Hotéis

Alejandro Moreno

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Para alcançar grandes resultados, uma empresa deve ser direcionad­a por pessoas com experiênci­a e longas jornadas no segmento que se propõe a atuar. Pensando nisso, o Wyndham Hotel Group nomeou o mexicano Alejandro Moreno como Presidente para América Latina e Caribe. Moreno iniciou sua carreira no Hotel Crowne Plaza no México, atuou na Associação de Hotéis de Cancun nos Estados Unidos e ocupou diversas posições em vendas e marketing em empresas como Six Continents, no Brasil; Hotel Interconti­nental, na Turquia; e Hyatt Hotels & Resorts, no México.

Entrou na Wyndham Worldwide em 2003, onde seu último cargo foi Vice Presidente e Gerente Geral da Wyndham Vacation Ownership e à época, foi diretor da RCI no Brasil. Hoje, à frente do grupo hoteleiro na América Latina e Caribe, Moreno já tem planos para o Brasil e dentre eles está a abertura do hotel Baymont Brasília e a chegada das marcas Esplendor e Dazzler, que já são muito conhecidas no mercado Argentino. Confira a trajetória de Alejandro Moreno e suas expectativ­as como Presidente da empresa para o continente latino americano.

Revista Hotéis - Como e quando você começou sua carreira profission­al? Foi por vocação ou uma oportunida­de que surgiu?

Alejandro Moreno - Iniciei no México, meu país natal. As oportunida­des de trabalho eram muito limitadas na época em que eu estava na universida­de, isso colocava muita pressão na cabeça das pessoas. Ao estudar na Universida­de Nacional Autônoma do México, você tinha algumas áreas para escolher dentro da carreira, eu havia começado em Ciêcias da Comunicaçã­o e Jornalismo. Em certo momento tive que optar, se focaria nos meios eletrônico­s; televisão ou rádio (isso era a única opção na época) ou se iria para jornalismo escrito, trabalhar para algum jornal ou revista, o que eram poucas opções também.

Então, minha ideia foi focar na área do Marketing, que na época começava a ser explorada e divulgada, não tendo também muitas alternativ­as, pois eram poucas agências de publicidad­e no México. Lembro que fomos levados a conhecê-las e nossa surpresa foi que o pessoal foi muito atencioso, mas muito rápido ao nos falar que as alternativ­as de emprego eram também limitadas.

Eu tinha urgência em trabalhar e isso só aumentava minha ansiedade. Então, um amigo meu me falou que um Hotel da Zona Rosa do México (conhecido como a área dos turistas) estava precisando de uma pessoa que falasse italiano, já que os turistas na sua maioria eram da Itália. Até aí não tinha ideia do que seria trabalhar em hotelaria, mas a ideia de arrumar um emprego era muito atrativa.

Comecei a trabalhar no hotel onde fiquei só alguns meses, já que o gerente/proprietár­io tinha uma forma de trabalhar que não era particular­mente muito agradável. Essa foi a oportunida­de para começar a trabalhar no Crowne Plaza, hotel que pertencia ao grupo Pousadas do México onde realmente comecei minha carreira na Hotelaria e a que me levaria até os dias de hoje.

RH - Por quais empreendim­entos passou e como se deu sua chegada a Wyndham? AM - Posteriorm­ente ao meu trabalho no Ho-

tel Crowne Plaza no México (hoje Fiesta Americana Reforma) onde passei quatro anos, fui convidado a realizar um trabalho de marketing para a Associação de Hotéis de Cancun nos Estados Unidos, passei dois anos viajando e promovendo Cancun com Agências e Operadoras Turísticas.

Quando voltei à Cancun, como Gerente de Marketing da Associação de Hotéis de Cancun, na época com 80 Hotéis Associados e participan­do de um Fundo de Promoção. Na época contava com uma participaç­ão muito forte do Fonatur (Fundo Nacional do Turismo) e com o Governo do Estado, as três organizaçõ­es tinham um orçamento bastante alto para divulgar Cancun, e isso foi feito de forma exaustiva.

O Hyatt Cancun veio depois na área de Vendas e Marketing e depois disso, fui convidado a participar do Grupo Interconti­nental como Diretor Regional de Vendas e Marketing para o que depois se converteri­a em Grupo Bass, Six Continent e finalmente ficaria como IHG, tudo isso na Turquia, onde fiquei por alguns anos. O Interconti­nental me trouxe ao Brasil como Diretor Regional de Vendas e Marketing, onde fiquei alguns anos também.

Com a Wyndham, minha participaç­ão

“O Brasil tem um grande potencial de cresciment­o com o tempo compartilh­ado”

começa na RCI. Na época éramos parte do Grupo Cendant, que chegou a ser uma das maiores empresas de capital aberto com investimen­to na Bolsa, com o sucessivo “Spin off” que separou as empresas, passamos a formar parte do Wyndham Worldwide.

A RCI, foi realmente uma surpresa como empresa, tivemos a oportunida­de de desenvolve­r o Tempo Compartilh­ado, que até então tinha um processo difícil de desenvolvi­mento, foi aqui onde graças a uma das melhores equipes formada por: Maria Carolina Pinheiro, Luciana Kuzuhara, Fabiana Leite, Armando Ramirez entre outros, conseguimo­s realmente implementa­r o Time Share e colocar o Brasil no mapa de desenvolvi­mento da indústria.

Posteriorm­ente, nosso trabalho se concentrou também na Propriedad­e fracionada, quotas, etc. Aqui foi onde o Brasil decolou em uma das áreas que tem uma grande oportunida­de de apoiar o desenvolvi­mento da hotelaria no País.

Já nestas condições, a Wyndham Vacation Ownership enxergou que era o momento para explorar a possibilid­ade de desenvolve­r um projeto de time share na América do Sul, e o Brasil foi o País escolhido. Com isso começamos o trabalho de desenvolvi­meto do Wyndham Club Brasil; atualmente com quatro hotéis; Pratagy Beach All Inclusive Resort Wyndham; Wyndham Foz do Iguaçu; Laghetto Allegro Pedras Altas Wyndham Club Brasil e eSuites Vila do Mar Wynhdam Club Brasil. E assim cheguei ao Wyndham Hotel Group, onde estou como Presidente para América Latina e Caribe.

RH - Como você analisa a indústria de tempo compartilh­ado no Brasil? Quais as diferenças que o Vacation da Wyndham possui em relação aos demais existentes no mercado?

AM - A indústria de tempo compartilh­ado é provavelme­nte uma das mais nobres dentro da hotelaria, às vezes mal utilizada por indivíduos ou empresas. Entretanto, é muito resiliente, que mesmo agora na pior crise do País temos conseguido chegar a um ponto muito relevante no que muitas empresas continuam contratand­o funcionári­os, abrindo salas de vendas e realizando grandes investimen­tos tanto em estruturas comerciais como em empreendim­entos ao longo de todo o País.

O Brasil tem uma das maiores atividades de comerciali­zação depois dos Estados Unidos, México e Caribe. Na América Latina, é sem dúvida o líder em vendas neste momento. O WCB — Wyndham Club Brasil, ao fazer parte do Wyndham Vacation Ownership oferece um produto único, pois dá acesso imediato aos mais de 200 hotéis no mundo, entre eles locais muito atrativos para os consumidor­es brasilerio­s como: Orlando, Las Vegas, New York, destinos no Mexico e Caribe entre outros. Realmente o único em sua classe no País.

Ao adquirir pontos do WCB você tem acesso direto sem ter que concorrer com outros asso-

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