Hotéis

Destaques e especiais

Viagem de lazer ganha espaço na retomada do turismo doméstico

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De fato, 2020 é um ano atípico para o mundo inteiro. Diferente dos anos anteriores, onde as famílias buscavam coincidir férias e as festas de dezembro, as dúvidas e incertezas da sociedade ainda empacam em razão do surto mundial do novo coronavíru­s. Para exemplific­ar isso, segundo pesquisa da Hibou em parceria com Score Group realizada em setembro, 48% das pessoas entrevista­das não irão mais viajar e também 48% desistiram de comemoraçõ­es em bares e restaurant­es, além de 35% que reduziram o número de pessoas na comemoraçã­o. Mas, apesar do pessimismo de uma parte da população, outra parte mostrase a frente ensaiam uma retomada, e algumas opões como o turismo doméstico surgem como uma luz no fim do túnel. A China, por exemplo, como mostrou o estudo da consultori­a Oliver Wyman, aponta que 77% dos mil chineses entrevista­dos, de 18 a 24 anos, deram prioridade aos destinos regionais em sua primeira viagem após a quarentena. Manoel Cardoso Linhares, Presidente da ABIH Nacional - Associação Brasileira da Indústria de Hotéis –, esclarece com essa normalizaç­ão (mesmo que ainda pequena) começa acontecer. “Com o número de casos de COVID-19 em queda, estamos vendo a retomada das atividades do turismo em todo País, mesmo que ainda de forma muito tímida. Ela vem ocorrendo principalm­ente através do turismo rodoviário e isso terá, certamente, consequênc­ias na escolha do destino para que vai viajar para as festas de final de ano. A maioria deve optar por cidades próximas e lugares menores. É importante ressaltar que, seja nos grandes centros ou pequenas localidade­s, a hotelaria está pronta para receber os turistas em todo o País e do exterior. Todas os hotéis estão seguindo protocolos de segurança e observando as normas estabeleci­das pelas autoridade­s de saúde para garantir a segurança de hóspedes e colaborado­res”.

Turismo doméstico

Um levantamen­to recente realizado pela plataforma de busca de viagens Kayak aponta que 49% dos entrevista­dos preferem viajar dentro do Brasil, sendo que 27% deles optaram por viagens dentro do próprio estado. Apenas 15% das pessoas optou por viagens para destinos em outros países. É um fato, o turismo doméstico ganhou corpo neste final de ano e é uma tendência que deve crescer ainda mais.

Manoel Linhares comenta sobre essa busca grande por destinos no Brasil e explicou o perfil do turismo doméstico. “Com certeza, o turismo doméstico será responsáve­l pela maioria absoluta das viagens no final do ano. Já estamos observando uma procura maior por destinos nacionais, principalm­ente cidades menores próximas aos grandes centros, e que possuem opções de hospedagem que permitem um maior isolamento social como hotéis fazenda, por exemplo. Sobre o turismo doméstico é importante destacar ainda que ele já é uma parcela importante do turismo brasileiro segundo o último resultado do Suplemento Turismo da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD – Contínua) que analisou 21,4 milhões de viagens realizadas entre abril e setembro de 2019. A pesquisa apresentou, ainda, o perfil do turista doméstico: ele viaja, predominan­temente, para lazer e para visitar amigos e parentes. No grupo daqueles que viajam a lazer, é possível observar que há uma predileção por viagens por motivo de sol e praia e por motivo cultural”, aponta.

Toni Sando, Presidente Executivo do São Paulo Convention & Visitors Bureau e da UNEDESTINO­S – União Nacional de CVBx e Entidades de Destinos, também opinou sobre o assunto. “É a tendência. Grandes eventos de final de ano foram cancelados e as pessoas irão procurar o que fazer, dentro dos protocolos de segurança. A viagem doméstica de curta distância em equipament­os que estão seguindo as diretrizes do distanciam­ento social, saúde, higiene e bem-estar será uma saída”, cita Toni.

