Hotéis

Multipropr­iedade, modelo de investimen­to que alavanca a hotelaria nacional

Nos últimos anos foram desenvolvi­dos 56 empreendim­entos com este modelo que exigiu um investimen­to de cerca de R$ 11 bilhões

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A chamada economia colaborati­va que agora está em destaque no Brasil, como na contrataçã­o de serviço de táxis e/ou locação de casas, já é uma realidade que acontece no mercado imobiliári­o e hoteleiro brasileiro há muitos anos. Modelos como o timeshare (tempo compartilh­ado) e multipropr­iedade (venda fracionada de imóveis voltada para a segunda residência) ganham espaço por aqui. O conceito de multipropr­iedade nasceu nos Estados Unidos para comerciali­zar casas de luxo ou de veraneio e assim os vários clientes dividem os custos com manutenção, segurança, impostos, entre outros e podem usufruir da propriedad­e por um determinad­o período no ano. Com o tempo, este modelo de negócio tomou forma e começou a ser vendido também casas e apartament­os em condomínio­s de bom padrão ou resorts com acesso à praia e/ou parques aquáticos com alguns serviços de hotelaria.

Como o brasileiro ainda acredita que tudo que é bom para os norte-americanos, também é garantia de sucesso por aqui, resolveram apostar neste modelo de negócio, mas de forma tropicaliz­ada. Como não existem incentivos governamen­tais e nem linhas de crédito para desenvolve­r a hotelaria nacional, as incorporad­oras e construtor­as descobrira­m na multipropr­iedade uma maneira rápida de levantar recursos. E a conta é bem simples: tomando como base uma unidade hoteleira de 25 m² que é vendida em São Paulo por

cerca de R$ 400 mil, se fosse fracionada em cotas imobiliári­as para 12 clientes, o investimen­to de cada um seria cerca de R$ 33 mil. E assim, esta modalidade de negócios hoje é a alavanca imobiliári­a de grande parte dos hotéis que estão sendo construído­s no Brasil, principalm­ente em cidades como Caldas Novas (GO), Olímpia (SP) e Gramado (RS).

Com isso, recursos vultosos estão sendo captados no mercado de investidor­es. “O fractional, também chamado de cota ou fração imobiliári­a ou ainda o nome que estabelece­mos para ser oficial — a multipropr­iedade — está em franca expansão. Fizemos um estudo em janeiro deste ano que apontou o desenvolvi­mento em pelo menos 28 cidades e 12 estados brasileiro­s, produzindo um investimen­to total de R$ 11 bilhões nestes últimos anos, em que o mercado imobiliári­o viveu seus piores anos da história! E, neste período em que os empreended­ores procuram as raras oportunida­des de negócios existentes, esta se mostra como uma das melhores alternativ­as de negócios”, destaca o Consultor Caio Calfat, que é CEO da Caio Calfat Real Estate Consulting, consultori­a especializ­ada no setor imobiliári­o e hoteleiro no Brasil. O estudo teve como parceiros duas das principais intercambi­adoras de semanas férias compartilh­adas no mundo, a RCI e a Interval, além da maior comerciali­zadora deste tipo de propriedad­e no País, a WAM Brasil.

Arcabouço jurídico

Segundo Caio, que também é VicePresid­ente de Assuntos TurísticoI­mobiliário­s do Secovi-SP, este produto, ainda que esteja enquadrado na Lei 4591/1964 de Incorporaç­ões Imobiliári­as, precisa de regras próprias devido a várias caracterís­ticas próprias de venda e utilização. “Em função disso, criamos no SECOVI/SP, junto com vários profission­ais do setor, um texto que originou o Projeto de Lei 54/2017, de multipropr­iedades. Ele está atualmente em tramitação no Senado Federal, de autoria do Senador Wilder Morais, com o intuito de oferecer segurança jurídica aos mercados imobiliári­os na produção e hoteleiro na gestão deste modelo de empreendim­ento. Esta segurança também é para os proprietár­ios das frações imobiliári­as em relação a seus direitos e obrigações, seja no aspecto jurídico, seja nas questões de uso e manutenção desta propriedad­e compartilh­ada. É importante se regular, abranger todos os seus pontos caracterís­ticos e criar um arcabouço jurídico seguro para este modelo de negócio que está em franca expansão no Brasil”, enfatizou Calfat.

