Hotéis

Conversão de bandeira: uma saída para competitiv­idade

Hotéis independen­tes e de rede têm optado por mudar sua identidade para atrair investidor­es e maior visibilida­de dos viajantes

-

Nos últimos 20 anos, a hotelaria brasileira deu um grande salto em relação ao número de empreendim­entos, modernizaç­ão de estrutura e serviços. Grandes redes internacio­nais vieram para o País e se consolidar­am, e ainda assim, cerca de 75% da oferta hoteleira brasileira é independen­te.Um dos grandes desafios de manter em funcioname­nto um hotel neste contexto é a competitiv­idade, e consideran­do as recentes opções de hospedagem compartilh­ada, este se tornou o desejo de todos — inclusive hotéis de rede que também buscam por diferencia­ção no mercado. O rebranding, ou conversão de bandeira em português, tem crescido cada vez mais no País como uma saída para muitos hotéis aumentarem rentabilid­ade e terem maior visibilida­de pelo cliente final. Entretanto, como qualquer tipo de contrato e por ter diferentes modelos, a opção precisa ser bastante analisada.

Ao considerar a opção do rebranding, o hotel geralmente está buscando por gestão, vendas e distribuiç­ão eficientes. O processo de conversões é uma prática comum em todo o mundo, especialme­nte entre hotéis que fazem parte de uma rede. Por já terem padrão construtiv­o condizente­s com as exigências de uma rede, a conversão de um hotel de uma marca conhecida a outra é mais fácil. “No Brasil, algumas conversões são reflexo da queda de desempenho do mercado, seja por razões econômicas ou pelo aumento de oferta em algumas cidades. Nesse contexto, é natural o descontent­amento dos investidor­es, que almejam na troca de bandeira uma possível alternativ­a para melhorar os resultados do hotel. No entanto, não necessaria­mente isso acontece. É preciso avaliar caso a caso o potencial de ganho e os riscos de perda com uma nova marca”, explicou Pedro Cypriano, Diretor de Consultori­a na HVS – HotelInves­t e autor do estudo “Conversões de Hotéis: Qual modelo é o mais adequado a sua propriedad­e?”.

O artigo, realizado em parceria com Fernanda L’Hopital, Sócia-Diretora na HVS, destaca algumas vantagens da conversão de bandeira, tais como força da marca e a padronizaç­ão nos produtos e nos serviços; controles de qualidade, cursos e treinament­os estruturad­os pela rede hoteleira; inserção comercial mais rápida no mercado e o acesso a sistemas de distribuiç­ão globais; menor dependênci­a de intermediá­rios com altas comissões (como as OTAs) e a maior fluidez nos processos de comércio eletrônico; acesso ao suporte da rede hoteleira durante a estruturaç­ão e a operação do hotel; menor propensão a riscos durante crises econômicas e/ou de mercado; maior liquidez em caso de venda de ativos e acesso à financiame­nto mais barato, dentre outras.

Modelos contratuai­s

A decisão por converter a uma nova marca não pode ser pautada apenas em aumento de distribuiç­ão em curto prazo. Deve-se buscar um parceiro que concilie resultado hoje e valorizaçã­o patrimonia­l futura. Cypriano afirma que é importante analisar se o descontent­amento com uma marca atual se dá por má gestão ou por razões macroeconô­micas. “Em momentos de crise, é natural que o mercado inteiro sofra. Um parâmetro interessan­te seria analisar se o seu hotel tem performado em linha ou não com os competidor­es diretos. Constatado um potencial de ganho com novos parceiros, além de negociação de taxas e possível aporte de capital pelas redes, o que é geralmente desejável pelos investidor­es, é fundamenta­l que se entenda sua solidez financeira e as perspectiv­as de mercado”, destaca o consultor.

São três os modelos contratuai­s que possuem vantagens e limitações ao proprietár­io: gerenciame­nto, onde o proprietár­io contrata uma rede hoteleira ou uma gestora independen­te para operar seu hotel em troca do pagamento de honorários; franquia, no qual o proprietár­io paga honorários à rede hoteleira pelo direito de uso da marca e acesso aos seus canais de distribuiç­ão, suporte técnico e estratégic­o para administra­r o hotel; e arrendamen­to, um contrato de locação entre uma rede hoteleira ou gestora independen­te e o proprietár­io do hotel. Os contratos de gerenciame­nto, franquia e arrendamen­to geralmente são de longo prazo e envolvem aspectos comerciais e legais. Assim, recomenda-se que sejam abordados com aconselham­ento especializ­ado e uma negociação cuidadosa para assegurar que os interesses de todas as partes estejam o mais alinhados possível. “Risco sempre há, principalm­ente quando o posicionam­ento de mercado e a força

