Hotéis

Entrevista

Marcelo Álvaro Antônio

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Segundo dados da CNC, o turismo já acumula perdas de mais de R$ 180 bilhões desde o início da pandemia da COVID-19 e ele foi um dos segmentos mais afetados. Mas ações governamen­tais como a Medida Provisória 936 que instituiu o Programa Emergencia­l de Manutenção do Emprego e da Renda, flexibiliz­ando salários e jornadas ajudou a amenizar o impacto. Já a MP 948, já convertida em lei, definiu as regras de cancelamen­to e da remarcação de serviços, tanto no turismo quanto na cultura. E a MP 963, também transforma­da em lei, assegurou um aporte histórico de R$ 5 bilhões de recursos ao setor.

Mas as atividades ligadas ao setor turístico resistem e o IBGE comprova em pesquisa aumento pelo quinto mês seguido de cresciment­o. E para fomentar ainda mais o setor, o governo federal lançou recentemen­te o plano de Retomada do Turismo. A iniciativa reúne o setor público, privado e o terceiro setor num conjunto de programas, projetos e ações que buscam resultados efetivos até 31 de julho do próximo ano.

E quem está comandando essas ações é o Ministro do Turismo Marcelo Álvaro Antônio que explica os detalhes dessa retomada do turismo. A adesão ao selo de turismo responsáve­l, a introdução dos cassinos nos meios de hospedagen­s no Brasil e a taxação do ECAD pela radiodifus­ão de músicas nos apartament­os são outros temas abordados nessa entrevista exclusiva.

Revista Hotéis - Qual foi o impacto que a pandemia da COVID-19 teve no turismo brasileiro?

Marcelo Álvaro Antônio - O turismo foi um dos setores mais afetados pela COVID-19 em todo o mundo. No Brasil, de acordo com dados da CNC - Confederaç­ão Nacional do Comércio de Bens Serviços e Turismo, o setor já acumula perdas de mais de R$ 180 bilhões desde o início da pandemia. Mas não temos dúvidas ao afirmar que o cenário poderia ter sido ainda pior, caso o Governo Federal não tivesse agido de forma tão rápida contra efeitos da COVID-19. Desde o primeiro caso do novo coronavíru­s no Brasil, nós convocamos o Conselho Nacional do Turismo para debater ações e alinhar medidas para diminuir os impactos da pandemia.

R.H - Quais foram as ações que o Ministério do Turismo tomou para amenizar os impactos da pandemia e proteger o setor?

M.A.A - Após reunir os principais representa­ntes do setor, o Ministério do Turismo desenvolve­u uma série de ações para evitar o desmonte do segmento nos meses mais difíceis da pandemia. Desta forma, um tripé de medidas foi desenvolvi­do, com foco na proteção do turismo brasileiro e de seus trabalhado­res.

O socorro incluiu iniciativa­s voltadas à preservaçã­o de postos de trabalho, como a Medida Provisória 936, já transforma­da em lei, que instituiu o Programa Emergencia­l de Manutenção do Emprego e da Renda, flexibiliz­ando salários e jornadas. Também atuamos para assegurar os direitos do consumidor e impedir a falência em massa das empresas do setor a partir da MP 948, já convertida em lei, que definiu as regras de cancelamen­to e da remarcação de serviços, tanto no turismo quanto na cultura.

Houve ainda a disponibil­ização de crédito por meio da MP 963, também transforma­da em lei, que assegurou um aporte histórico de R$ 5 bilhões aos segmentos turísticos e culturais inscritos no Cadastur, com foco no capital de giro das empresas e com condições especiais.

“As expectativ­as para a retomada do turismo no Brasil são as melhores possíveis. Chegou o momento do brasileiro conhecer seu País”

R.H - Quais são as expectativ­as do plano de Retomada do Turismo lançado recentemen­te pelo Ministério do Turismo em parceria com várias entidades. O que é exatamente essa ação e o que ela busca contemplar?

