O clássico do Deep Purple
Banda comemora os cinquenta anos do álbum Machine Head com versão remixada por Dweezil Zappa e gravações raras ao vivo
Um dos discos mais populares da história do rock comemora cinco décadas: o clássico Machine Head, da banda inglesa Deep Purple, ganha edição especial remixada por Dweezil Zappa. A coincidência é proposital: Frank Zappa, pai do produtor, é citado na letra de Smoke in the Water, o maior hit do grupo. O pacote especial traz ainda duas gravações ao vivo — uma no Teatro Paris, em Londres, outra no Montreux Casino, na Suíça. O local seria usado também como estúdio, mas foi palco de um incêndio pouco antes das sessões começarem. De forma improvisada, a banda teve de gravar o disco nos corredores de um hotel (foto abaixo). Em entrevista à ISTOÉ, o vocalista Ian Gillan lembra do passado e fala sobre o próximo show no Brasil.
Machine Head.
Cinco décadas de Por que remixar um álbum clássico como esse?
Acho que o objetivo é apresentá-lo às novas gerações. Fizeram um ótimo trabalho.
Durante a gravação, imaginavam que aquelas canções entrariam para a história do rock?
Não, queríamos apenas nos divertir. Tivemos que apressar o processo porque o incêndio no cassino nos fez perder muito tempo. O hotel não era um lugar adequado para a gravação e a polícia tentou invadi-lo algumas vezes para parar o barulho. Nossa equipe segurava as portas, impedindo a entrada dos guardas. Foi muito rock ‘n’ roll.
Como compara as formações do Deep Purple?
Não é fácil. Somos parte de uma mesma família, atravessamos momentos felizes e tragédias, sucessos e aventuras, desavenças. É normal. Todos os músicos foram incríveis.
E o Deep Purple hoje?
A vida é uma sucessão de estágios. Na juventude era tudo loucura, então crescemos e passamos a escrever sobre temas mais interessantes.
Quando voltam a se apresentar no Brasil?
Em setembro. Conhecemos bem e amamos o País. É caótico, mas tem muito ritmo.