Taxa de resolução é de 94%, diz SDS
ASecretaria de Defesa Social (SDS) se pronunciou sobre o aumento dos casos de feminicídios em Pernambuco. Como pontuou o JC, na edição de ontem, houve crescimento de 24,1% nessa modalidade de crime neste ano. Ao todo, 67 mortes de mulheres foram contabilizadas entre janeiro e setembro. Enquanto no mesmo período de 2020, foram 54. Apesar disso, a SDS garante que a grande maioria das investigações foi concluída.
“Informamos que a taxa de resolução de feminicídios está em 94%. Ou seja, de 67 crimes e inquéritos correspondentes instaurados, 63 foram concluídos e remetidos ao Sistema de Justiça Criminal, com indicação de autoria. A meta é que todos os crimes de feminicídio sejam devidamente elucidados, com a responsabilização penal de seus autores. O trabalho integrado não apenas das polícias, mas de toda a rede de proteção à mulher no Estado, tem obtido resultados importantes na redução deste tipo de crime”, informou, em nota.
A SDS ainda argumentou que, apesar do aumento dos casos de feminicídio no consolidado do ano, o mês de setembro apresentou uma queda das mortes.
“Em setembro deste ano, a diminuição foi de 44,4%. Isso porque, no mês passado, ocorreram 5 feminicídios, contra 9 casos no mesmo período de 2020. As ações prosseguem no sentido de tornar cada vez mais baixa a incidência dessa forma tão bárbara e trágica de violência, que atinge não apenas as vítimas fatais, mas famílias inteiras, especialmente filhos e dependentes. Lembramos sempre da importância de prevenir por meio de denúncia às autoridades competentes. Estatísticas comprovam que, ao formalizarem uma queixa ou buscarem uma medida protetiva, as mulheres reduzem drasticamente a chance de serem vítimas de feminicídio”, completou a nota da SDS.
As mulheres vítimas de ameaça ou qualquer outro tipo de violência devem procurar a delegacia mais próxima para formalizarem a denúncia. Outra opção é a Ouvidoria da Secretaria da Mulher, cujo número do telefone é 0800-281-8187. A ligação é gratuita.
“Nos primeiros indícios, as mulheres precisam registrar o boletim de ocorrência. Infelizmente, muitas esperam o mal maior para procurar ajuda. Sabemos que a maioria das vítimas dos feminicídios nunca procurou apoio do Estado. Elas precisam entender que não estão sozinhas. E que contam com centros de referência, com apoio psicológico e jurídico”, afirmou a secretária estadual da Mulher, Ana Elisa Sobreira.