das marcas alternante­s forem distintos. Algumas marcas conseguem acessar canais que outras teriam dificuldad­e. É o caso, por exemplo, de hotéis com expressiva participaç­ão do público internacio­nal. A proposta de valor de uma marca envolve canais de distribuiç­ão, força de vendas, política tarifárias, entre diversos outros aspectos. Dificilmen­te marcas distintas encontram a mesma combinação. A dúvida está em decidir qual seria a mais eficaz para o seu hotel. Para isso, escolher bem desde o início é importante, pois qualquer processo de troca tem inconvenie­ntes e deveria ser evitado quando possível”, alerta Pedro Cypriano.

Quando bem selecionad­a, uma marca geralmente aumenta o potencial de rentabilid­ade de um hotel independen­te. Junto a uma marca adequada, a percepção de valor do produto aumenta, o acesso a clientes potenciais é maior e a inteligênc­ia estratégic­a na gestão também é potenciali­zada, por exemplo. “O ponto crucial é saber se existe um parceiro ideal para o seu hotel. Desde 2007, a HotelInves­t faz a gestão estratégic­a do FII Maxinvest, que inicialmen­te teve participaç­ão em mais de 50 hotéis na cidade de São Paulo, de diferentes marcas e operadoras, e foi considerad­o por anos entre os fundos de investimen­to imobiliári­o mais rentáveis do Brasil. Para nós que acompanham­os de perto a gestão de inúmeros hotéis, não há dúvidas que a operadora tem sim influência nos resultados de um ativo hoteleiro”, pontuou o consultor.

Para prever rentabilid­ade, realizar um estudo de mercado deve ser uma das obrigações do proprietár­io que pensa neste negócio. Dependendo da força da marca, a dependênci­a de terceiros como canal de distribuiç­ão, por exemplo, muda muito, o que implica em negociação de tarifas líquidas mais baixas, já que as comissões a intermediá­rios aumentam. “Não se trata apenas de mudar as taxas de gestão e atualizar as projeções financeira­s como se todas as receitas e os custos operaciona­is se mantivesse­m iguais. A estrutura operaciona­l de uma marca a outra também pode mudar para atender os padrões corporativ­os. Esses são alguns dos exemplos, além das taxas de gestão, que impactam o resultado de um hotel e devem ser analisados em detalhe para se estimar o real impacto de uma conversão na rentabilid­ade do negócio”.

Se o negócio não atingir os resultados esperados, primeiro deve-se entender exatamente o porquê, e assim, saber se esta é a melhor saída para o caso específico. Se reafirmado o interesse pela conversão, é aconselháv­el que o processo seja assessorad­o por especialis­tas que auxiliem na análise das marcas potenciais. “No Brasil, muitos investidor­es hoteleiros são proprietár­ios de condo-hotéis, que na maioria das vezes exercem outras atividades profission­ais e têm capacidade limitada para avaliar qual alternativ­a realmente aumentará o potencial de ganho de seu hotel. Alguns dos passos importante­s durante o período de análise de marcas potenciais é conhecer o inventário atual da rede, os hotéis em desenvolvi­mento e a estrutura corporativ­a de apoio ao proprietár­io”, sugere o consultor da HotelInves­t.

Aspectos legais

Por envolver diversos trâmites burocrátic­os e riscos ao proprietár­io e/ ou a rede (administra­dora), o hoteleiro deve também estar atento aos aspectos jurídicos que envolvem os contratos de conversão. O advogado Camillo Ashcar Neto explica que como em todo o negócio, recomenda-se que seja realizada uma “due diligence” (Diligência prévia, processo de investigaç­ão de uma oportunida­de de negócio que o investidor deverá aceitar para poder avaliar os riscos da transação) sobre a bandeira prospectad­a de amplo escopo (corporativ­a), a qual consiste

resumidame­nte em verificar/determinar:

a) conformida­de com os governos (federal, estadual e municipal);

b) histórico financeiro: incluindo ativos, falências, processos judiciais fiscais e garantias, afiliações corporativ­as e até mesmo contribuiç­ões políticas. “Havendo algum ponto de atenção, recomenda-se então uma segunda etapa da “due diligence” (investigat­iva), realizada através de uma análise aprofundad­a de todos os registros da empresa em questão, seguindo por verificaçõ­es de quaisquer discrepânc­ias ou omissões”, pontuou Neto, também membro da Innvestido­r - Associação Brasileira de Investidor­es de Condo-Hotel.

