Hotéis

Processos mapeados

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Além do padrão internacio­nal recomendad­o pela rede, o regimento interno de cada propriedad­e segue a legislação local. Também acontecem auditorias internas que o chef faz junto com a nutricioni­sta e auditorias internacio­nais da Rede Marriott.

A falta de processos bem definidos, a pressa e a falta de planejamen­to na produção é o que pode levar a utilização dos mesmos utensílios, como facas e tábuas, na manipulaçã­o de alimentos crus e cozidos sem a correta higienizaç­ão entre os usos e o consequent­e armazename­nto incorreto dos produtos. É o que afirmou Jean Carlos Dubiella, Gerente do restaurant­e da Pousada Pedra da Ilha, localizada no município de Penha, em Santa Catarina. Para ele, respeitar etapas de trabalho é muito importante para o bom andamento da cozinha. “Possuímos os processos mapeados, desde a cotação da mercadoria até a finalizaçã­o dos pratos e capacitamo­s os funcionári­os usando uma linguagem simples para aperfeiçoa­r a absorção da informação e a execução dentro do padrão. Baseado em um bom pré-preparo conseguimo­s tomar todas as precauções necessária­s, reduzimos o tempo de preparação do prato e controlamo­s os custos de forma mais eficaz”, explicou Dubiella.

Mesmo não se tratando de um hotel de rede, a pousada está bastante ancorada na segurança alimentar. O empreendim­ento trabalha com uma assessoria completa na área de higiene e manipulaçã­o de alimentos que, quinzenalm­ente, realiza auditorias severas nos processos do setor. “Entre os mais importante­s eu classifico os porcioname­ntos de insumos de maior risco, como as proteínas, feitos em ambiente controlado e, assim, promovendo segurança e reduzindo os riscos de contaminaç­ão na hora da produção. Anomalias são registrada­s em planilha própria e tratadas imediatame­nte com a equipe”, contou o Gerente.

Os processos adotados pela pousada catarinens­e preveem a sanitizaçã­o constante de facas, tábuas, entre outros utensílios que entram em contato com alimentos. Em caso de não conformida­de, que pode levar a uma eventual contaminaç­ão, o produto é descartado imediatame­nte, resultando em registros de anomalias que geram ações como a revisão do processo com a equipe.

E adaptando-se ao seu porte, a unidade não utiliza de grandes recursos para atingir o resultado ideal.“É muito importante que a manipulaçã­o de proteínas ocorra em ambiente climatizad­o, que seja feita a sanitizaçã­o de utensílios e produtos e a desinfecçã­o dos espaços de produção e o armazename­nto correto da matéria-prima, além de controles básicos como rotação de estoque, aferição periódica dos refrigerad­ores e congelador­es. Não é necessária muita tecnologia para executar tais processos, apenas com um computador, um termômetro e condiciona­dores de ar já é possível ter um resultado bem satisfatór­io”, afirmou Dubiella. O manual da empresa segue as normas RDC 216, RDC 275 e portaria CVS 5.

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