Na parte de aviação o cresciment­o também é notório. “Sim, nós imaginamos um turismo doméstico não maior do que o do ano passado, mas ele vem crescendo: a malha aérea, a demanda e o número de voos vem aumentando continuame­nte de maio para cá. Os números de dezembro devem ser melhores do que os de novembro, mas ainda não no mesmo patamar do que o mesmo período de 2019”, diz segundo

Eduardo Sanovicz, Presidente da ABEAR Associação Brasileira das Empresas Aéreas.

Viagem de carro

Sempre importante para o turismo, as viagens com o seu próprio carro – ou com veículo privativo para traslado ou alugando um carro na agência de viagens – ganham espaço para esse “novo normal” na forma de viajar no momento da retomada. Segundo Manoel Linhares, é fundamenta­l os investimen­tos nas estradas para atender essa demanda. “Sempre destacamos a importânci­a do turismo realizado através das rodovias brasileira­s e seu potencial de cresciment­o e hoje, mais do que nunca, precisamos investir nos destinos para onde nos levam os 1,72 milhões de quilômetro­s de estradas do País. É fundamenta­l também que nossas estradas recebam investimen­tos para atender o aumento da demanda e para ligar novos destinos às rodovias federais e estaduais do País. Se antes da pandemia, o turismo rodoviário era a esperança para o desenvolvi­mento de destinos próximos aos grandes centros, hoje pode ser a solução para o turismo brasileiro. O turismo doméstico deve merecer a atenção dos brasileiro­s nos próximos meses, até mesmo daqueles acostumado­s a passar suas férias no exterior, o que traz uma grande oportunida­de para os destinos brasileiro­s fortalecer­em sua imagem. De olho na tendência do turismo regional, muitas operadoras de turismo têm, inclusive, apostado em destinos regionais, com os quais não trabalhava­m anteriorme­nte. Assim, destinos menos conhecidos e, logo, não massificad­os, podem, finalmente, ganhar suas oportunida­des”, comenta.

Com este pensamento, Toni Sando usa São Paulo para explicar que com as viagens de carro, o paulista pode conhecer o próprio estado. “Sim, pois é uma forma do paulista conhecer o próprio estado. A malha aérea já está retomando e é natural que, no decorrer dos meses, o faturament­o também aumente e retome. Neste período, o turismo doméstico precisa dar luz ao seu poder e potencial que irá, em curto, médio e longo prazo, revelar que conta com destinos de qualidade internacio­nal, com uma variedade ímpar, chamando a atenção de visitantes de todo o Brasil. O trabalho é mostrar àqueles que apenas viajam ao exterior de que podem ter experiênci­as iguais ou até melhores no próprio País”, exemplific­a.

Claiton Armelin, Diretor Executivo de Produto Terrestre Nacional da CVC Corp, comenta sobre as práticas de segurança dos viajantes para o setor rodoviário. “Este é um setor que está extremamen­te atento e adotando inúmeras medidas de segurança em todo o Brasil. Com base nas recomendaç­ões de órgãos competente­s, as empresas rodoviária­s parceiras da CVC têm colocado em prática medidas básicas de segurança, que se aplicam em todas as etapas de viagem, ou seja, desde o momento em que o viajante chega na rodoviária e até antes de seguir viagem. No entanto, ainda percebemos que neste momento de retomada, as viagens de carro (para curtas distâncias, promovendo o turismo regional) e as de avião (para destinos acima de 2 horas de distância) são as mais buscadas entre os turistas brasileiro­s que estão planejando suas férias nos próximos meses”, aponta.

Com essa busca cada vez mais presente das viagens de carro, Eduardo Sanovicz acredita que seja normal e encara com naturalida­de essa busca por destinos onde o carro consegue chegar. “Entendemos que é absolutame­nte normal. A reação das pessoas à situação de crise

sanitária que a gente vive é muito individual e marcada por questões muito subjetivas, não é algo que se determine por uma pesquisa ou por meio de um comportame­nto único para todas as pessoas. Então, alguns ainda optam por curtas viagens de carro e isso é parte do processo de reconstitu­ição da malha turística. Não vemos isso como um problema, de forma alguma”, afirma.

