Vereador assume em Arcoverde Humberto: STF arquiva inquérito
Após o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) determinar os afastamentos do prefeito e do vice-prefeito de Arcoverde, o presidente da Câmara de Vereadores do município, Wevertton Siqueira (PSB), conhecido como Siqueirinha, foi empossado prefeito da cidade ontem. De acordo com o TRE, após assumir, ele deve convocar novas eleições no município.
Na última quinta-feira, a corte decidiu cassar os diplomas de José Wellington Cordeiro Maciel (MDB) e Israel Lima Braga Rubis (PP) pela prática de abuso de poder político e econômico durante as eleições de 2020. Ex-prefeita da cidade, Maria Madalena Santos de Brito (PSB) também é ré no processo e, assim como Wellington e Israel,
ALIADO
Siqueirinha é do mesmo grupo político do prefeito afastado
está inelegível por oito anos.
A diretoria de imprensa da prefeitura foi procurada para que os gestores afastados comentassem a situação, mas informou que eles não se pronunciariam. Prefeito e vice, contudo, já recorreram ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
O JC também tentou falar com Siqueirinha, mas o vereador não retornou às tentativas de contato. Ao Jornal Portal do Sertão, o parlamentar, que é aliado dos membros da chapa cassada, afirmou que não faria alterações no quadro de secretários.
“Arcoverde enfrenta um momento atípico, fui convocado a assumir interinamente essa função e asseguro ao povo de nossa terra que as pessoas não serão prejudicadas. Somos um grupo político forte, unido, que não trabalha por interesses próprios. Trabalhamos e defendemos o melhor para nossa terra, temos uma diretriz a seguir, um plano de governo e um conjunto de projetos em andamento que foram encabeçados por Wellinton e Israel e endossados por todos nós”, declarou Siqueirinha à publicação.
Na sessão da Câmara da última segunda-feira, o vereador usou a tribuna para defender os aliados. “Há um sentimento de revolta muito grande na população da cidade de Arcoverde. Sentimento de um povo que acreditou em renovação, acreditou em uma nova política”, declarou o parlamentar na ocasião.
ASegunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu arquivar o inquérito aberto contra o senador Humberto Costa (PT) no âmbito da Operação Lava Jato. A investigação foi aberta em 2015 a partir da delação do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa. Segundo o delator, Humberto Costa teria sido beneficiário de R$ 1 milhão para a campanha de 2010.
Por 3 votos a 2, o colegiado finalizou julgamento iniciado no ano passado e entendeu que, após seis anos de investigação, não foram reunidas provas suficientes para manter o inquérito.
Antes da decisão, a Polícia Federal pediu o arquivamento. Em 2016, a PF afirmou que, “esgotadas as diligências vislumbradas, não foi possível apontar indícios suficientes de autoria e materialidade” que possam confirmar as declarações de Paulo Roberto Costa sobre o senador.
“Hoje, seis anos depois do anúncio pirotécnico, midiático e criminoso daquela lista (de Janot), mais um entre os tantos atos dessa natureza perpetrados pela Lava Jato, com uma perseguição investigatória praticamente inacabável por membros do Ministério Público sem que quaisquer elementos dispusessem contra mim, a Segunda Turma do STF decidiu pelo arquivamento do inquérito, dado o imenso e infindável constrangimento ilegal a que estava submetido por essa persecução judicial interminável”, disse Humberto Costa.