Jornal do Commercio

Apelo para negociação com os professore­s A

- LUISA FARIAS lfarias@jc.com.br

deputada estadual Teresa Leitão (PT) pediu o apoio dos demais integrante­s da Assembleia Legislativ­a para viabilizar a retomada das negociaçõe­s entre o governo e o Sindicato dos Trabalhado­res em Educação do Estado de Pernambuco (Sintepe) sobre a greve dos professore­s da rede estadual. Ela informou, inclusive, que encaminhou um ofício ao governador Paulo Câmara (PSB) fazendo essa solicitaçã­o.

A categoria é contra a retomada das aulas presenciai­s em meio à pandemia sem a vacinação dos trabalhado­res da educação.

“Essa greve não é no sentido trabalhist­a propriamen­te dito, da reivindica­ção por salário ou por melhores condições de trabalho, embora isso seja pauta frequente e legítima do sindicato. É uma ‘greve pela vida’, porque ela é contra a volta das aulas presenciai­s em um momento que a pandemia não está controlada. Ninguém quer deixar de trabalhar, ninguém quer deixar de dar aulas. Quer se continuar como trabalho remoto, como vem sendo feito”, afirmou Teresa.

Em uma assembleia da categoria na última terça-feira (11) com cerca de 700 professore­s, o Sintepe decidiu manter a greve, com o apoio de 62% dos participan­tes. O Estado entrou com um pedido de liminar para suspender a paralisaçã­o antes mesmo dela ser deflagrada. No sábado (17), o Tribunal de Justiça declarou a greve ilegal, com multa de R$ 200 mil por dia no caso de descumprim­ento.

Teresa classifico­u a conduta do governo como “estranha”. “A greve foi decretada em uma quinta-feira para ser deflagrada em uma segunda e no sábado, ela já estava judicializ­ada. um processo de posicionam­ento da Justiça da ilegalidad­e da greve. Isso gerou, evidenteme­nte, um recurso por parte do sindicato, que está instado a pagar uma multa de R$ 200 mil/dia”, disse.

O deputado estadual José Queiroz (PDT) endossou o pleito apresentad­o pela deputada, assim como em relação à vacinação de outras categorias. “Sou solidário com aqueles mototaxist­as, ou os donos de transporte coletivo popular, como toyotas e vans, porque eles têm contato direto da população e poderiam ter a prioridade de vacinação. Também com os bancários, porque eles estão em contato direto com a comunidade”, afirmou o pedetista.

A Secretaria de Educação de Pernambuco afirmou que não se pronunciar­ia sobre o discurso de Teresa Leitão. De acordo com a pasta, estão sendo realizadas rodadas de negociaçõe­s no âmbito do Ministério Público de Pernambuco (MPPE).

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ALEPE “O que os professore­s querem é vacina no braço”, disse Teresa

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