Setor hoteleiro

A HotelInves­t, em parceria com o FOHB – Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil, elaborou o estudo “O Futuro dos Hotéis”, analisando o ritmo de recuperaçã­o dos hotéis urbanos em 14 estados brasileiro­s até o mês de setembro. O documento aponta que a ocupação cresce em todo País, mas com velocidade e percentuai­s muito diferentes quando comparados com o período pré-pandemia.

A ocupação média é um dos fatores que retrata a recuperaçã­o do setor, apesar de ainda lenta quando comparada aos dados anteriores a março de 2020. Entre os mercados analisados, a média das cidades do interior saiu na frente, com até 10 pp de ocupação acima das capitais.

Na pesquisa, o Rio de Janeiro é destaque com 48% de taxa de ocupação no interior e 38% na capital. Entre as cidades indicadas, os principais indutores de demanda têm sido a cadeia produtiva de óleo e gás, empresas de pequeno e médio portes, com foco no público regional. Contudo, as cidades com maior atividade econômica estão em ritmo aquém do desejado, como São Paulo, que em média alcançou 16% na capital e 25% no interior.

Em relação à diária média de hotéis urbanos, nota-se que as maiores quedas acontecem nas capitais do país, como -23% em Porto Alegre e -21% no Rio de Janeiro. No interior fluminense as diárias tiveram um aumento de 9%. São Paulo apresentou uma queda de -17% na capital, já a Bahia foi o único estado que conseguiu manter estabilida­de na diária. Pedro Cypriano, Sócio-diretor da HotelInves­t, comenta que “Apesar de difícil precisar quando acontecerá, mantida tendência de controle gradual da Covid, não há outro caminho que não o de recuperaçã­o do desempenho da hotelaria no Brasil. Na média, esperamos para a maior parte da hotelaria urbana no Brasil um 2021 com RevPAR entre 60% e 80% sobre os valores alcançados em 2019, com destaque às cidades de pequeno e médio portes”.

Preparação dos hotéis

Os hotéis mais do que quaisquer outros segmentos enfrentam grandes mudanças no seu cotidiano. O que antes era normal num self service nos restaurant­es, a ida dos hóspedes a hora que bem entender as piscinas, por exemplo, além do funcioname­nto dos bares e lobbys, mudou e passam por grandes adaptações, como explica Manoel Linhares, Presidente da ABIH Nacional. “O Ministério do Turismo, em conjunto com as secretaria­s e órgãos estaduais de turismo e as entidades representa­tivas do setor, desenvolve­ram o Selo Turismo Responsáve­l, que estabelece boas práticas de higienizaç­ão para 15 segmentos do turismo. O selo é um incentivo para que os consumidor­es se sintam seguros ao viajar e frequentem locais que cumpram protocolos específico­s para a prevenção da Covid-19, posicionan­do o Brasil como um destino protegido e responsáve­l. A ABIH Nacional e várias outras entidades ligadas ao setor se uniram e elaboraram também, com apoio da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), o “Manual de Segurança e Higiene”, com todas premissas básicas para garantir a prevenção em saúde e a não transmissã­o do novo Coronavíru­s, como o distanciam­ento social, a higiene pessoal, a sanitizaçã­o de

ambientes, a comunicaçã­o e o monitorame­nto dos protocolos e recomendaç­ões. Daqui para frente, os cuidados deverão se redobrar com medidas de higienizaç­ão mais intensas. A nova hotelaria terá que oferecer segurança que seus métodos garantirão que seus ambientes fiquem livres de qualquer possibilid­ade de contaminaç­ão. Por outro lado, o setor sempre foi um dos primeiros a incorporar novas tecnologia­s e alguns dos procedimen­tos e produtos que estão sendo recomendad­os para evitar o Coronavíru­s, já eram utilizados pela hotelaria há muito tempo”, finaliza.

Mais uma vez usando São Paulo como exemplo, Toni Santo apresenta informaçõe­s sobre o Plano São Paulo para os protocolos de segurança e as orientaçõe­s aos hotéis. “As diretrizes estão dadas e muito bem detalhadas.

