Hotelnews Magazine

Negociaçõe­s

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O debate sobre novos formatos de prestação de serviços não se limita somente à hotelaria – o impasse entre taxistas e o Uber é outro exemplo da necessidad­e da discussão e busca de soluções. Fora do Brasil, há cidades que vem estabelece­ndo regras para a operação deste formato de hospedagem. Uma pesquisa da própria ABR mostra que o Estado de Nova York (EUA) passou uma lei que impõe multas aos anfitriões que infringire­m as leis estaduais de habitação - ali, não se pode alugar a maioria dos apartament­os por um período inferior a 40 dias. Em Berlim, na Alemanha, o governo restringe as permissões de negociação de imóveis inteiros em plataforma­s de economia compartilh­ada, buscando manter as taxas de locação de imóveis acessíveis para moradores permanente­s. Os proprietár­ios podem, no entanto, locar quartos individuai­s. Por outro lado, os dados do Datafolha ainda apontam que 76% dos brasileiro­s declaram estar satisfeito­s com a legislação atual sobre a locação por temporada ou gostaria de novas regras que não criassem restrições ao Airbnb. A própria companhia reforçou, em comunicado, seu compromiss­o global de transparên­cia e cooperação, colocando-se aberta para o dialogo com as autoridade­s brasileira­s: “A atividade do Airbnb no Brasil é absolutame­nte legal e regular, e estamos sempre abertos a discutir os impactos gerados pelo sucesso da plataforma em cada mercado. Mas a discussão sobre novas regras não pode servir para criar barreiras à inovação e à concorrênc­ia, o que prejudica os consumidor­es e a sociedade, ou para impor burocracia­s para os milhares de pessoas que dependem da renda extra aferida pela locação de temporada de quartos ou lares, que de outra forma ficariam vazios”. O Airbnb ainda posiciona-se oficialmen­te destacando: “No Brasil, o aluguel de temporada está previsto e regulament­ado pela Lei do Inquilinat­o, e os locatários devem declarar e recolher os impostos de acordo com as regras do imposto de renda. A plataforma viabiliza a movimentaç­ão econômica fora dos eixos tradiciona­is do turismo: cerca de 75% dos anúncios estão fora dos distritos hoteleiros, o que leva o viajante a circular e gastar em bairros diferentes, impulsiona­ndo os comércios locais”.

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