Jornal do Commercio

As lições de seu Domingos

- FERNANDO CASTILHO castilho@jc.com.br Twitter: jc_jcnegocios Telefone: (81) 3413.6536

O empresário Domingos Moreira, que morreu nesta terçafeira, foi certamente um dos maiores empreended­ores do varejo de material de construção do Nordeste, pela lógica objetiva como sua companhia abordava o mercado.

Moreira começou a vida de empresário como vendedor pracista de uma empresa que criou no Beco do Sirigado com a Rua das Calçadas, no Recife, onde vendia tintas a pequenos armazéns até que abriu sua primeira loja física. Sua marca era o conhecimen­to do desejo do cliente.

Ele costumava dizer que o investimen­to da sua companhia de 32 lojas era um estoque que garantia ao cliente de encontrar o produto na especifica­ção desejada. A lógica era que se não encontrass­e o produto, a fidelidade acabava no balcão da concorrênc­ia.

E ele apostava tão alto nessa fidelidade que, quando a pandemia da covid-19 chegou, investiu na entrega na porta da loja, que garantia a entrega em domicílio, invertendo totalmente a lógica do e-commerce. Essa fidelidade provou-se tão real que as lojas tinham filas diárias de clientes na porta, e pagando de parte das compras era com dinheiro do Auxílio Emergencia­l. O Armazém Coral inaugurou, na pandemia, sua loja virtual, mas o freguês parece não desistir de ir às suas lojas. Talvez porque ao lado do nome Armazém Coral esteva a expressão Achaqui, aliás, outra criação de Domingos Moreira.

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