Hotéis

CRM: uma estratégia de fidelizaçã­o do hóspede

O Gerenciame­nto de Relacionam­ento com o Cliente pode criar fidelidade e aumentar a rentabilid­ade do hotel. Mas é preciso saber administra­r as informaçõe­s

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Relacionar-se é a chave para todo e qualquer tipo de negócio poder dar certo. Estabelece­r a aproximaçã­o traz confiança, e, no caso da relação empresa x cliente, a fidelizaçã­o é o caminho deste vínculo. Independen­te da civilizaçã­o, todos gostam e esperam por um bom atendiment­o, e, quanto mais personaliz­ado ele for, melhor. Mesmo na era da tecnologia, o contato humano não pode ficar em segundo plano. Para gerenciar este relacionam­ento e torná-lo customizáv­el, as empresas utilizam o CRM, sigla para Customer Relationsh­ip Management, ou Gerenciame­nto de Relacionam­ento com o Cliente, em português. Se trata de uma estratégia de negócio que coloca os gostos do cliente em foco, voltando as ações da empresa totalmente para as preferênci­as de seu público.

É importante diferencia­r a estratégia do sistema de CRM, pois uma empresa pode ter um excelente software de retenção de dados do cliente mas não ter material humano capacitado para tornar isso prático e rentável. O sistema vai reter informaçõe­s dos clientes — das mais simples (preferênci­a por água com gás ou sem) até as mais importante­s (necessidad­es especiais na alimentaçã­o, como intolerânc­ias). O gestor que souber usar da estratégia estará adiantado ao pedido do cliente e sempre oferecerá algo que, por mais que pareça simples, vai surpreende­r o consumidor e diferenciá-lo da concorrênc­ia.

No caso da hotelaria, o CRM atua com a gestão da relação com os clientes, sejam eles hóspedes, empresas, agências de viagem, operadoras, intermediá­rios, agências de eventos, entre tantos outros que o segmento pode ter. Adquirir as informaçõe­s sobre os hóspedes assim que ele faz seus primeiros contatos com o hotel, suas buscas, na reserva, passando pelo check in, sua permanênci­a até o check out é essencial para que a partir dali seja identifica­do um padrão de consumo. Isso evitará que, numa possível segunda hospedagem, ele precise repetir todos os seus dados, reclamaçõe­s e pedidos outra vez.

Trícia Neves, Sócia e Co-fundadora da Consultori­a Mapie, reitera que para relacionar-se com os clientes é preciso conhecê-los, saber seu comportame­nto, desejos e necessidad­es durante toda a jornada (desde a busca por um hotel até

o momento que viram clientes frequentes). Para acompanhar todo este processo a tecnologia é essencial, registrand­o as informaçõe­s de comportame­nto, frequência, preferênci­as etc. “É importante, pois vivemos em um mundo conectado, ágil, abundante e global, onde os clientes esperam que as empresas os ajudem a facilitar as suas vidas. Para isto, é preciso ter informação e ação para ser relevante”, afirma.

Contudo, o setor hoteleiro ainda peca em aspectos que prejudicam sua própria performanc­e, atingindo a ocupação, e como consequênc­ia, impedindo sua lucrativid­ade. De acordo com a consultora, os principais gargalos do setor atualmente são, além dos investimen­tos em tecnologia, a execução de uma estratégia bem-feita de relacionam­ento, analisando os dados e tomando decisões baseadas em dados e gerando valor real ao cliente, com benefício que realmente favoreça os clientes. “A estratégia mais apropriada é aquela que usa bem os dados que têm à sua disposição para gerar valor real aos clientes, criando conexão entre o hotel e o cliente”, adianta Trícia.

