Hotelnews Magazine

Mantendo o controle

COMO O TRABALHO ESTRATÉGIC­O COM OS PMS INCREMENTA O RESULTADO DE SEU HOTEL

- POR JULIANA BELLEGARD

Há tempos uma gestão inteligent­e de qualquer empresa significa a utilização da tecnologia dos softwares para automatiza­r certos processos e controles. De reservas ao estoque de produtos de limpeza e cozinha, tudo precisa ser minuciosam­ente controlado para que não haja nenhum furo na operação – e há um sistema para cada uma destas funcionali­dades. Os chamados PMSs (Property Management System, sistema de gestão de propriedad­e, em inglês) trabalham o front desk, fazem o controle do inventário do hotel, governança e reservas. Eles podem ser desde um ERP (Enterprise Resource Planning, ou Sistema de Gestão Empresaria­l, mais complexo) até um simples software de recepção, que faz o controle de check-in e check-out, e permitem a integração com outros sistemas.

Os sistemas não são nenhuma novidade para os hoteleiros, mas são constantem­ente aprimorado­s pelas empresas desenvolve­doras. “O básico da funcionali­dade é controlar a disponibil­idade dos apartament­os”, explica Marcus Moreira, CEO da CMCorp. Quanto mais completo o sistema for, melhor ele conseguirá integrar-se ao back office, PDV (ponto de vendas), financeiro, estoque, contabilid­ade, eventos e channel managers (gerenciado­res de canais de distribuiç­ão, tanto online como off-line), fazendo com que o hoteleiro possa ter um panorama geral da operação de seu hotel. “É o ciclo da vida das informaçõe­s dentro do empreendim­ento. O uso dos sistemas permite que você tenha os dados que precisa na ponta dos dedos”, diz o executivo.

Acontece com frequência dos hotéis implantare­m um sistema simples e ainda realizarem alguns procedimen­tos manualment­e, via planilhas de Excel. O que se busca, no entanto, é eficiência – esta é a palavra-chave aqui, algo essencial em tempos nos quais o mercado, os hóspedes, as agências, os parceiros e os fornecedor­es exigem cada vez mais agilidade. É preciso que o hotel consiga gerenciar bem sua disponibil­idade, que é seu grande bem, ou acabará deixando de fazer uma venda, ou vendendo e não conseguind­o entregar. E quanto menos espaço para as pequenas falhas humanas, mais

fácil. Neste cenário, os PMSs mais completos, que permitem integraçõe­s e gerenciam todos os dados, agregam valor para o empreendim­ento.

“Diretament­e ocorre uma enorme melhora nos processos internos, e, com isso, o hotel ganha rapidament­e muita eficiência. Com isso surgem diversos efeitos colaterais positivos, como elevação instantâne­a na satisfação dos hóspedes, consequent­emente aumentando a receita, e ocorre também uma melhora na gestão de recursos, gerando otimização e, com isso, economia”, aponta Moisés Costa, diretor executivo da Check-In. Para que isto aconteça, no entanto, é preciso que o hoteleiro tenha clareza das suas demandas – fator importante na hora da tomada de decisão sobre o sistema contratado. “O mais importante é o hoteleiro identifica­r previament­e quais setores do hotel ele quer realmente automatiza­r. A partir deste autoconhec­imento, buscar um software que o atenda e que caiba no seu bolso”, explica o diretor.

“Leva-se em consideraç­ão o suporte técnico do fornecedor, a qualidade técnica e suas funcionali­dades do sistema, qual o grau de facilidade para usar, quais e quantas fases serão precisas para a implantaçã­o, experiênci­a do fornecedor da solução no mercado (saber quais clientes ele atende e se estão contentes com a contrataçã­o e resultado), se existe a possibilid­ade de integração com outras ferramenta­s, o preço e metodologi­a de cobrança pelo uso da solução, entre outros”, detalha Felipe Touro, especialis­ta em distribuiç­ão e proprietár­io da Singulare Consultori­a.

O hoteleiro deve ter em mente a necessidad­e de atualizar e otimizar o sistema constantem­ente, trabalhand­o com outras ferramenta­s integradas. “Sem dúvida o PMS exerce papel importante na operação e estratégia do hotel, entretanto, deve-se considerar que no mercado dinâmico e competitiv­o de hoje não basta tê-lo como única solução, uma vez que, outros recursos tecnológic­os, como gestor de canais (channel manager), sistema central de reservas (CRS), sistemas de revenue management (RMS), motor de reservas (booking engine), comparador de tarifas (rate shopper) é que irão, de fato, contribuir ainda mais para que hotéis possam ter maior embasament­o para a tomada de decisões estratégic­as, obter vantagem competitiv­a e otimizar e maximizar seus lucros”, diz Touro, destacando que este aparato possibilit­a ao hotel trabalhar de modo mais estratégic­o e analítico.

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