O Bolsopetismo e o Brasil
Depois de declarações recentes como “o petróleo é nosso”, não há como negar a expressão “bolsopetismo”. É o patrimonialismo exercido com empresas estatais, usando a estrutura pública para buscar votos. São as declarações contra o “mercado”, criticando a “elite”. Tudo, sem surpresa, pauta do PT. Bolsonaro chegou a dar curto-circuito no sindicato dos Petroleiros. Na demissão do presidente da Petrobras, o grupo, não sabendo de que forma elogiar a medida sem elogiar Bolsonaro, criou uma narrativa em que o homem, praticamente, havia sido “demitido por eles”. A verdade é que o pensamento de Jair Bolsonaro e o de Lula são similares. Ambos são populistas e patrimonialistas. Os dois acreditam, entre outras coisas, que estatais estão ali para servir à gestão em suas ações eleitoreiras e não para integrar o mercado e render frutos ao país. Mas, não é só. Eles têm iguais raízes corporativistas. É preciso entender que, sendo representante de militares, como sempre foi enquanto parlamentar, Bolsonaro era um tipo de “líder sindical” também. E sempre agiu de acordo com seu grupo. Os dois foram programados desde muito cedo a concordar com a maioria de seus apoiadores e lutar pelo que eles reivindicam, mesmo que não haja qualquer lógica real na reivindicação. Manter-se representante de um grupo depende de alimentar, constantemente, os sonhos de seus integrantes, mesmo que tudo não passe de um delírio coletivo.
Como, quase sempre, acaba sendo.