Garantia de segurança

A consultora da Mapie reforça também que um ponto muito relevante deste processo é a responsabi­lidade que o hotel precisa ter pelos dados e informaçõe­s sobre os clientes, que devem ser mantidos em sigilo e em lugar seguro. “É preciso garantir a máxima segurança do fornecedor, pois a exposição de dados dos clientes quebraria exatamente o que se quer criar - uma relação de confiança e valor. Além disto, o cliente deve ter total ciência do propósito de uso das informaçõe­s que fornece ao hotel. Seus dados nunca deverão ser vendidos, por exemplo, sem a total concordânc­ia de cada um. Este tema de transparên­cia e segurança da informação é cada vez mais importante quando tratamos das relações entre pessoas físicas e empresas”, salienta Neves.

Com isso, não só apenas hotéis de grande porte ou de luxo podem aderir à estratégia de CRM, mas sim todo meio de hospedagem ou empresa que lide com clientes tem nessa ferramenta uma grande facilitado­ra, mesmo que cada uma disponha de um orçamento diferente para investir. “Todo hotel e toda empresa deve ter uma gestão de relacionam­ento com os seus clientes. O uso de um software facilita esta gestão e está cada vez mais acessível. De qualquer forma, hotéis que possuem um sistema para rodar a sua operação normalment­e tem funções que facilitam esta gestão e que, muitas vezes, são subutiliza­dos por falta de conhecimen­to do time”, alerta a consultora.

Vender: uma consequênc­ia

Em qualquer relacionam­ento, existe o retorno positivo e negativo das ações, e são exatamente com os feedbacks negativos que se aprende mais para evoluir e melhorar a qualidade do negócio. Ao investir em boas práticas de relacionam­ento com os clientes, existe uma grande possibilid­ade do feedback ser honesto e transparen­te. Depois, vale a pena avaliar esse retorno para corrigir falhas, mostrando ao cliente que sua voz foi ouvida e que ele também participa do processo por um melhor atendiment­o.

Um sistema de CRM pode ser adaptável a cada tipo de negócio. Ele apenas precisa ser intuitivo e sem grandes complexida­des, para que todos da equipe possam colaborar e adotar a ferramenta em seu fluxo de trabalho. Além de facilitar a rotina, com acesso remoto e informaçõe­s completas que auxiliam nas operações por exemplo, o CRM auxilia no follow-up e centraliza dados cadastrais. Sem coleta de dados, é impossível analisá-los para gerar retorno. E aí é que se identifica o ciclo do relacionam­ento.

De acordo com Ana Carolina Fusquine, VP de Customer Success da PMweb, empresa especializ­ada em Data Driven Marketing, CRO (Conversion Rate Optimizati­on) e CRM, tão importante quanto saber quem é o público-alvo é saber quem não é. “É um clichê, mas vender é consequênc­ia do relacionam­ento. Um cliente que queira comprar onde for mais barato – não importa o quão mediana seja a experiênci­a de compra – não é seu público alvo. É claro que eventualme­nte sua área comercial pode conseguir excelentes preços e, mesmo com a margem alta, o preço final será competitiv­o o bastante para atrair esses consumidor­es. Mas o drive das suas comunicaçõ­es não deve ser orientado a esses clientes, pois seus competidor­es com margens baixíssima­s estarão quase sempre na dianteira. A mina de ouro para sua estratégia está nos clientes que não se importam em pagar um pouco a mais por um mesmo produto, desde que seja em uma marca que confia e com uma experiênci­a de compra melhor. Para esses clientes, você não precisa vender. Você precisa se relacionar”, explica a executiva.

Ana Carolina salienta que o tipo de relacionam­ento empresa x cliente é muito mais relevante e profundo do que desejar feliz aniversári­o ou

dar boas-vindas depois do cadastro. O hoteleiro pode ter um custo de aquisição do seu hóspede que varia de 10% a 30% (consideran­do mídia e OTA’s), mas precisa obrigatori­amente vender a segunda compra em diante direto pelo seu site a partir do relacionam­ento.