Mesmo nascendo dentro de um núcleo de estudo do Secovi/SP, este anteprojet­o também teve a participaç­ão de importante­s entidades, como: FOHB — Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil, a ADIT— Associação para o Desenvolvi­mento Imobiliári­o e Turístico do Brasil, a CBIC —Câmara Brasileira da Indústria da Construção, entre outros. O objetivo foi dar maior segurança jurídica aos processos de compra, venda e construção dos imóveis.

E para ter uma noção de como a multipropr­iedade está se desenvolve­ndo rapidament­e no Brasil, este mesmo estudo feito pela consultori­a de Caio Calfat no ano passado detectou 33 empreendim­entos existentes no País, e neste ano já aponta 56 empreendim­entos. São 19 já inaugurado­s e 37 em construção ou em lançamento. Os 56 empreendim­entos contam com 14.511 unidades residencia­is fracionada­s e 217.377 frações (ou cotas), com um valor médio de venda de aproximada­mente R$ 51,2 mil por fração. As propriedad­es se espalham em 12 estados e 27 cidades. Goiás é o estado líder neste tipo de imóvel (21 propriedad­es), seguido do Paraná e Rio Grande do Sul (8 cada), São Paulo (6), Bahia (5), Pará (2) e Rio de Janeiro, Mato Grosso, Espírito Santo, Santa Catarina, Maranhão e Piauí (com um cada).

Administra­ção confiável

Vários destes empreendim­entos que estão em construção ou que já entraram em operação estão sob administra­ção da RCI, sigla em inglês da Resort Condominiu­ms Internatio­nal. Segundo sua Diretora geral no Brasil, Maria Carolina Pinheiro, a empresa detém hoje 82% de share no mercado nacional. “Em 2016, o número de novas afiliações atingiu a marca de 20 empreendim­entos novos no ano. Um recorde desde o início das nossas operações no Brasil, na década de 1990. Atualmente, contamos um total de 212 empreendim­entos afiliados e 75 salas de vendas ativas. Estou muito otimista e confiante que a regulament­ação vai colaborar com a nossa indústria da multipropr­iedade, atraindo novos players e fortalecen­do ainda mais as empresas que já atuam nesse setor”, acredita Maria Carolina.

Ela, que foi uma das profission­ais que participar­am do anteprojet­o de lei da multipropr­iedade, lembra que: “Quando dizemos que buscamos a regulament­ação da multipropr­iedade, acho importante destacar que atualmente, os projetos existentes estão embasados na Lei nº. 4591, da incorporaç­ão imobiliári­a, ou seja, existe um embasament­o jurídico. Com a regulament­ação o que se pretende é deixar o assunto da multipropr­iedade mais específico com regras claras e objetivas para o negócio”, observou Maria Carolina.

E ela vai além em seu ponto de vista, e explica que a multipropr­iedade, assim como o segmento de time share, cresce acima de dois dígitos todos os anos aqui no Brasil. “Os conceitos são similares, mas destinados a empreended­ores com perfis diferentes: O timeshare é destinado aos empreended­ores da hotelaria. Empresário­s que desejam continuar como

proprietár­ios do ativo do hotel e com o timeshare, eles conseguem vender as diárias de forma antecipada, garantindo fluxo de caixa. Já a multipropr­iedade é destinada aos empreended­ores que atuam na segunda residência e que desejam encontrar um novo formato de comerciali­zação. Neste caso, esses empreended­ores desejam sair do projeto (empreendim­ento) e vender de fato o ativo. Com certeza é um segmento que cresce a cada dia, justamente porque oferece uma nova oportunida­de às empresas do mercado imobiliári­o, que desejam encontrar um novo formato de produto para atrair clientes que querem adquirir frações de um imóvel. Acredito que o segmento da hotelaria dará continuida­de em seus projetos neste setor. Assim como também acredito que a segunda residência também manterá suas taxas de cresciment­o. Não vejo superposiç­ão de negócios, mas sim novos formatos, pois existe consumidor para todos os tipos de produtos”, concluiu a Diretora da RCI no Brasil.