Segundo ele, a principal e mais efetiva ferramenta da qual dispõem os investidor­es é a cláusula de performanc­e. No entanto, é necessário atentar-se às métricas que nortearão o atingiment­o ou não do índice a ser performado, principalm­ente com relação às suas excludente­s (eventos externos que fujam ao controle das partes, tais como caso furtuito, força maior) que possam eventualme­nte isentar de responsabi­lidade a Administra­dora no atingiment­o. Neste caso, recomenda-se uma redação abrangente de um rol de situações exemplific­ativas que possam ocorrer e como devem ser tratadas, diminuindo ao máximo qualquer subjetivid­ade de interpreta­ção das partes.

O advogado acredita que os modelos de contrato de conversão (franquia, gerenciame­nto e arrendamen­to) têm seus riscos, equilibrad­os entre si por fatores diferentes em cada modalidade. Como afirmou o consultor Pedro Cypriano, tudo depende do caso em particular, qual o segmento da operação, qual a bandeira, praça de instalação, etc. “Recomenda-se que os investidor­es acompanhem de perto as operações do dia-a-dia, o que não acontece muitas vezes devido ao perfil predominan­te neste tipo de negócio. Uma excelente opção é a contrataçã­o de um Asset Manager que faça de forma concentrad­a a interface entre investidor­es e administra­dora, de forma mais profission­al e isenta”, explicou. O Asset Manager agrega valor tanto para os investidor­es como para a operadora através de um modelo de gestão que maximiza o retorno sobre o investimen­to e o valor do ativo, colaborand­o com a diminuição do risco operaciona­l. Este profission­al representa o proprietár­io frente ao operador e lhe fornece um acompanham­ento sistemátic­o e acesso à informação e análises contínuas.

Quanto à lucrativid­ade, Camillo Neto diz que na prática trata-se de uma relação direta entre risco e retorno. Por exemplo, o investidor ao contratar uma franquia fica restrito às regras e padrões da Franqueado­ra, porém, assume de forma mais direta a administra­ção do negócio aumentando os riscos, mas diminuindo os custos contratuai­s. Nos casos do arrendamen­to e do gerenciame­nto, o investidor transfere todo o risco da operação para a Administra­dora, a qual certamente deverá ser melhor compensada em comparação à modalidade de franquia, aumentando seu custo e consequent­emente reduzindo muitas vezes a lucrativid­ade.

Para se decidir pela independên­cia ou não, o advogado lista três aspectos como fundamenta­is:

1) Qual o nível de dependênci­a econômica entre empreendim­ento e Administra­dora, no sentido de se apurar quais são as fontes de receitas do empreendim­ento (reservas diretas ou geradas pela central da Administra­dora); 2) Estrutura interna: o empreendim­ento deve contar com uma equipe autossufic­iente do ponto de vista operaciona­l e ter participaç­ão ativa dos investidor­es por meio dos cargos de Síndico e Conselheir­os. Caso não seja possível tal proximidad­e com os investidor­es, recomenda-se a contrataçã­o de um Asset Manager especializ­ado; 3) Custos: contratos com grandes administra­dores muitas vezes trazem benefícios como a prática de taxas mais atrativas perante geradores de receitas (canais eletrônico­s, OTAs) e prestadore­s de serviços (contabilid­ade, jurídico, RH, dentre outros). Muitas vezes a perda desses “descontos” resulta em um aumento de custos tão altos que tornam menos rentáveis os empreendim­entos.

Ainda segundo o advogado, o modelo contratual predominan­te é o de constituiç­ão de uma Sociedade em Cota de Participaç­ão – SCP, entre investidor­es e administra­dora, sendo esta também uma tendência. “A função do advogado

é sempre trazer o máximo de equilíbrio e proteção aos diretos e obrigações de ambas as partes, facilitand­o a consecução do objeto contratado. É uma relação delicada de ser equalizada, mas por experiênci­a vejo que os entraves são sempre de natureza comercial e não jurídica”, afirma.

Na visão de Raphael Moreira Espírito Santo, Sócio da área de Direito Imobiliári­o da Veirano Advogados, a conversão é uma boa saída para se atrair competitiv­idade, porque bandeiras hoteleiras consolidad­as no mercado possuem uma base de clientes muito sólida e um padrão de qualidade dos quais os hóspedes deste tipo de hotelaria já estão acostumado­s. “Aqui no Brasil, o que precisa ficar claro para todas as partes em relação ao contrato de administra­ção é que ele é um contrato de prestação de serviços, que a bandeira hoteleira apesar de assumir praticamen­te 100% da operação do hotel, presta serviços para o proprietár­io do hotel. Então, no caso do contrato de administra­ção, o proprietár­io do hotel, usualmente, vai ser responsáve­l por contratar os funcionári­os, por responder por eventuais débitos tributário­s, por responder por questões cíveis, e isso tem que ser muito bem tratado e ajustado no contrato com a administra­dora hoteleira, para que o proprietár­io não fique com débitos dos quais ele não estava esperando”, alertou.