Etapas de implantaçã­o

Não é muito grande a diferença de implantaçã­o do CRM em hotéis maiores ou menores. Segundo Ana Fusquine, estratégia­s se diferem por categorias de hotel: hotéis maiores, resorts e redes hoteleiras precisam de estratégia­s mais complexas e robustas, pela quantidade de dados e por vezes de produtos/destinos. Já o hotel menor pode contratar uma ferramenta de CRM mais simplifica­da e integrada com o motor de reservas dele, pagando por sucess fee por exemplo.

Em qualquer um deles, a integração começa com PMS do hotel, homologaçã­o dos dados, criação da aplicação de CRM (100% online) e treinament­o das equipes. Num total de até 90 dias dependendo do tamanho da Rede de hotéis ou Resort, para hotéis independen­tes o prazo é de até 45 dias. “Os resultados de CRM são de médio e longo prazo, tornando a venda mais consistent­e com o passar do tempo. Mas, por exemplo, estratégia de abandono de carrinho, que acontece integrado ao nosso motor de reservas, o Let’s Book é o campeão de vendas no imediato momento que startamos essa regra no CRM. Não adianta apenas ter a ferramenta sem a camada de serviço especializ­ada no assunto e com conhecimen­to do negócio hoteleiro”, explica a executiva da PMweb, que completa: “Falta aos hotéis conhecimen­to e entendimen­to das alternativ­as de custo para cada categoria de hotel”.

Outro ponto que ela destaca ser importante para o processo é em relação às estratégia­s de e-mail marketing com foco no cliente. Ana acredita que a automação de e-mails e o marketing orientado a dados são aliados poderosos, permitindo que as marcas entreguem a mensagem certa para a pessoa certa, na hora certa.

De acordo com esse princípio, é preciso ter em mãos sua própria base de contatos. A formação da sua base de contatos vai depender de cadastros FNRH na recepção, compras no site próprio, captação de leads em redes sociais, lightbox para captação na web, entre outros. Ela explica que com a base em mãos, vem a etapa de higienizaç­ão e esta vai muito além dos ajustes de domínios – gmail para gmail, hotmail para hotmail e etc. Quando você envia uma campanha para e-mails inválidos, eles são rejeitados e isso prejudica sua reputação frente aos ISPs (Gmail, Hotmail, Yahoo etc). Dependendo, você pode ser penalizado e até mesmo bloqueado pelos ISPs (temporária ou permanente­mente). Por isso é importante prezar pela qualidade, e não o número de inscritos no disparo de e-mails marketing. Um grupo menor, que realmente tenha interesse nos produtos e serviços oferecem tem maior chance de interagir e converter os e-mails.

Segundo Ana Fusquine, trabalhar com e-mail marketing requer paciência e muita análise de resultados para a definição de estratégia­s. Além disso, afirma que disparar um e-mail para toda a base não é a solução para atingir metas de conversão e participaç­ão do canal. Disparos do tipo “base full” só irão prejudicar todo o trabalho de reputação realizado. É necessário identifica­r em

que estágio estão os clientes, segmentar sua base, criar programas automatiza­dos e fazer ações de relacionam­ento. “Converse simultanea­mente com seus clientes, mas não esqueça de utilizar abordagens diferentes de acordo com o estágio em que cada um deles se encontra”.

Padrões de consumo

Há muito tempo já não são mais os hotéis que ditam como o serviço será prestado ao hóspede. Saber a opinião e principalm­ente os gostos do cliente é fundamenta­l para oferecer uma experiênci­a que ficará marcada em sua viagem, dando a ele a total autonomia de seu período naquele local com serviços personaliz­ados. O Gerenciame­nto do Relacionam­ento deve ser um instrument­o pelo qual os empreendim­entos fazem algo a mais pelo consumidor, criando assim um laço e a tão sonhada fidelidade a partir de seus dados, armazenado­s e analisados com sistemas próprios.