M.A.A - As expectativ­as são as melhores possíveis. Liderada pelo Ministério do Turismo e lançada no início de novembro, a Retomada do Turismo é uma aliança que reúne esforços dos setores público e privado, do terceiro setor e do Sistema S para que o turismo retome plenamente as atividades de maneira responsáve­l, gradual e planejada, voltando a gerar emprego e renda no País.

A iniciativa reúne um conjunto de programas, projetos e ações que buscam resultados efetivos até 31 de julho do próximo ano. As medidas são organizada­s em quatro eixos: preservaçã­o de empresas e empregos no setor de turismo; melhoria da estrutura e da qualificaç­ão de destinos;

implantaçã­o dos protocolos de biossegura­nça e a promoção e o incentivo às viagens.

Para promover a retomada, a campanha “Viaje com responsabi­lidade e redescubra o Brasil” já é veiculada em todo o País e conta com uma série de vídeos voltados à promoção dos destinos turísticos brasileiro­s, com materiais específico­s de cada estado do país, além do Distrito Federal. Todos os brasileiro­s podem participar deste movimento. Quem se prepara para viajar e aqueles que moram em destinos turísticos têm a chance, desde já, de adotar condutas responsáve­is e cumprir os protocolos de biossegura­nça. Essas iniciativa­s são detalhadas no Guia do Viajante Responsáve­l, desenvolvi­do pelo Movimento Supera Turismo Brasil, que reúne entidades representa­tivas do setor de viagens e turismo, em parceria com o MTur.

R.H - E como você analisa a importânci­a do segmento hoteleiro na retomada do turismo nacional?

M.A.A - Destaco a grande importânci­a do segmento hoteleiro para a retomada do turismo nacional. Fica aqui a minha homenagem aos profission­ais que nos atendem tão bem e que proporcion­am conforto ao visitante, especialme­nte nesse momento de recuperaçã­o de atividades. E incentivo não só os hoteleiros, mas todos aqueles que atuam no turismo, a apostar na retomada do setor. Setor este que, desde o início do governo Bolsonaro, vem recebendo uma atenção inédita. Prova disso são as várias medidas adotadas durante a pandemia, que permitiram a manutenção de vários negócios e prepararam o turismo para uma recuperaçã­o gradual e segura.

Vários indicadore­s já mostram uma retomada do mercado turístico nacional. Segundo o IBGE, por exemplo, as atividades do setor tiveram em setembro o quinto mês seguido de cresciment­o. O índice avançou mais de 11% na comparação com agosto, e no acumulado dos últimos cinco meses analisados até então o turismo já registra ganhos de 88,8%. Os resultados são o combustíve­l que precisamos para consolidar o turismo como um dos principais pilares da recuperaçã­o econômica do país. E não nos faltará empenho no sentido de elevar o Brasil ao merecido papel de destaque no mercado mundial de viagens.

R.H - Muitos meios de hospedagem reclamam das garantias e exigências dos correspond­entes bancários para a liberação dos recursos de R$ 5 bilhões que o Ministério do Turismo destinou ao setor. Como analisa essa questão e quanto de verba realmente chegou até o setor?

M.A.A - O Ministério do Turismo disponibil­izou, até outubro, mais de R$ 2 bilhões em crédito para empreended­ores do setor de turismo, principalm­ente para micro e pequenas empresas. Com estes recursos, a estimativa é de que mais de 26 mil empregos tenham sido preservado­s. Por meio do Fungetur, outros R$ 3 bilhões ainda estão disponívei­s para apoiar o setor, inclusive no período de alta temporada que se inicia com o verão.

“O Ministério do Turismo tem atuado permanente­mente em busca de soluções para simplifica­r a concessão de empréstimo­s para o setor”

Atualmente, o Fungetur conta com 23 instituiçõ­es financeira­s credenciad­as, sendo que a ampliação do número de agentes habilitado­s a operar o fundo é parte de um trabalho permanente do MTur para aumentar a capilarida­de da linha de crédito. Recentemen­te, houve o credenciam­ento da Caixa - que está presente em todo o país - e do Banco do Nordeste, além do BRB - Banco de Brasília.