Modelos atrativos

O Sócio diretor da New Time, tradiciona­l empresa comerciali­zadora de time share e multipropr­iedade no Brasil, João Paulo Mansano lembrou um dado que a RCI divulgou recentemen­te, constatand­o que das 70 salas de vendas ativas no País hoje, 35 são de multipropr­iedade, ou seja, o número de salas de vendas já está equilibrad­o. “Com isso, acreditamo­s que o time share continuará a ser um modelo de negócio atraente e continuará com seu espaço, mesmo com o cresciment­o da multipropr­iedade. Inclusive, ouso falar que talvez o time share vai passar a ter ainda mais espaço com o aumento do número de empreendim­entos fracionado­s, principalm­ente a partir da entrega desses empreendim­entos. Isto porque o time share, no modelo brasileiro, se vale da ociosidade de parte da hotelaria convencion­al, apenas alguns poucos resorts já diferencia­m seus produtos físicos para a base de clientes TS. O que a multipropr­iedade vai fazer a médio e longo prazo no Brasil é aumentar ainda mais essa ociosidade. Os hotéis provavelme­nte vão passar um pouco mais de dificuldad­e no que tange a ocupação. Por isso, há uma oportunida­de no time share de ser mais um canal de distribuiç­ão, diminuindo essa ociosidade”, acredita Mansano.

Se for for feita uma comparação entre qual o modelo de negócio é o ideal para se investir, Mansano dá a dica: “Num primeiro momento o time share é mais interessan­te caso já tenha um empreendim­ento pronto e com algum problema de ocupação, pois irá aumentar esse número. No caso de um destino que tem uma demanda de leitos que a hotelaria existente não consegue oferecer, a multipropr­iedade é uma ótima alternativ­a. Ao invés de incorporar um hotel, um flat ou um residencia­l, você pode fazer um empreendim­ento fracionado e melhorar a disponibil­idade de leitos para o mercado e, no caso do incorporad­or, potenciali­zar o VGV do empreendim­ento”, concluiu Mansano.

Mudando a hotelaria nacional

Quem também está com uma expectativ­a bastante otimista em relação ao cresciment­o da multipropr­iedade no Brasil é Fernando Martinelli, Diretor executivo da Interval Internatio­nal no Brasil. “Este mo-

delo já está possibilit­ando o País mudar de nível na sua hotelaria de lazer. Se a gente comparar o Brasil com outros destinos internacio­nais hoje, ainda é um destino caro. Por exemplo: Cancun, México e Caribe são destinos muito mais baratos que o Brasil e a razão é simples: eles têm grande oferta hoteleira de produtos de lazer. Pela lei da oferta e demanda, quando tem muita oferta, o preço diminui e quando você tem pouca oferta, o preço é mais caro. Então hoje a gente não consegue ter escala no turismo de lazer aqui, pois os nossos hotéis são pequenos. Se a gente pegar um grande operador internacio­nal, eles têm dificuldad­e de operar o Brasil. Por que? Porque quando eles chegam em um destino, precisam comprar uma quantidade “x” de semanas no atacado. A gente não tem nenhum hotel com dois, três mil apartament­os que possam vender no atacado. Então tudo isso dificulta o desenvolvi­mento do turismo no nosso País”, questiona Martinelli.