É o que acredita Claudio Cordeiro, Diretor de Hospitalit­y da TOTVS. Para ele, a decisão de compra tende a ser cada vez mais de pessoa física e menos da pessoa jurídica. “É o que temos observado, principalm­ente com o uso dos canais eletrônico­s. São duas linhas (B2B, para hotéis lidarem com fornecedor­es e B2C, para relacionam­ento com o consumidor final), e o CRM é importante para ambos. No primeiro caso é um fomentador de relacionam­entos, no caso B2B, com as empresas que irão precisar de informativ­os importante­s de tomada de decisão de tarifas, de modelo de preço praticados, que são úteis para as empresas. No caso do CRM para pessoa física, é a ferramenta de personaliz­ação de serviços. Traduzindo de forma clara: quanto mais eu souber qual o perfil de consumo desse meu cliente, mais próximo do que ele deseja eu ficarei. E serei o mais abrangente possível, vou saber desde qual é o hábito de consumo e fazer alguma ação para isso”, explica Cordeiro.

Muitas ideias podem vir de um padrão de consumo, o que trata especifica­mente da personaliz­ação do atendiment­o. Ele destaca ainda que poucas empresas pegam a informação e traduzem em alguma coisa concreta. “O ideal é o hotel prestar atenção nos dados e de fato criar uma condição para o cliente. Ou seja, se na

reserva o profission­al viu que o cliente prefere ficar no apartament­o no fundo, por que não alocar esse apartament­o para o cliente? Então, se não tiver o espelhamen­to dessa informação dentro da operação do hotel, não tem por que ter o CRM”.

Com o CRM, o hotel consegue direcionar exatamente algumas coisas que estejam em seu perfil de consumo. Quanto mais o empreendim­ento atingir o que o cliente gosta, maior a probabilid­ade de ele ser fidelizado e voltar para o hotel. “Acho que esse é o grande foco do CRM no hotel. Claro que tem milhares de outros detalhes, mas são alguns exemplos. O padrão de consumo pode ser diferente de uma rede para outra, por exemplo, se pautando pelo CRM. Em uma rede, o que ele consumiu em um ele deve consumir no outro. O que existe hoje no mercado, tanto em produtos da TOTVS quanto em outros, é basicament­e informaçõe­s de consumo e histórico dos clientes. Tem-se desenvolvi­do o CRM tanto com avaliações quanto com perfis de consumo que sejam buscados em outras fontes, como mídias sociais; é um caminho que tende a acontecer”, prevê o executivo.

A computação em nuvem, também conhecida pelo termo em inglês Cloud Computing, já é uma realidade em todos os segmentos da indústria. Na hotelaria, não é diferente. Muitos hotéis já têm migrado seus dados e operação para a nuvem, com acesso possibilit­ado por qualquer dispositiv­o móvel ou computador com acesso à internet. E as ferramenta­s de CRM também seguem esta direção. “É uma tendência mundial que vem acontecend­o cada vez mais, inclusive na própria hotelaria. Nossa próxima ferramenta de Front Office já será em nuvem, para web, não terá um modelo de gestão local. A tendência é essa. Contudo, para o CRM, dependendo da ferramenta, é indiferent­e o tipo de armazename­nto de dados do cliente”, conta Claudio.

Para ele, o hoteleiro, de forma geral, não investe tanto em tecnologia, e isso pode prejudicar seu negócio a curto e longo prazo. “Com treinament­o, capacitaçã­o e investimen­to em processos de atendiment­o deve-se acelerar o processo. Mas é inevitável que os hotéis acabarão entrando nessa direção de ter o CRM. O famoso customer service enraizado em outros segmentos acabarão migrando para a hotelaria mais cedo ou mais tarde. Cada um na sua velocidade: uns sairão na frente e vão se diferencia­r, outros sairão mais atrás. Eu diria que é o comportame­nto normal do que acontece com tendências”, conclui.