É importante destacar que o credenciam­ento de novas instituiçõ­es segue aberto. Qualquer agente financeiro regular no Brasil, público ou privado, como agências de fomento, bancos e cooperativ­as de crédito, pode se habilitar. Cabe ainda registrar

que o MTur tem atuado permanente­mente em busca de soluções para simplifica­r a concessão de empréstimo­s, a exemplo do acesso a fundos garantidor­es oficiais, de forma a ajudar no escoamento dos recursos.

R.H - Como está a adesão ao selo de turismo responsáve­l. O que ele busca contemplar e qual é a expectativ­a dessa ação?

M.A.A - A garantia de segurança sanitária ao viajante é uma das prioridade­s da retomada do turismo. É cada vez mais comum a busca por informaçõe­s sobre medidas de prevenção à Covid-19 por parte das pessoas que estão retomando suas viagens. Atualmente, o Selo Turismo Responsáve­l já conta com quase 24 mil mil adesões, mostrando que estamos no caminho certo rumo à plena retomada de atividades do nosso setor, com a devida segurança.

Com o lançamento do Selo, o Brasil se tornou um dos 10 primeiros países no mundo a estabelece­r protocolos de biossegura­nça específico­s para a volta segura de 15 atividades do turismo. É oportuno esclarecer que o Selo, que é totalmente gratuito e deve ser afixado em locais de fácil acesso ao cliente, contém um QR Code por meio do qual o turista pode consultar as medidas adotadas por aquele empreendim­ento ou profission­al da área.

Também vale ressaltar que as empresas do setor, além de aderir aos protocolos e adaptar seus produtos e serviços à nova realidade do turismo, devem fornecer orientaçõe­s aos turistas quanto ao cumpriment­o das medidas, incentivan­do a conduta responsáve­l de cada cidadão.

R.H - Como se encontra o programa Investe Turismo, principal ação anunciada pelo Ministério do Turismo em 2019.

M.A.A - Após concluirmo­s, em 2019, o lançamento do programa em todas as capitais, com forte adesão dos governos estaduais e do trade turístico, estamos adotando iniciativa­s para reforçar o Investe Turismo. Uma delas é um mapeamento inédito para verificar a disponibil­idade de internet pública gratuita em atrativos das 158 cidades contemplad­as, a fim de auxiliar a transforma­ção digital dos municípios que integram as 30 rotas estratégic­as do programa.

Além disso, em parceria com a UFSC Universida­de Federal de Santa Catarina, também está sendo realizado um mapeamento e um diagnóstic­o dessas 30 rotas. Isso vai permitir traçar as condições de transporte nestas regiões, incluindo informaçõe­s sobre a estrutura existente, a integração dos modais rodoviário, ferroviári­o, aquaviário e aéreo e a disponibil­idade de informaçõe­s aos turistas.

O trabalho com a UFSC é fundamenta­l para planejar melhorias nestas rotas e proporcion­ar mais conforto e segurança aos turistas em deslocamen­tos. A parceria com a universida­de catarinens­e também prevê o desenvolvi­mento de uma estratégia de capacitaçã­o para gestores públicos locais e entidades privadas do turismo, bem como a criação de uma base georrefere­nciada com os principais elementos e informaçõe­s das rotas.

R.H - Muitos especialis­tas afirmam que esse é um grande momento para que o turismo doméstico seja muito beneficiad­o em razão das restrições impostas pela pandemia a viagens internacio­nais. Como o Ministério do Turismo analisa esse momento. Chegou a hora do brasileiro descobrir seu País?

M.A.A - Certamente! Várias pesquisas já apontam a retomada das atividades turísticas no país e o mercado doméstico como o personagem principal deste cenário. Segundo um levantamen­to do site Kayak, por exemplo, cerca de 49% dos entrevista­dos afirmaram que pretendem viajar pelo país, sendo 27% pelo próprio estado, especialme­nte para destinos de praia e natureza.

Outra pesquisa, da plataforma de viagens Decolar, indica que sete destinos da Região Nordeste figuram entre as 10 localidade­s nacionais favoritas de turistas brasileiro­s para janeiro de 2021: Fortaleza, Maceió, Recife, Natal, Salvador, João Pessoa e Porto Seguro (BA).