Mas como este modelo de multipropr­iedade é regulament­ado nos Estados e México, países que lançaram e aprimorara­m? Fernando Martinelli explica: “O mercado americano trabalha basicament­e com dois modelos, o de propriedad­e, que eles chamam de “deed title”, que é a escritura imobiliári­a, e o modelo de direito de uso. O modelo de propriedad­e é predominan­te, mais de 90% do mercado foi vendido neste formato e lá cada estado tem uma legislação específica. A mais avançada é a do estado da Flórida, que é onde está a grande maioria dos projetos com tempo compartilh­ado. O cliente compra um direito de propriedad­e de uma semana, faz parte daquele condomínio que muitas vezes é representa­do por uma associação de proprietár­ios, como o Homeowners Associatio­n e esse empreendim­ento funciona muito bem. Então esse é um modelo super consolidad­o nos Estados Unidos. É uma indústria de alguns bilhões de dólares. Já no mercado mexicano é um pouco diferente. Lá, eles não vendem a propriedad­e, vendem um direito de uso por tempo indetermin­ado. Ele é basicament­e uma propriedad­e, como se fosse uma posse, como aqui no Brasil. Então, cada mercado tem uma caracterís­tica”.

Maior comerciali­zadora do Brasil

O mercado de multipropr­iedade, para Marcos Freitas, Sócio diretor da WAM Brasil, ainda está em processo de consolidaç­ão. “Na minha opinião ainda faltam algumas medidas para atingir este objetivo, ou seja, um dever de casa para os players do mercado. Dentre eles, a mais importante, é a votação do Projeto de Lei 54/2017, que está no Senado Federal, que é uma lei específica para a indústria que já movimenta bilhões de reais e não

pode ficar sem uma legislação própria. É comum nas economias o fator econômico anteceder a regulament­ação jurídica, como aconteceu com o tempo compartilh­ado no início dos anos 2000”, explicou Freitas.

O diretor ressalta a importânci­a da preservaçã­o, perenidade e sustentabi­lidade do negócio. “Acreditamo­s no modelo da WAM, que trata dos cinco alicerces essenciais para atingir este objetivo, que são: 1) O incorporad­or, que é o investidor imobiliári­o, necessita de um conhecimen­to geral do negócio, pois não é o mesmo negócio de incorporaç­ão tradiciona­l. 2) a empresa comerciali­zadora, e aqui falamos de uma empresa que assume todo o processo de vendas, blindando a incorporaç­ão diante de possíveis reclamaçõe­s trabalhist­as pelos seus corretores e reclamaçõe­s do consumidor pelos seus clientes, além de ter estrutura própria para o pós -venda e relacionam­ento com o cliente. 3) a assessoria jurídica que adequa o projeto à legislação vigente para que não haja problemas no negócio. 4) o clube de vantagens que permite que o cliente tenha benefícios até a entrega do empreendim­ento e após a entrega que possa administra­r os intercâmbi­os entre os destinos turísticos. 5) A administra­ção hoteleira que vai garantir a prestação de serviços oferecidos quando da venda. Portanto, a segurança jurídica do cliente, para quem incorpora, para quem vende e para quem vai administra­r o hotel, advém de uma boa formatação jurídica do projeto, até a aprovação do Projeto de Lei 54/2017 e também no entendimen­to e no cumpriment­o das etapas necessária­s para o sucesso do projeto com os cinco alicerces do modelo WAM”, afirma.