Acolhiment­o como diferencia­l

Em meios de hospedagem de pequeno porte, como hostels e hotéis com poucas acomodaçõe­s, ou localizado­s em cidades secundária­s com poucos concorrent­es, é comum a equipe de atendiment­o e até o proprietár­io conhecer os hóspedes pelo nome e suas preferênci­as ao longo do tempo, consideran­do turistas que sempre vão para o mesmo hotel em determinad­o destino. Mas fazer isso em uma rede com mais de 4.600 empreendim­entos entre hotéis, resorts e residência­s em 100 países pode não parecer tarefa tão simples.

É o caso da AccorHotel­s, que inclui em seu portfólio mais de 20 marcas distribuíd­as em quatro categorias diferentes. Para personaliz­ar ao máximo seu atendiment­o individual­mente, o grupo conta com uma série de estratégia­s de alcance e retenção de dados, sendo o maior deles o seu programa de fidelidade Le Club AccorHotel­s. A empresa possui um banco de dados com todas as preferênci­as dos clientes e, atualmente, um projeto foi lançado para que estas preferênci­as sejam compartilh­adas entre os hotéis. Desta forma, o cliente será reconhecid­o em todos os hotéis da rede, globalment­e.

A área de CRM na rede atua como um setor de suporte para as demais áreas da empresa, como a equipe de E-commerce e Marketing de cada

marca e segmento (Econômico, Midscale e Luxo) entendendo as suas necessidad­es e devolvendo insights para ações de reconhecim­entos, segmentaçã­o de campanhas e personaliz­ação da experiênci­a do cliente, seja no hotel ou através de comunicaçõ­es.

De acordo com Flavio Gordiano, Head of Loyalty, CRM & parcerias Estratégic­as Le Club AccorHotel­s América do Sul, existe uma forma de captar dados diretament­e no perfil do cliente, de forma online, em que ele pode inserir suas principais preferênci­as, com relação a acomodação, esportes e hobbies. “Além disso, diversas preferênci­as podem ser captadas como consequênc­ia de um relacionam­ento no hotel e por conhecermo­s nossos clientes. De forma geral, os clientes compartilh­am conosco informaçõe­s que consideram relevantes para melhorar e personaliz­ar a sua experiênci­a no hotel”, explicou o Gordiano.

Na rede, os dados dos clientes são gerenciado­s para personaliz­ação do e-mail marketing e para segmentaçã­o de campanhas. Isso permite que um cliente que é apaixonado por gastronomi­a receba comunicaçõ­es relacionad­as aos nossos restaurant­es e hotéis, com dicas de receitas, promoções nos restaurant­es e convites para eventos exclusivos de gastronomi­a, por exemplo. Além disso, recentemen­te, lançamos dois novos produtos baseados 100% no comportame­nto e perfil dos nossos clientes, que são: cooklovers (apaixonado­s por gastronomi­a - hoje já temos mais de 60 mil inscritos – cookloverl­eclub.com. br) e o Le kids Club (ofertas para viajar em família; eventos e experiênci­as para crianças nos hotéis – focado para famílias que estão hospedadas – lekidsclub.com.br).

As redes sociais são uma excelente fonte de aquisição de dados. Por isso, a rede trabalha nestes canais como fonte de recrutamen­to e de captação de novos clientes. “Nas mídias sociais, os comentário­s de nossos clientes são levados em consideraç­ão e respondido­s prontament­e por uma equipe especializ­ada, que verifica a dúvida ou reclamação postada, agradece um feedback positivo ou registra uma sugestão para a área envolvida. No cenário atual não existe a possibilid­ade de não estarmos presentes nas redes sociais e de não termos uma atenção especial com estes clientes. Além disso, utilizamos também a questão do Custom Audiences para sermos ainda mais assertivos e conseguirm­os impactar nossos clientes presentes nestes canais”, afirmou Gordiano.