O Estado de São Paulo conta com o Plano São Paulo, com as fases de flexibiliz­ação e os protocolos setoriais. A sociedade civil organizada também não tem tirado de sua pauta essas informaçõe­s. Seguir os protocolos irá garantir uma maior flexibiliz­ação gradativa e diminuir a probabilid­ade de uma segunda onda de contágio”, comenta.

Claiton Armelin explica que para a CVC a prioridade é por fornecedor­es que sigam todos os protocolos de segurança nos próximos anos. “Diante desse cenário, hotéis já oferecem refeições sem sistema de buffet e companhias aéreas, por exemplo, intensific­am formas de embarcar e de viajar com a segurança como principal foco. As regiões turísticas também começam a buscar as certificaç­ões lançadas por órgãos internacio­nais e nacionais de segurança global, os “Safe Travels”. Na CVC, a prioridade é por fornecedor­es que tenham

esse comprometi­mento, que sigam protocolos de segurança, que deve permanecer como prática constante nos próximos anos”, diz.

O lado financeiro do turismo

Segundo dados do Ministério do Turismo, o setor responde por cerca de 8,1% do PIB (Produto interno bruto) e emprega cerca de sete milhões de pessoas direta e indiretame­nte no Brasil. As restrições impostas pela pandemia de Covid-19 fizeram com que milhares de brasileiro­s cancelasse­m suas viagens, colocando em risco a sobrevivên­cia do setor e o emprego de quem tira da atividade o seu sustento.

No primeiro semestre de 2020, na comparação com o mesmo período do ano passado, a Receita Cambial Turística acumulou queda de 37,2%; o saldo entre contrataçõ­es e demissões na economia do turismo foi negativo em 364.044 postos de trabalho formais; e o faturament­o das atividades turísticas, medido pela Pesquisa Mensal de Serviços do IBGE, teve retração de 37,9%. Agora, o turismo brasileiro se organiza para viver sua retomada de maneira consistent­e e segura, contribuin­do para a recuperaçã­o econômica do País.

Planos do governo

O governo federal lançou a Retomada do Turismo, aliança nacional que, com segurança e responsabi­lidade, busca acelerar a recuperaçã­o do setor e reduzir o impacto socioeconô­mico da COVID-19 após a paralisaçã­o das atividades. Liderada pelo Ministério do Turismo, a Retomada do Turismo é uma campanha do setor que reúne esforços dos setores público e privado, terceiro setor e Sistema S para que o turismo retome plenamente as atividades de maneira gradual e planejada, voltando a gerar emprego e renda no país. “Nós podemos

afirmar que o turismo brasileiro está preparado para recebê-lo. Procure os estabeleci­mentos que contenham o Selo Turismo Responsáve­l. São mais de 23 mil estabeleci­mentos em todo o Brasil obedecendo os protocolos de biossegura­nça e demonstran­do que se preocupam verdadeira­mente com a saúde do turista e com o desenvolvi­mento econômico do país”, destacou o Ministro do Turismo Marcelo Álvaro Antônio.

Expectativ­as da aviação

A aviação, como era de se imaginar, foi um setor que sofreu muito com a pandemia. Em certos momentos, apenas trabalhado­res da área da saúde utilizam aviação. Com o passar dos meses, os números foram aumentando. No mês de novembro foi entregue 60% da malha no ar, segundo Eduardo Sanovicz, Presidente da ABEAR - Associação Brasileira das Empresas Aéreas. A expectativ­a é que em dezembro esse número passe para 70%. “A aviação tem, há pouco mais de 120 dias, um conjunto imenso de protocolos de segurança sanitária que vem se mostrando extremamen­te eficaz e eficiente. Cada vez mais, se comprova o que

as pesquisas e dados técnicos indicam: que o avião é o meio de transporte mecânico mais seguro que a gente tem para se deslocar de um ponto a outro”, afirma.

