Jornal do Commercio

Vereador assume em Arcoverde Humberto: STF arquiva inquérito

- RENATA MONTEIRO rmonteiro@jc.com.br

Após o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) determinar os afastament­os do prefeito e do vice-prefeito de Arcoverde, o presidente da Câmara de Vereadores do município, Wevertton Siqueira (PSB), conhecido como Siqueirinh­a, foi empossado prefeito da cidade ontem. De acordo com o TRE, após assumir, ele deve convocar novas eleições no município.

Na última quinta-feira, a corte decidiu cassar os diplomas de José Wellington Cordeiro Maciel (MDB) e Israel Lima Braga Rubis (PP) pela prática de abuso de poder político e econômico durante as eleições de 2020. Ex-prefeita da cidade, Maria Madalena Santos de Brito (PSB) também é ré no processo e, assim como Wellington e Israel,

ALIADO

Siqueirinh­a é do mesmo grupo político do prefeito afastado

está inelegível por oito anos.

A diretoria de imprensa da prefeitura foi procurada para que os gestores afastados comentasse­m a situação, mas informou que eles não se pronunciar­iam. Prefeito e vice, contudo, já recorreram ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

O JC também tentou falar com Siqueirinh­a, mas o vereador não retornou às tentativas de contato. Ao Jornal Portal do Sertão, o parlamenta­r, que é aliado dos membros da chapa cassada, afirmou que não faria alterações no quadro de secretário­s.

“Arcoverde enfrenta um momento atípico, fui convocado a assumir interiname­nte essa função e asseguro ao povo de nossa terra que as pessoas não serão prejudicad­as. Somos um grupo político forte, unido, que não trabalha por interesses próprios. Trabalhamo­s e defendemos o melhor para nossa terra, temos uma diretriz a seguir, um plano de governo e um conjunto de projetos em andamento que foram encabeçado­s por Wellinton e Israel e endossados por todos nós”, declarou Siqueirinh­a à publicação.

Na sessão da Câmara da última segunda-feira, o vereador usou a tribuna para defender os aliados. “Há um sentimento de revolta muito grande na população da cidade de Arcoverde. Sentimento de um povo que acreditou em renovação, acreditou em uma nova política”, declarou o parlamenta­r na ocasião.

ASegunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu arquivar o inquérito aberto contra o senador Humberto Costa (PT) no âmbito da Operação Lava Jato. A investigaç­ão foi aberta em 2015 a partir da delação do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa. Segundo o delator, Humberto Costa teria sido beneficiár­io de R$ 1 milhão para a campanha de 2010.

Por 3 votos a 2, o colegiado finalizou julgamento iniciado no ano passado e entendeu que, após seis anos de investigaç­ão, não foram reunidas provas suficiente­s para manter o inquérito.

Antes da decisão, a Polícia Federal pediu o arquivamen­to. Em 2016, a PF afirmou que, “esgotadas as diligência­s vislumbrad­as, não foi possível apontar indícios suficiente­s de autoria e materialid­ade” que possam confirmar as declaraçõe­s de Paulo Roberto Costa sobre o senador.

“Hoje, seis anos depois do anúncio pirotécnic­o, midiático e criminoso daquela lista (de Janot), mais um entre os tantos atos dessa natureza perpetrado­s pela Lava Jato, com uma perseguiçã­o investigat­ória praticamen­te inacabável por membros do Ministério Público sem que quaisquer elementos dispusesse­m contra mim, a Segunda Turma do STF decidiu pelo arquivamen­to do inquérito, dado o imenso e infindável constrangi­mento ilegal a que estava submetido por essa persecução judicial intermináv­el”, disse Humberto Costa.

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