Aeroportos retornam à normalidade
Com o avanço da campanha nacional de imunização e queda no número de casos e óbitos relacionados à Covid-19, aeroportos de todo o País têm registrado movimento de passageiros em ascensão, durante este ano, e as férias de julho devem apresentar o melhor resultado desde o início da pandemia. Nos 26 aeroportos da Infraero, como Congonhas (SP), a expectativa é um aumento de 284%, em média, no movimento. A expectativa é que 3,5 milhões de passageiros transitem pelos aeroportos durante as férias escolares do meio do ano. Devem passar quase 650 mil passageiros pelo aeroporto Santos Dumont (RJ) no mês de julho. Em 2020, no mesmo período, foram 176 mil. Maior ponte internacional para o Brasil, o aeroporto de Guarulhos (SP) registrou, no primeiro semestre, queda de quase 18% no movimento.
Adiretora da Precisa Medicamentos, Emanuela Medrades, afirmou que o ex-secretário-executivo da Saúde Elcio Franco por “diversas vezes” solicitou a redução no valor da dose da vacina Covaxin, a antecipação da entrega e uma quantidade maior de vacinas da Bharat Biotech. Ela também disse que os irmãos Miranda mentiram ao afirmar que levaram o invoice (documento com a proposta de venda das vacinas) ao presidente Jair Bolsonaro no dia 20 de março.
A Precisa está no alvo da CPI por ter intermediado a venda do imunizante chinês. A empresa ofeceu 20 milhões de doses pelo preço de US$ 15, o mais caro pago pelo Brasil em vacinas. Este também foi o único composto em que o governo federal negociou com um intermediário, não diretamente com o labortório produtor.
Em reunião técnica do Ministério da Saúde com representantes da Bharat e da Precisa Medicamentos, foi registrado na “memória do encontro” o valor de US$ 10 por dose. Questionada, Emanuela negou que uma oferta com esse valor teria sido apresentada ao governo, e que existia apenas uma expectativa por esse preço, ou até mesmo por menos.
Emanuela voltou a confrontar as versões apresentadas à CPI pelos funcionários do Ministério da Saúde. O servidor Luis Ricardo Miranda e o consultor técnico William Amorim afirmaram que a Precisa
enviou à pasta no dia 18 de março a primeira invoice da compra da vacina indiana Covaxin, enquanto que a empresa alega que encaminhou apenas no dia 22 daquele mês.
Em razão disso, questionada pelo senador governista Marcos Rogério (DEM-RO), Emanuela afirmou que os irmãos Miranda mentiram à CPI ao falar que a invoice foi apresentada em reunião com o presidente Jair Bolsonaro no dia 20 de março.
Durante depoimento na CPI, Emanuela desafiou Luis Ricardo e William a comprovarem que receberam o documento no dia 18. O relator, Renan Calheiros (MDB-AL), exibiu um vídeo em que Emanuela fala, no dia 23 de março durante audiência no Senado, que encaminhou uma série de documentos, inclusive a invoice, para o Ministério da Saúde “na quinta-feira passada”, ou seja, no dia 18. Mesmo assim, Emanuela sustentou a afirmação de que o documento só foi enviado no dia 22.
O vice-presidente da CPI, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), confrontou Emanuela com o vídeo da coletiva em que ministro da Secretaria-Geral, Onyx Lorenzoni, contesta as declarações dos irmãos Miranda afirmando que a invoice é do dia 19 de março. Questionada, Emanuela respondeu que “provavelmente” houve um equívoca por parte do ministro.
A CPI investiga ainda um repasse de R$ 1 milhão da Precisa Medicamentos para a Câmara de Comércio Índia Brasil. A transação foi feita às vésperas da assinatura do contrato de R$ 1,6 bilhão entre a empresa e o Ministério da Saúde.
Segundo telegramas do Itamaraty, analisados pela CPI, o presidente da Câmara de Comércio Índia Brasil, Leonardo Ananda Gomes, esteve com o presidente da Precisa, Francisco Maximiano, em encontro na Embaixada do Brasil em Nova Déli no início de janeiro. Na reunião, segundo um relato da embaixada, Maximiano defendeu o negócio com a Bharat para “quebrar o monopólio” das grandes fabricantes.
CPI vai investigar também repasse de R$ 1 mi para Câmara de Comércio