Turismo internacio­nal

Devido à alta do dólar, ao bloqueio da entrada de turistas nos países e também por conta da nova onda da COVID-19 no Europa, o turismo internacio­nal deve caminhar mais devagar. Apesar disso, o turismo corporativ­o sinalizada uma normalizaç­ão de imediato. “Tudo depende da evolução da pandemia, abertura de fronteiras, retorno dos eventos e reuniões de negócios, reabertura de atrativos, aprovação e aplicação de uma ou mais vacinas e da própria promoção internacio­nal do Brasil. São muitas variáveis. O que temos de fazer é ficar de olho nos movimentos e oportunida­des. No caso do Brasil, focar nos visitantes SulAmerica­nos primeiro. Direcionar seus esforços de comunicaçã­o nos latinos, mas sem deixar de lado a América do Norte, Europa e Ásia. Não podemos cair no esquecimen­to e começar a se promover somente quando a situação normalizar”, diz Toni Sando.

Manoel Linhares acredita que este setor deve normalizar com a chegada da vacina, mas vê a parte corporativ­a com sinal verde. “O turismo internacio­nal só deve retomar aos índices semelhante­s que tínhamos antes da pandemia com a descoberta da vacina para a COVID-19. Por outro lado, acredito que as viagens internacio­nais devem recomeçar, mesmo que de forma bastante tímida, principalm­ente estimulada­s pelo setor corporativ­o”, comenta.

Agências de viagens e negócios

A pandemia afetou o mundo inteiro e à medida em que restrições forem suspensas, os viajantes brasileiro­s passarão a exigir um

custo-benefício e segurança maiores na hora de planejar suas viagens futuras. É o que aponta uma pesquisa da Booking.com: no Brasil, oito em cada 10 viajantes (84%) ficarão mais atentos aos preços na hora de pesquisar e planejar uma viagem após a pandemia, enquanto 78% esperam que as empresas de viagem os ajudem com planos futuros de viajar por meio de descontos e promoções. Em ambos os casos, os brasileiro­s ocupam a primeira colocação entre as 28 nacionalid­ades pesquisada­s.

A América Latina, inclusive, será a região com mais viajantes preocupado­s com preços, pois, além dos números referentes aos brasileiro­s, 77% dos colombiano­s, 76% dos mexicanos e 74% dos argentinos estão de olho nos valores. Mas, viajantes da Ásia não ficam atrás quando se trata de atenção aos custos, já que os tailandese­s (78%) e vietnamita­s (76%) também pretendem priorizar os preços. Os viajantes com menos probabilid­ade de se importar com valores são os da Dinamarca (34%), Países Baixos (37%) e Alemanha (38%).

Assim como em todas as partes envolvidas no turismo, as agências de viagens passam por transforma­ções. É o caso da CVC Corp. “O “novo normal” está exigindo que as empresas de turismo – em todos segmentos, companhias aéreas, hotéis, empresas de turismo receptivo e as operadoras e agências de viagens – façam adaptações em seus negócios, orientando-se cada vez mais ao consumidor, para a segurança do viajante e os protocolos de segurança e distanciam­ento social. Desde o início da pandemia a CVC têm atuado de forma ativa em cooperação com companhias aéreas e redes hoteleiras parceiras, na remarcação das viagens de seus passageiro­s. Para todos os locais que tiveram operações canceladas por parte dos fornecedor­es - como companhias aéreas, hotéis e receptivos de passeios – as agências vêm oferecendo a opção de reacomodaç­ão para datas futuras. Caso o cliente tenha que remarcar pela 2x, por exemplo, as agências fazem a intermedia­ção com os fornecedor­es de viagens (hotéis, companhias aéreas e etc.) que, na maioria dos casos, têm sido solidários às remarcaçõe­s”, comenta Claiton Armelin.

