Aulas presenciais
As novas medidas restritivas englobam ainda a suspensão do retorno das aulas presenciais nas redes públicas municipais de todo o Estado, ao menos, até o dia 14 de março.
O governo de Pernambuco também anunciou, ontem, a prorrogação da proibição de eventos sociais e corporativos por mais 15 dias. A medida é válida para todo o Estado. Os eventos estão proibidos, oficialmente, desde o dia 25 de janeiro.
Em entrevista ao JC, ontem à noite, a presidente estadual da Associação Brasileira de Empresas de Eventos (ABEOC), Tatiana Marques, afirmou o setor já esperava que a proibição fosse prorrogada no Estado. “Pela primeira vez, estávamos conscientes de que seria adiado e não tínhamos alimentando uma ilusão. O que nós queríamos é que quando tivesse um adiamento o governo apresentasse uma contrapartida em prol do setor”, disse.
Tatiana Marques afirmou que, com a pandemia, o setor se encontra “sofrido e massacrado” e que a prorrogação irá provocar mais demissões e fechamentos de empresas. “Toda vez que se adia é um prejuízo, porque aumenta o desemprego e o equilíbrio emocional das pessoas. Muitos empresários e funcionários estão sem condições de comprar o material escolar dos filhos nesse início do ano letivo.”
Segundo ela, muitas empresas ligadas a eventos estão vendendo equipamentos, como microfone, bateria e outros, para tentar sobreviver diante da crise. Ela afirmou, ainda, que a entidade vem tentando dialogar com o governo, mas sem sucesso. “As entidades gostariam muito de conversar com o governador olho no olho para dar sugestões”, concluiu.
Já o presidente do Recife Convention Bureau, Simão Teixeira, declarou que “todas as decisões que afetam as atividades econômicas e, principalmente, o turismo são lamentáveis”. Apesar disso, ele disse que o setor entende a posição do governo estadual. “A gente sabe que as decisões são para tentar conter a pandemia e, como tal, não resta outra opção”, pontuou.
Para Simão Teixeira, no entanto, a gestão estadual deveria ter proibido apenas os eventos sociais. “Nesses, tem a questão da bebida, toda uma questão de aglomeração, que a gente entende que possam ser restringidos. Mas os eventos corporativos, não. Os protocolos são fáceis de serem seguidos”, completou o presidente do Recife Convention.
Setor diz que já esperava pela prorrogação do decreto