Luxo no Espírito Santo
O HOTEL IMPERADOR AJUDOU A COLOCAR A CIDADE DE DOMINGOS MARTINS NO MAPA DO TURISMO
OHotel Imperador foi aberto no dia 6 de janeiro de 1955, em Domingos Martins, no Espírito Santo. A construção foi realizada em um terreno doado pela prefeitura, localizado em frente à Praça Dr. Arthur Gerhardt, a principal da cidade. A inauguração promovida pelo proprietário, Jefferson de Aguiar, contou com a presença de políticos, personalidades e da imprensa.
O empreendimento foi o primeiro hotel de luxo de todo o Estado do Espírito Santo. Com sua inauguração, a cidade de Domingos Martins se firmou como um destino de turismo de montanha. A localidade foi colonizada por imigrantes alemães e italianos e apresenta baixas temperaturas no inverno.
Por conta de seu clima de romantismo, Domingos Martins, ou Campinho, como é carinhosamente conhecida, tornou-se também um destino procurado por casais em lua de mel. E muitos deles procuravam o hotel por conta de seu conforto e sua arquitetura em estilo de montanha.
A imprensa local noticiou a inauguração como um grande acontecimento e enalteceu as instalações do empreendimento, “dotado de todos os requisitos de conforto moderno, inclusive salões, varandas e salas. Possui 11 apartamentos e 28 quartos, todos com água corrente, chuveiro elétrico e jardim. Uma ótima cozinha e serviços de copa complementam o ambiente”. No topo do edifício ficava a famosa suíte 312, a mais espaçosa e com a vista mais privilegiada e que era cobiçada pela maioria dos hóspedes que chegavam de Vitória e outras capitais, como Rio de Janeiro, Belo Horizonte e São Paulo.
O Hotel Imperador teve seu auge até a década de 1980 e hospedou várias personalidades do país, entre elas o ex-presidente da República Itamar Franco, que residiu no empreendimento por alguns meses nos anos 1960. Em 2005, Franco escreveu uma carta ao então secretário municipal de Administração da cidade, Joel Velton, relembrando esse período onde tem “as melhores recorações e fez muitas amizades”.
O empreendimento foi desapropriado pelo governo do Estado em 2014 e cedido à Prefeitura Municipal de Domingos Martins. Um ano depois, foram realizados reparos para garantir a segurança e salubridade do local e poder ser utilizado novamente. Hoje, o prédio abriga a Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, a Escola de Música Helena Gerhardt Brickwedde, a Biblioteca Municipal Argentina Lopes Tristão, além de sediar exposições, mostras e outras atividades culturais.