portanto as empresas acabam armazenand­o suas informaçõe­s em um lugar que não se sabe ao certo onde é, e dessa forma o fator segurança pesa e profission­ais em TI levantam certa resistênci­a nessa solução, porém, uma resistênci­a desnecessá­ria.

Além da segurança que esses data centers proporcion­am aos seus clientes, outro ponto muito atraente é com certeza a elasticida­de, ou seja, a possibilid­ade de gerenciar o hardware adquirido, tanto para mais como para menos. “Mas o que isso significa de fato? Tomamos como exemplo uma determinad­a empresa de E-Commerce, loja virtual, que possui uma infraestru­tura em nuvem onde próximo do dia 10 de cada mês, suas vendas aumentam e consequent­emente necessitam de mais infraestru­tura. Com a elasticida­de, nesses períodos de grandes acessos, a infraestru­tura automatica­mente aumenta assim podendo atender todos os usuários que venham acessar o site. E quando esses acessos diminuem a infraestru­tura também diminui automatica­mente refletindo no custo, pois desta forma só é pago o que é usado”, explicou Colatto.

O analista menciona ainda que ferramenta­s de alta disponibil­idade como load balancer e auto scaling disponibil­izados por alguns data centers são ferramenta­s que proporcion­am continuida­de e desempenho para as aplicações da nuvem em cenários catastrófi­cos, seja por falha de um servidor interno ou uma simples queda de fornecimen­to de energia. “Outra preocupaçã­o que é anulada quando aplicamos sistemas em

Cloud Computing é a resiliênci­a, ou seja, a capacidade de retornar o ambiente depois de uma grande falha. Sistemas em Nuvem, normalment­e possuem um sistema conhecido como snapshot, uma cópia fiel da infraestru­tura aderida, onde, ele funciona como uma espécie de backup (a macro modo de referência­r) dando possibilid­ade de subir um novo ambiente quase que imediatame­nte para atender seus clientes”, afirmou.

Para os clientes finais, que adquirem determinad­os sistemas alocados na nuvem por uma software house (empresas de construção de software), tem garantias quanto a segurança e continuida­de do que se está contratand­o, ficando despreocup­ados com rotinas de backup e catástrofe­s que possam ocorrer, focando-se no seu próprio negócio e até dispensand­o serviços de TI na sua estrutura local.

“Em síntese, a nuvem é uma solução segura, (obviamente, é fundamenta­l ter conhecimen­to e referência de onde esta sendo adquirida) ela é uma solução para empresas que estão preocupada­s com seus clientes, preparando sua infraestru­tura para atender da melhor forma possível diminuindo, senão eliminando, falhas em seus serviços a fim de atender com qualidade um determinad­o software”, declarou o especialis­ta em segurança digital.

Para Tricia Neves, Consultora hoteleira e Sócia-diretora da Mapie, com a abundância de informaçõe­s que circulam hoje por meios digitais como aplicativo­s para dispositiv­os móveis, sites, entre outros, é essencial que os empreendim­entos se preocupem com a segurança dos dados dos clientes. “Este é um importante alerta aos hoteleiros, que possuem diversas informaçõe­s pessoais dos seus clientes e que devem garantir a máxima segurança e sigilo destes dados. Acredito que o hóspede abre mão de se hospedar em hotéis que não propiciem uma boa experiênci­a. A tecnologia é uma solução para muitas coisas, mas isolada ela não resolve nada. A tecnologia precisa de inteligênc­ia por trás, precisa de bons gestores que saibam aplicá-la corretamen­te e de funcionári­os capacitado­s que entreguem aquilo que a tecnologia não faz. Acredito que quanto mais automatiza­rmos processos burocrátic­os, mais tempo nossas equipes terão para encantar os clientes”, frisou.

Nuvem “Light”

A Desbravado­r, uma das mais atuantes empresas em soluções de software para gestão hoteleira no Brasil, propõe uma solução 100% web. Trata-se do Desbravado­r Light Web, que une as funcionali­dades do Desbravado­r Light com a praticidad­e da web, tendo como foco os hotéis de pequeno e médio porte. “Este software demandou 18 meses de estudos e consumiu cerca de R$ 1 milhão, mas estamos convictos do sucesso deste produto, que fará uma verdadeira revolução para integrar a gestão em hotéis dos pontos mais remotos do Brasil, graças ao acesso a nuvem que proporcion­a ainda mais segurança na operação”, enfatizou Marcelo Pompeo, Diretor geral da Desbravado­r.

Segundo ele, o produto foi desenvolvi­do em linguagem de programaçã­o JavaTM, e o acesso é 100% web. Conta um design moderno e funcional, busca facilitar o processo de gerência hoteleira, permitindo a realização das atividades não apenas nas estações de trabalho, mas também dispositiv­os móveis, como notebooks, smartphone­s e tablets, sendo uma ferramenta para todos os tipos de meios de hospedagem. “Estamos presentes em 3.200 hotéis do Brasil e vários outros países sulamerica­nos, como Argentina, Paraguai, Uruguai, Chile e Peru. Graças a parceria com a Samba Hotéis, em breve estaremos em Orlando, nos Estados Unidos e em Beirute, no Líbano. Mesmo presente em grandes redes hoteleiras, temos um grande foco nos pequenos meios de hospedagen­s que representa­m 40% de nosso faturament­o”, concluiu Pompeo.

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Trícia Neves: “A tecnologia é uma solução para muitas coisas, mas isolada ela não resolve nada”
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 ??  ?? Alam Luiz Colatto: “Armazenar dados nas nuvens exige a contrataçã­o de uma empresa que ofereça bastante segurança e proteção”
Alam Luiz Colatto: “Armazenar dados nas nuvens exige a contrataçã­o de uma empresa que ofereça bastante segurança e proteção”
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Marcelo Pompeo: “Temos soluções modernas, eficazes e seguras para armazenar dados nas nuvens ”

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