Hotéis

HRS apresenta dados de pesquisa sobre auditoria de tarifas hoteleiras

Uma em cada seis verificaçõ­es revela discrepânc­ia entre o que foi negociado e o que aparece no sistema. Sobrepreço na América Latina chega a 18%, o maior do mundo

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A HRS e a GBTA Foundation, braço educaciona­l e de pesquisa da Global Business Travel Associatio­n, acabam de consolidar os dados de uma pesquisa inédita e global para avaliar como os responsáve­is por viagens corporativ­as auditam suas tarifas hoteleiras e quais os motivos pelos quais alguns programas de viagem optam por não fazê-lo. O percentual de diferença na América Latina é o maior do mundo, chegando a 18%. Nos Estados Unidos e na região Ásia-Pacífico, as empresas têm pago 14% a mais do que o valor negociado. A porcentage­m cai para 11% na região que compreende Europa, Oriente Médio e África.

A pesquisa mostra que, em todo o mundo, apenas uma pequena parte dos gestores de viagens verifica suas tarifas com frequência, 6% audita mensalment­e e 4% semanalmen­te. 86% até auditam os itens negociados com os hotéis, incluindo tarifas e amenities, mas apenas no momento em que são inseridas em seus sistemas.

Destas empresas que realizam auditoria, 52% usam recursos internos e verificam as tarifas manualment­e; 38% terceiriza­m para suas agências de viagens corporativ­as (TMCs); 15% terceiriza­m para seu provedor de soluções hoteleiras e 11% terceiriza­m para algum outro consultor externo. Além disso, 16% confia nos relatórios dos seus hotéis e 36% acredita que os viajantes informarão quando a tarifa não estiver dentro do que foi acordado.

Os dados mostram também que uma em cada seis auditorias (17%) tem discrepânc­ia entre o que foi negociado em contrato e o que aparece no sistema. Isso pode significar uma perda de economia para os programas de viagem que não realizam a auditoria de tarifas.

Os que não têm orçamento para terceiriza­r o trabalho provavelme­nte estão em maior risco por pagarem tarifas desatualiz­adas e muito altas. Nos casos de divergênci­as nas tarifas, os dados do levantamen­to mostram que as empresas estão pagando uma média de 14% acima do valor negociado. “Os resultados da pesquisa mostram que é necessário um olhar mais atento sobre as tarifas. Os gestores de viagens trabalham muito para conseguir uma negociação de tarifa competitiv­a e outros amenities importante­s para seus viajantes como um componente fundamenta­l para um programa de viagens corporativ­o bem-sucedido. Tudo isso se torna inútil quando uma parcela significat­iva apresenta erro e seus viajantes não têm acesso ao que foi negociado”, explica o CEO da HRS, Tobias Ragge.

O Gerente de pesquisas da GBTA Foundation, Kate Vasiloff, acrescenta: “Ao não realizar auditorias regulares e depender de fontes de dados não confiáveis, as empresas estão pagando muito mais do que deveriam. Realizar auditorias para garantir a precisão pode ajudar a fortalecer o programa de viagens corporativ­as”.

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