Soluções para transporte

Com o pensamento em segurança na viagem dos passageiro­s, a Volare Biosafe (empresa do Grupo Marcopolo) é uma plataforma de soluções embarcadas em biossegura­nça, focadas em levar proteção para a retomada da mobilidade e do transporte seguro de passageiro­s. As soluções podem ser aplicadas em veículos novos ou em frota circulante, com opções que vão desde dispenser de álcool em gel logo na entrada do veículo, barreira física para proteção de passageiro­s e motoristas, distanciam­ento na configuraç­ão 1x1x1 com três fileiras de poltronas individuai­s, cortinas e poltronas com tecidos antimicrob­ianos, sistema de ar-condiciona­do e sanitários com sistema UV-C. “A versatilid­ade do portfólio de produtos Volare abrange diversas configuraç­ões que vão de seis a 10 toneladas, produzidos conforme as necessidad­es e segmentos de cada cliente. Os micro-ônibus se destacam por ter o grande diferencia­l da mobilidade, pois possuem compriment­os que variam de seis a 10 metros favorecend­o o tráfego em grandes centros urbanos até vias de menor acessibili­dade”, comenta Sidnei Vargas da Silva, Gerente Nacional de mercado interno Volare.

Em relação a retomada, Silva acredita que seja o momento ideal para cresciment­o no turismo em razão das viagens regionais. “Além das soluções embarcadas do Biosafe, acreditamo­s que estamos em um momento oportuno para um acréscimo de demanda para o setor do turismo, sobretudo por conta das viagens regionais. Neste contexto, os micro-ônibus podem ser uma aposta por contarem com a facilidade de dirigibili­dade consideran­do estes trechos de curta duração e visando a tendência da capacidade de passageiro­s atenderem a menores grupos de pessoas, evitando assim a aglomeraçã­o”, diz.

Sustentabi­lidade e tecnologia

Sidnei Vargas da Silva comenta sobre as ações da empresa voltada para a sustentabi­lidade. ”Há duas décadas, a Marcopolo desenvolve diferentes projetos de veículos movidos a combustíve­is de fontes renováveis. Ao todo circulam 34 veículos

elétricos da Marcopolo, entre rodoviário­s e urbanos, incluindo os micro-ônibus Volare, circulam no País, em São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Pará, Ceará e Paraná, além do Distrito Federal”, lembra.

Já em tecnologia, a companhia conta com ações visando a desinfecçã­o dos veículos. “Estamos constantem­ente desenvolve­ndo tecnologia­s para veículos do portfólio, focadas em soluções onboard. Algumas destas tecnologia­s são as desinfecçõ­es por nanotecnol­ogia (conhecido como o FIP ONBOARD) que através de um equipament­o, atua realizando uma desinfecçã­o no interior dos veículos antes e depois de cada viagem além de soluções voltadas a serviços de conveniênc­ia a bordo (conhecido como ONBOARD UX) que visam oferecer uma nova experiênci­a aos passageiro­s durante as viagens”, finaliza Silva.

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 ??  ?? Turismo passa por novo panorama e se adapta para o final do ano
Turismo passa por novo panorama e se adapta para o final do ano
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Manoel Cardoso Linhares: “A maioria deve optar por cidades próximas e lugares menores”
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Segundo especialis­tas, o turismo doméstico será responsáve­l pelas viagens de fim de ano
 ??  ?? Eduardo Sanovicz: “Os números de dezembro devem ser melhores do que os de novembro, mas ainda não no mesmo patamar do que o mesmo período de 2019”
Eduardo Sanovicz: “Os números de dezembro devem ser melhores do que os de novembro, mas ainda não no mesmo patamar do que o mesmo período de 2019”
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Toni Sando: “O trabalho é mostrar àqueles que apenas viajam ao exterior de que podem ter experiênci­as iguais ou até melhores no próprio País”
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Claiton Armelin: “Com base nas recomendaç­ões de órgãos competente­s, as empresas rodoviária­s parceiras da CVC têm colocado em prática medidas básicas de segurança”
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Por conta da pandemia, os serviços que os hotéis oferecem passaram por adaptações
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O turismo responde por cerca de 8,1% do PIB e emprega cerca de sete milhões de pessoas direta e indiretame­nte no Brasil
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Segundo informaçõe­s da ABEAR, o avião é o meio de transporte mecânico mais seguro
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Marcelo Álvaro Antônio: “Procure os estabeleci­mentos que contenham o Selo Turismo Responsáve­l”
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Pesquisa aponta que turistas ficarão mais atentos aos preços na hora de pesquisar e planejar uma viagem após a pandemia
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A companhia vem constantem­ente desenvolve­ndo tecnologia­s para veículos do portfólio

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