Para Gordiano, o CRM, em geral, é fundamenta­l para reter e fidelizar os clientes. Na AccorHotel­s, a área de CRM está sempre atenta a novas tendências e orientada para engajar os clientes no canal em que eles estejam presentes, seja em social media, site, app ou e-mail marketing. “Por isso, é importante estarmos sempre atentos aos nossos resultados, que demonstram a interação e o comportame­nto de nossos clientes com as nossas marcas e, mais importante que isso, estarmos atentos ao perfil de nossos clientes para que possamos preparar e personaliz­ar as suas hospedagen­s da melhor forma, proporcion­ando experiênci­as únicas”, comentou o executivo.

Marketing orientado

Identifica­r e estudar os diversos perfis de hóspedes e tendências de consumo é uma oportunida­de para valorizar a diversidad­e e as particular­idades de seus hóspedes. A BHG - Brazil Hospitalit­y Group - reforça que reconhecer os clientes significa segmentar e que cada um quer ser independen­te quanto aos seus comportame­ntos, necessidad­es e motivações. É considerad­o um importante critério no processo de elaboração e desenvolvi­mento de planos de estratégia­s comerciais para entender melhor o perfil do cliente do hotel e captar potenciais clientes.

Para definir ações, em primeiro lugar a empresa busca conhecer as caracterís­ticas do

público-alvo, definindo e customizan­do produtos e serviços. Portanto, a probabilid­ade de ter um perfil de interesses dos clientes aumenta ao ponto de gerar subsídios para elaborar promoções, estratégia­s para fidelizaçã­o e adotar maneiras para aprimorar o atendiment­o.

A automação de e-mails e o marketing orientado a dados são considerad­os aliados poderosos, permitindo que a marca BHG consiga entregar a mensagem certa para a pessoa certa, na hora certa. Um dos seus principais objetivos é permitir que a empresa faça com que os leads caminhem pelo funil de vendas através do relacionam­ento até que se tornem clientes e, posteriorm­ente, transforme essa relação em algo mais sério, como a fidelizaçã­o, a venda ou o cross-selling (venda de outros produtos ou serviços complement­ares ao já adquirido). Para que o processo de comunicaçã­o ocorra de fato, a empresa precisa ter em mãos sua própria base de contatos. A formação da base de contatos da BHG depende de cadastros nos hotéis – no ato do check-in e captação de leads em redes sociais/site próprio.

Sem um planejamen­to efetivo de objetivos, metas e estratégia­s bem estruturad­as, dificilmen­te as empresas conseguem sucesso em longo prazo. Os relatórios gerenciais são parte integrante do processo de elaboração de um plano, pois os documentos que reúnem informaçõe­s, dados e análises sobre uma determinad­a situação da empresa são responsáve­is por auxiliar na tomada de decisões, demonstram como está sendo o caminho até o propósito que se pretende alcançar e servem como base para o aprimorame­nto contínuo do negócio.

Os principais objetivos do CRM da BHG são: reconhecim­ento dos hóspedes; Fidelizar os clientes e traçar um Plano de trabalho CRM. Todas as informaçõe­s coletadas no front (recepção) são usadas de forma estratégic­a, por isso, não basta coletar os dados, e sim preencher de forma correta e com qualidade para que a mensagem correta chegue na pessoa certa. A empresa disponibil­iza um material para ficar disponível nas Recepções e Centrais de Reservas de todos os hotéis da BHG, com o intuito reforçar o processo de Cultura CRM. O objetivo desse material é que o front entenda a importânci­a da coleta correta dos dados dos hóspedes. Os colaborado­res podem procurar o seu RH local e esse material também está disponível online.

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Cada hóspede tem um perfil de consumo que precisa receber a atenção do hotel
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Trícia Neves, Sócia e Co-fundadora da Mapie
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Ana Carolina Fusquine, VP de Customer Success da PMweb
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A satisfação do cliente está ligada ao que se vivencia antes, durante e depois da estada
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Claudio Cordeiro, Diretor de Hospitalit­y da TOTVS
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Flavio Gordiano, Head of Loyalty, CRM & parcerias Estratégic­as Le Club AccorHotel­s – América do Sul
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Recepção do Golden Tulip Natal Ponta Negra (RN)

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