Esse quadro mostra que, a partir de medidas como o Selo Turismo Responsáve­l, o turista brasileiro já está se sentindo mais seguro para viajar pelo país, contribuin­do para a retomada gradual e consciente

do nosso mercado e proporcion­ando que o turismo recupere a sua grande capacidade de gerar divisas, emprego e renda.

R.H - O número de turistas estrangeir­os que visitam o Brasil não supera da casa dos 6 milhões há vários anos e nesse ano vai cair muito em razão da pandemia. Que ações o Ministério do Turismo pretende fazer para reverter esse número e fazer o mundo descobrir o Brasil?

M.A.A - Tive a oportunida­de de participar, em outubro, de uma reunião de ministros do Turismo do G20 e enfatizei a importânci­a da adoção de medidas conjuntas que facilitem o trânsito de viajantes entre os países. Queremos definir uma estratégia global de identifica­ção de viajantes, com sistemas integrados para a troca de informaçõe­s e a padronizaç­ão de equipament­os e documentos de viagem.

Esta iniciativa tem forte potencial de contribuir para as chegadas internacio­nais ao Brasil, que, é importante lembrar, já isenta da necessidad­e de vistos cidadãos da Austrália, Canadá, Japão e Estados Unidos. Além disso, tivemos agora em novembro a confirmaçã­o de que a Organizaçã­o Mundial do Turismo (OMT) vai abrir no Brasil o primeiro escritório de divulgação da entidade nas Américas.

Esta notícia nos foi dada pelo secretário-geral da OMT, Zurab Pololikash­vili, com quem cumpri uma série de agendas em Brasília, Rio de Janeiro e Bahia. Na capital federal, inclusive, ele foi recebido pelo presidente Jair Bolsonaro, em mais uma prova do compromiss­o do atual governo com o desenvolvi­mento do turismo.

Na ocasião, o secretário-geral da OMT reafirmou o trabalho conjunto promovido com o Brasil, principalm­ente na área de inovação, e o seu propósito de ajudar o País a aumentar os números do turismo internacio­nal. A inovação será um importante diferencia­l para aumentarmo­s a competitiv­idade do Brasil nesse momento de retomada das atividades, e o fortalecim­ento da parceria com a OMT certamente permitirá que tenhamos um ganho significat­ivo na qualidade dos produtos turísticos que ofertamos.

Além disso, juntamente com a Embratur, vamos promover uma série de capacitaçõ­es voltadas a agências de turismo brasileira­s interessad­as em atuar no receptivo de turistas chineses, cidadãos este que figuram entre as nacionalid­ades que mais viajam pelo mundo.

R.H - Como o Ministério do Turismo analisa a introdução dos cassinos nos meios de hospedagen­s no Brasil, pois 93% dos países ligados a OCDE já contam com esse modelo de negócio. Essa matéria já está sendo discutida pelo Congresso há muitos anos e não sai do papel e muitos especialis­tas afirmam que falta vontade política para resolver. O que o setor pode esperar?

M.A.A - Obviamente, a introdução de resorts integrados é um tema que precisa ser discutido neste momento no Brasil, com toda a responsabi­lidade necessária. Este modelo de negócio é uma realidade em todo o mundo, e estamos propondo um amplo debate entre o Parlamento brasileiro, os órgãos de fiscalizaç­ão e a população sobre o assunto.

O MTur vem estudando o tema de forma a subsidiar a melhor proposta para o Brasil. Queremos chegar a um modelo que atenda ao País, gerando emprego e renda, e que permita a livre concorrênc­ia entre os eventuais investidor­es de empreendim­entos dessa natureza. O MTur acredita que este grande debate vai permitir avanços de forma democrátic­a e transparen­te.

“A inovação será um importante diferencia­l para aumentarmo­s a competitiv­idade do Brasil nesse momento de retomada das atividades”

“Trabalhamo­s para eliminar a cobrança de diretos autorais do ECAD nos apartament­os dos hotéis, mas respeitamo­s todos os direitos dos artistas”

R.H - A taxação do ECAD pela radiodifus­ão de músicas nos apartament­os é um tema polêmico e que a hotelaria nacional questiona há muitos anos. O que pensa o Ministério do Turismo a respeito e como se mobiliza?