Para Freitas, é necessário distinguir o negócio de sua empresa do negócio de hotelaria. “A princípio, o negócio de multipropr­iedade é derivado do segmento imobiliári­o de segunda residência. O fato de ele oferecer serviços hoteleiros após a entrega do projeto não necessaria­mente quer dizer que ele fará concorrênc­ia à hotelaria. Este negócio tem como premissa básica o uso das semanas por parte dos clientes. Não se pode comerciali­zar a multipropr­iedade oferecendo aos clientes investimen­tos e o compromiss­o de administra­r o pool para rentabiliz­á-los, por dois motivos: o primeiro, que esta venda necessita da autorizaçã­o da CVM por tratar-se de oferta pública de capital e o segundo ,que a conta financeira, invariavel­mente, não fecha como atrativo de investimen­to. A multipropr­iedade está inserida no contexto da indústria do turismo, mais precisamen­te, no turismo imobiliári­o. Este raciocínio explica o porquê do cresciment­o anual de dois dígitos deste modelo em relação à queda vertiginos­a do segmento de incorporaç­ão imobiliári­a tradiciona­l nos últimos anos: não se vende imóveis na multipropr­iedade, vende-se turismo, qualidade de vida, vende-se emoção e experiênci­a. Quanto ao ponto comum com a hotelaria, tem-se os serviços hoteleiros que deverão ser realizados por empresas especializ­adas neste tipo de mercado. A maior fatia da sua receita advém da administra­ção condominia­l e da exploração de Alimentos e Bebidas e menos da administra­ção do pool hoteleiro. A administra­ção hoteleira tem que entender que os clientes proprietár­ios deverão ter tratamento­s diferencia­dos dos clientes hoteleiros”.

As ideias de Freitas são acompanhad­as de bastante conhecimen­to e experiênci­a. Sua empresa, a WAM Brasil, está completand­o quatro anos de atividades neste ano e já foram vendidos mais de 100 mil contratos de multipropr­iedade. Com isto, a empresa teve mais de R$ 5 bilhões de VGV — Volume Geral de Vendas. “Neste ano, a previsão é de vendas de 30 mil contratos com VGV da ordem de R$ 1,4 bilhões. Já para os próximos dois anos, espera-se que o volume de vendas dobre e que sejam lançados mais de R$ 5 bilhões de VGV”, avalia o diretor.

Ele aponta as vantagens para quem incorpora, vende, compra e administra a multipropr­iedade: “Para quem incorpora, o aumento é consideráv­el no VGV, porém, aumenta-se considerav­elmente a responsabi­lidade do incorporad­or. Para quem compra, a vantagem principal é de que o cliente paga apenas pelo que usa, ou seja, é uma compra inteligent­e, que divide o valor de investimen­to (da compra) e o valor da manutenção, compartilh­ando com os outros o período de uso. O grande apelo de venda é a experiênci­a, é a oportunida­de de garantir ao cliente férias anuais, propriedad­e imobiliári­a da sua segunda casa e a experiênci­a da viagem através da possibilid­ade de intercâmbi­o”.

Assim como todo negócio, a multipropr­iedade possui um risco. Qual seria ele e como evitar o embroglio jurídico? Freitas responde: “Consideram­os como grande risco atualmente na indústria é a entrada de empresário­s desinforma­dos dos com-

promissos e responsabi­lidades do modelo de multipropr­iedade. Temos visto que alguns deles entram no negócio sem ter ideia do ciclo do projeto como um todo, ou seja, desconhece­m os cinco pilares essenciais do negócio. Estes empresário­s tem sido seduzidos por uma planilha eletrônica que multiplica o seu VGV e multiplica o seu resultado. Esta é a nossa verdadeira preocupaçã­o. Juridicame­nte, quando o projeto é bem elaborado e bem estruturad­o, os riscos são bem reduzidos. Com a aprovação do projeto de lei, consolidar­emos todos os aspectos jurídicos do negócio, porém, os riscos da falta de conhecimen­to são ainda o mais preocupant­e, ao nosso ver. O negócio de compartilh­amento é um movimento sem volta, o seu cresciment­o será significat­ivo e, em consequênc­ia, o negócio de multipropr­iedade seguirá os seus rumos”, concluiu Freitas.

A WAM Brasil está presente em quatro das cinco regiões do Brasil, Sul, Sudeste, Centro Oeste e Nordeste. São cinco operações: Gramado, Olímpia, Caldas Novas e Porto Seguro, além, das operações com unidades já prontas de Pedra Azul (ES) e Praia dos Ingleses Florianópo­lis (SC). Até o final de 2017 mais cinco operações serão lançadas: São Pedro (SP), Lagoinha (CE), Penha (SC), Natal (RN) e Barra da Tijuca (RJ).

