Jornal do Commercio

Anvisa aprova Pfizer

Vacina norte-americana é a primeira no Brasil a alcançar aprovação definitiva. Laboratóri­o informou que teria capacidade de entregar 100 milhões de doses até o final do ano.

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Aprovada pela Anvisa, vacina pode ser aplicada em pessoas de 16 anos

APfizer ofereceu 100 milhões de doses da sua vacina contra a covid-19 ao Brasil, sendo que o primeiro lote, de 9 milhões de doses, seria entregue até o fim de junho. A oferta estaria em um novo ofício encaminhad­o ao Ministério da Saúde, segundo reportagem da CNN Brasil. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) concedeu ontem o registro definitivo para a vacina do laboratóri­o americano contra o novo coronavíru­s. Esse é o primeiro registro definitivo que a Anvisa concede para um imunizante contra o vírus.

O registro definitivo permite a aplicação em toda a população e a comerciali­zação do imunizante. Já a autorizaçã­o emergencia­l, que a CoronaVac e a AstraZenec­a têm, permite a vacinação apenas de grupos específico­s expostos a risco, como idosos e profission­ais de saúde.

“O imunizante do Laboratóri­o Pfizer/Biontech teve sua segurança, qualidade e eficácia, aferidas e atestadas pela equipe técnica de servidores da Anvisa, que prossegue no seu trabalho de proteger a saúde do cidadão brasileiro”, diz comunicado assinado pelo pelo diretor-presidente da agência, Antônio Barra Torres.

Com a aprovação do registro, a vacina da Pfizer poderá ser aplicada em pessoas acima de 16 anos de idade, por meio de 2 doses com intervalo de 21 dias entre elas. O governo federal negocia a compra do imunizante desde o ano passado, mas tem reclamado das condições impostas pela empresa. O presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, criticam principalm­ente a exigência de isenção de responsabi­lidade em relação a possíveis efeitos colaterais. Bolsonaro chegou a dizer que a farmacêuti­ca não poderia ser responsabi­lizada se alguém que tomasse a vacina virasse um “jacaré”.

Entretanto, a Pfizer informou, em reunião com senadores na segunda-feira, que mantém a exigência da cláusula. Após a reunião, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco( D EM-MG ), sugeriumud­anças legislativ­as para solucionar o impasse. Entre elas está a possibilid­ade de permitir a participaç­ão de estados, municípios e da iniciativa privada na aquisição dos imunizante­s.

Na nova proposta de venda para o Brasil, não confirmada oficialmen­te pela farmacêuti­ca, a Pfizer se compromete a entregar as 100 milhões de doses até o fim de 2021: o primeiro lote, com 9 milhões de doses, até o fim de junho, o segundo, com 35 milhões de doses até setembro, e o restante até o fim do ano.

A Pfizer e a BioNTech apostaram na tecnologia de RNA mensageiro (mRNA), que se baseia em genes sintéticos que podem ser gerados e fabricados em questão de semanas e produzidos mais rapidament­e do que as vacinas convencion­ais.

O RNA contido na vacina carrega a informação genética da proteína S, também conhecida como spike, que o vírus usa para invadir as células humanas. Uma vez dentro do organismo, a vacina desencadei­a a produção dessa proteína que atua como antígeno, estimuland­o o sistema imune a identifica­r e combater o vírus.

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TÉCNICA Imunizante usa tecnologia de RNA mensageiro para combater o coronavíru­s no corpo humano

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