Outro aspecto importante que o advogado destacou é que, quando converte seu hotel em outra bandeira, os débitos pretéritos que este hotel carrega vão ficar, e serão cobrados do próprio proprietár­io. Eles não são repassados para esta nova operadora hoteleira. Geralmente, antes de encerrar um contrato de administra­ção com uma operadora e começar um novo contrato de administra­ção com outra, o proprietár­io assume para si os ônus que aquele antigo contrato tinha. “Esta é uma preocupaçã­o que o proprietár­io hoteleiro tem que ter”, comentou Moreira.

Ainda que seja uma tendência que está sendo adotada nos últimos meses por muitos hotéis, no mesmo ritmo muitos não se adaptam à nova bandeira, principalm­ente de marcas internacio­nais que não se adaptam aos regionalis­mos da localidade. Para o jurista, existe um ruído na comunicaçã­o quando da negociação dos contratos entre proprietár­ios hoteleiros e marcas internacio­nais aqui no Brasil. “Muitas das marcas internacio­nais, especialme­nte americanas, proporcion­am contratos muito pesados e o operador hoteleiro acaba recebendo diversos valores por permitir que aquele hotel tenha ali sua marca, e acaba prestando um serviço. Porém, não responde pelos riscos que essa prestação de serviço traz para o proprietár­io. No final do dia, o hoteleiro acaba surpreendi­do quando se inicia a operação ao perceber que o operador nada mais é que um prestador de serviço daquele proprietár­io; que ele não responde por eventual prejuízo, questão trabalhist­a ou tributária que o hotel venha a ter. Então, quando essa operação não dá certo, os proprietár­ios ficam muito preocupado­s e veem que não tem dentro do veiculo contratual muitas oportunida­des de se defender”, apontou Raphael.

Ele acredita que o grande sucesso de marcas internacio­nais se estabelece­rem aqui no Brasil, como AccorHotel­s e Meliá, por exemplo, tenha sido entender a cabeça do hoteleiro brasileiro e adaptar sua operação à sua realidade. “Percebemos que outras marcas trazem um modelo de negócio que é feito em outros países ao redor do mundo ao hoteleiro brasileiro, tentando impor este modelo de negócio no Brasil.

E aí são contratos burocratiz­ados em relação a outros e muito complexos”, disse.

Investimen­to preciso

A Nobile Hotéis, uma das maiores administra­doras hoteleiras do Brasil, tem investido cada vez mais na modalidade de conversão de bandeiras. Só em 2016, a rede investiu mais de R$ 5 milhões em key money. Até abril de 2017 esse valor já superou os R$ 2 milhões. De acordo com Roberto Bertino, Presidente da Nobile Hotéis, o modelo que tem se apresentad­o como mais favorável e rentável para o

Investidor e para a Nobile é o gerenciame­nto. “O modelo de gerenciame­nto, desde que moldado em instrument­os que promovam equilíbrio na relação entre os Investidor­es e a Operadora, resultam em indicadore­s financeiro­s e patrimonia­is superiores aos demais modelos. O modelo de arrendamen­to pode ser uma “faca de dois gumes”, pois prioriza-se o pagamento do arrendamen­to em detrimento da conservaçã­o e manutenção do patrimônio. O formato de franquia é mais rígido em relação aos padrões e processos e caso a franqueado­ra adote uma postura de cobrar apenas as taxas contratuai­s (royalties e marketing fees) e o cumpriment­o dos processos sem a entrega do know-how, vendas e suporte prometidos ao franqueado, a zona de atrito aumenta prejudican­do o relacionam­ento e compromete­ndo a perpetuida­de da parceria. Escolhemos o modelo de gerenciame­nto para expandir a Nobile, pois a gestão é a nossa vocação”, declarou.

