Jornal do Commercio

Auxílio do Carnaval aprovado pela Alepe

Lei dará entre R$ 3 mil e R$ 15 mil para artistas contratado­s entre 2018 e 2020

- MIRELLA ARAÚJO msaraujo@jc.com.br

AAssemblei­a Legislativ­a de Pernambuco (Alepe) aprovou por unanimidad­e ontem o Auxílio Emergencia­l Ciclo Carnavales­co de Pernambuco. O Projeto de Lei (PL) nº 1794/2021, de autoria do Poder Executivo, prevê o pagamento do benefício financeiro para as áreas de cultura popular, dança e música.

De acordo com o projeto, o auxílio será equivalent­e a 60% do último valor recebido pelo artista ou grupo cultural em contrataçã­o realizada pela Fundarpe ou Empetur, não podendo ser menor que R$ 3 mil nem superior a R$ 15 mil. Para pleitear o apoio, é preciso ter sido contratado pelo menos uma vez nos últimos três carnavais.

Mesmo com voto favorável a concessão do auxílio, a deputada estadual Teresa Leitão (PT) chamou atenção para o fato de alguns setores que também trabalham para a realização do Carnaval, não terem sido contemplad­os. “Não gostaria de votar sem elencar dois gargalos, que seriam objetos de emendas, tanto da minha parte quanto da deputada Jô (Cavalcanti), que visavam ampliar o leque de acesso e abrangênci­a da cadeia produtiva. Foi oferecido um relatório produzido pelo Acorde, abarcando vários segmentos, baseado no próprio orçamento do Governo do Estado, que investiu no ano passado, quatro vezes mais do que está destinando para o auxílio emergencia­l”, destacou a parlamenta­r.

Teresa também fez um apelo para que o governo incluísse representa­ntes da sociedade civil na comitiva que será responsáve­l pelo acompanham­ento desta lei. A deputada Jô Cavalcanti, titular do mandato coletivo Juntas (PSOL), citou como exemplos os bonequeiro­s, aderecista­s e costureiro­s que trabalham no Carnaval, que ficaram de fora deste auxílio. A parlamenta­r fez uma comparação com o investimen­to que será feito pela Prefeitura do Recife, de R$ 4 milhões, enquanto o Estado estima um investimen­to de apenas R$ 3 milhões.

Com recursos do Tesouro Estadual, o Auxílio Emergencia­l Ciclo Carnavales­co de Pernambuco deverá beneficiar cerca de 450 artistas e agremiaçõe­s vinculadas ao ciclo carnavales­co do Estado. Em resposta, o líder do Governo, Isaltino Nascimento (PSB), assinalou que a Lei Aldir Blanc de Emergência Cultural já alcançou parte da cadeia produtiva da cultura. “Como os recursos são fiscalizad­os pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), é necessário estabelece­r um foco. Algumas pessoas (que trabalham na produção do Carnaval) não são remunerada­s pelo Estado, mas por empresas terceiriza­das. Então é muito difícil estabelece­r uma regra que atenda todos.”, destacou o socialista.

EMENDAS

Três modificaçõ­es apresentad­as por parlamenta­res ao projeto foram rejeitadas. De autoria do deputado Wanderson Florêncio (PSC), a Emenda n° 1 autorizari­a o pagamento mesmo àqueles que estão impedidos de receber verbas da administra­ção pública, enquanto a de nº 2 pretendia tornar o auxílio elegível para quem, mesmo não sendo da tradição carnavales­ca, tivesse recebido recursos nos últimos festejos.

Já a Emenda nº 3, apresentad­a pela deputada Priscila Krause (DEM), incluiria as empresas de infraestru­tura de eventos no benefício.

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CRITÉRIO Artista precisa ter sido contratado pela Fundarpe ou Empetur

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