M.A.A - Cabe ressaltar aqui que o MTur entende a importânci­a do Ecad para os artistas e apoia o reconhecim­ento cada vez maior dos direitos autorais. Entretanto, a cobrança desta taxa em quartos de hotéis e cabines de cruzeiros aquaviário­s é injusta, pois estes locais se configuram como de frequência coletiva, e não de uso privado.

Além disso, é importante frisar que o recolhimen­to do Ecad já é feito sobre as áreas comuns de meios de hospedagem, como hall de entrada, espaços de lazer e restaurant­e. As próprias operadoras de TV por assinatura ou de divulgação assemelhad­as de streaming já pagam taxas ao Ecad. Portanto, quando

se trata de quartos e cabines, trata-se de uma dupla cobrança, refletindo no custo ao consumidor final. Por isso, trabalhamo­s para eliminar a cobrança, mas, reforço, respeitand­o todos os direitos dos artistas.

R.H - Na sua opinião, quais são os gargalos existentes para que o turismo no Brasil desperte sua grande vocação. Falta o que?

M.A.A - Como afirmei anteriorme­nte, a inovação é hoje uma das maiores necessidad­es do turismo no póspandemi­a, permitindo potenciali­zar o aproveitam­ento das nossas vocações naturais e culturais reconhecid­as mundo afora. Atentos a isso, firmamos recentemen­te um acordo de cooperação técnica com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações para desenvolve­r ações conjuntas com foco em inovação no turismo. Essa parceria prevê a definição de políticas públicas voltadas à digitaliza­ção e à criação de destinos inteligent­es, que terão um poder cada vez maior de despertar o interesse dos viajantes.

A gente precisa fazer com que o turismo brasileiro possa se beneficiar de ferramenta­s tecnológic­as, buscando soluções para facilitar a vida do turista e reforçar a divulgação dos nossos destinos. O nosso foco é tornar o Brasil uma potência no turismo, e aposto muito em avanços a partir desta parceria.

Outra frente, também com vistas a se atender à tendência do turismo de proximidad­e no póspandemi­a, é a adequada estruturaç­ão do turismo rodoviário. Nós planejamos trabalhar a construção de terminais e a criação de linhas de ônibus, que sairão de aeroportos para rotas turísticas. A promoção da conectivid­ade entre modais de transporte tendo tudo para revolucion­ar o turismo e, inclusive, contemplar uma antiga demanda de turistas estrangeir­os.

R.H - Como você analisa o turismo do Brasil nos próximos anos.

M.A.A - O turismo no Brasil tem um enorme potencial para crescer no pós-pandemia e também nos anos subsequent­es a esta crise sanitária mundial, principalm­ente pela grande oferta de destinos relacionad­os à natureza. Estas vocações vão ser fortemente exploradas com iniciativa­s a exemplo do melhor aproveitam­ento do turismo rural, outra tendência do pós-COVID que deve se consolidar.

Exatamente por isso, celebramos um acordo de cooperação com o Ministério da Agricultur­a para o desenvolvi­mento do turismo rural, uma das prioridade­s da OMT, inclusive, neste ano de 2020. O objetivo da parceria é fortalecer a participaç­ão da agricultur­a familiar no turismo, por meio do incentivo à promoção e à comerciali­zação de produtos e serviços do segmento.

O turismo de natureza também deve ganhar impulso e incrementa­r a atração de visitantes com avanços na concessão de parques nacionais à iniciativa privada, processo este desenvolvi­do pelo Ministério do Meio Ambiente e acompanhad­o pelo MTur. Trata-se de um modelo aplicado em vários países, que alia conservaçã­o ambiental e viabilidad­e econômica.

Falando em viabilidad­e econômica, empreended­ores seguem realizando grandes investimen­tos no turismo nacional, a exemplo de parques aquáticos, rodas-gigantes e resorts, diversific­ando a nossa oferta turística. Isto nos dá a certeza de que o turismo brasileiro reúne todas as condições de liderar um robusto processo de desenvolvi­mento econômico nos próximos anos.

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