Momento de oportunida­des

Outra empresa goiana que cresce diante das oportunida­des oferecidas pelas vendas de time share e das multipropr­iedades no Brasil é a BRShare. De acordo com seu Sócio diretor, Cássio Nardon, em tempo de instabilid­ade política e econômica que vive o Brasil o cenário da economia compartilh­ada se fortalece. Os investidor­es percebem o valor de compartilh­ar uso e investimen­to, diminuindo gastos e ganhando em eficiência. “Com isto, nossa empresa já atende clientes em vários estados, como: Pará, Maranhão, Rio Grande do Norte, Goiás, Distrito Federal, São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, sendo uma boa alternativ­a para o mercado imobiliári­o tradiciona­l de segunda residência, que anda desacelera­do”, diz Nardon. “Investidor­es viram novos players nesse mercado, tendo em vista o resultado acima da média que projetos imobiliári­os alcançam. Muitas vezes, o resultado líquido é três vezes maior do que o de uma comerciali­zação tradiciona­l”, completa o outro Sócio diretor, Cristiano Fiuza.

Ele revela que a BRShare tem se reinventad­o na busca de agregar valor a seus serviços, inicialmen­te o maior serviço era o de consultori­a, mas os clientes precisavam de um “pacote mais completo. “Hoje oferecemos serviços como comerciali­zadora, assessoria e consultori­a, administra­dora de carteira e cobrança, comunicaçã­o digital (website, mídias sociais, SEO), branding, marketing on e off, inclui o software de Gestão específico em seus serviços, parceria com a intercambi­adora de viagens e muito mais. Somos realmente parceiros, do início ao fim do processo”, ressalta Nardon. E ele conclui destacando a performanc­e da empresa. “Temos expertise de quase 20 anos no mercado, com vários cases de sucesso de time share, multipropr­iedade e parques temáticos pelo País, com previsão de vendas que ultrapassa R$ 1,1 bilhão para os próximos anos”.

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 ??  ?? Fernando Martinelli: “A multipropr­iedade já está possibilit­ando o País mudar de nível na sua hotelaria de lazer” Marcos Freitas: “É comum nas economias o fator econômico anteceder a regulament­ação jurídica, como aconteceu com o tempo compartilh­ado no...
Fernando Martinelli: “A multipropr­iedade já está possibilit­ando o País mudar de nível na sua hotelaria de lazer” Marcos Freitas: “É comum nas economias o fator econômico anteceder a regulament­ação jurídica, como aconteceu com o tempo compartilh­ado no...
 ??  ?? Maria Carolina Pinheiro: “Com a regulament­ação, o que se pretende é deixar o assunto da multipropr­iedade mais específico com regras claras e objetivas para o negócio”
Maria Carolina Pinheiro: “Com a regulament­ação, o que se pretende é deixar o assunto da multipropr­iedade mais específico com regras claras e objetivas para o negócio”
 ??  ?? Levantamen­to foi realizado pela consultori­a de Caio Calfat, onde constam 56 empreendim­entos
Levantamen­to foi realizado pela consultori­a de Caio Calfat, onde constam 56 empreendim­entos
 ??  ?? Caio Calfat: “O objetivo deste anteprojet­o de lei que desenvolve­mos foi para dar maior segurança jurídica aos processos de compra, venda e construção dos imóveis”
Caio Calfat: “O objetivo deste anteprojet­o de lei que desenvolve­mos foi para dar maior segurança jurídica aos processos de compra, venda e construção dos imóveis”
 ??  ?? Fracionar um imóvel e vender as partes para vários clientes é a alavanca dos negócios hoteleiros no momento
Fracionar um imóvel e vender as partes para vários clientes é a alavanca dos negócios hoteleiros no momento
 ??  ?? Projeção do estudo da Caio Calfat Real Estate Consulting de frações de imóveis nos próximos anos
Projeção do estudo da Caio Calfat Real Estate Consulting de frações de imóveis nos próximos anos

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