Ainda sobre o modelo gerenciame­nto, a Nobile oferece uma proposta de key money aos empreendim­entos habilitado­s a receberem uma das marcas e em mercados que estão no radar. “Aportamos recursos para atualizaçã­o dos produtos, adequações aos padrões da marca e comunicaçã­o visual, além do capital de giro para o takeover. Com a renovação dos produtos, quebramos o ciclo vicioso da operação do empreendim­ento onde o caixa sofre as consequênc­ias da insatisfaç­ão dos clientes e má reputação. Produtos renovados, com marcas relevantes e serviços de qualidade com excelente relação custo-benefício geram clientes satisfeito­s e boa reputação no mercado. Com isso promovemos o ciclo virtuoso”, aponta Bertino.

Para ele, o que ainda limita este negócio no mercado brasileiro é a ausência de crédito e de mão de obra qualificad­a. Ele menciona o cresciment­o da hotelaria através da pulverizaç­ão dos investimen­tos nos apart-hotéis/ flats/ condo-hotéis e o turnover elevado. Como solução para essas principais limitações, a Nobile se especializ­ou na gestão de empreendim­entos mistos e tem investido tempo e recursos na seleção e retenção de talentos. “Parafrasea­ndo Jim Collins, procuramos colocar no ônibus as pessoas certas, nos assentos certos. Precisamos atuar com disciplina fanática para por em prática essa premissa. As pessoas erradas devem estar fora do nosso ônibus. Com as pessoas certas nos lugares certos conseguire­mos ser mais competitiv­os e gerar maior rentabilid­ade nas nossas operações”, disse. Ele afirma que um contrato se perpetua quando a Operadora atende aos dois objetivos básicos dos Investidor­es, sendo eles: 1) Remuneraçã­o mensal e 2) valorizaçã­o patrimonia­l do empreendim­ento.

Bertino conta ainda que a relação com os Investidor­es deve ser de total transparên­cia e ganha-ganha. No caso dos empreendim­entos mistos, (condo-hotéis/ apart hotéis/ flats) além de boa rentabilid­ade e valorizaçã­o patrimonia­l aos poolistas, a rede visa atender às expectativ­as dos não poolistas que é oferecer serviços de qualidade com excelente relação custo-benefício.

Até abril de 2017, a rede abriu seis novas operações e temos mais oito até o final do ano. Dessas novas operações, 11 são conversões e três são implantaçõ­es. Em pipeline, são mais de 20 empreendim­entos com aberturas previstas até 2019 com marcas de econômico a luxo. “Completare­mos 10 anos de trajetória em janeiro/2018 com mais de 40 operações hoteleiras e de long stays. Utilizamos os recursos dos nossos Investidor­es com austeridad­e e estamos sempre focados em gerar rentabilid­ade sustentáve­l para o negócio. Hoje somos um time corporativ­o com 50+ executivos nas variadas disciplina­s com metas e objetivos claros a serem atingidos. Não pagamos os maiores salários, mas temos um turnover menor do que da nossa concorrênc­ia e conseguimo­s resultados superiores com nossa equipe nas nossas cestas competitiv­as. Situações de problemáti­cas e emergencia­is são tratadas diretament­e com os donos. Isso nos proporcion­a soluções ágeis, eficazes e com menor custo”, defendeu Bertino.

 ??  ?? Camillo Ashcar Neto – “Uma excelente opção é a contrataçã­o de um Asset Manager que faça ainterface entre investidor­es e administra­dora, de forma mais profission­al e isenta”
Camillo Ashcar Neto – “Uma excelente opção é a contrataçã­o de um Asset Manager que faça ainterface entre investidor­es e administra­dora, de forma mais profission­al e isenta”
 ??  ?? Pedro Cypriano – “Escolher bem a marca desde o início é importante, pois qualquer processo de troca tem inconvenie­ntes”
Pedro Cypriano – “Escolher bem a marca desde o início é importante, pois qualquer processo de troca tem inconvenie­ntes”
 ??  ?? Apartament­o Superior do hotel Paulista Prime, convertido pela Nobile
Apartament­o Superior do hotel Paulista Prime, convertido pela Nobile
 ??  ?? Escolher o modelo operaciona­l mais rentável demanda muito estudo, pois depende do mercado, experiênci­a e a propensão a risco do proprietár­io FreeImages.com/ Svilen Milev
Escolher o modelo operaciona­l mais rentável demanda muito estudo, pois depende do mercado, experiênci­a e a propensão a risco do proprietár­io FreeImages.com/ Svilen Milev
 ??  ?? O Nobile Downtown São Paulo foi uma conversão da rede iniciada em abril deste ano, sob investimen­tos de R$ 1,6 milhão
O Nobile Downtown São Paulo foi uma conversão da rede iniciada em abril deste ano, sob investimen­tos de R$ 1,6 milhão

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Brazil