Mais dois novos presidenciáveis
Em meio a um cenário já tumultuado entre os nomes que tentam se apresentar como uma terceira via para as eleições de 2022, o Brasil ganhou nessa sexta-feira (22) dois novos presidenciáveis: o ex-ministro da Justiça Sérgio Moro e o atual presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (DEM-MG). Eles são os mais novos a buscar romper a polarização apresentada em todas as pesquisas entre o ex-presidente Lula (PT) e o atual ocupante do Planalto, Jair Bolsonaro (sem partido).
Ainda sem anunciar sua pré-candidatura, Moro deve ter sua filiação ao Podemos sacramentada no dia 10 de novembro. O partido já prepara a solenidade que deverá acontecer em Brasília, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, e deve se repetir em mais duas capitais posteriormente: São Paulo e Curitiba.
Oficialmente, o assunto ainda é tratado com reserva por Moro e pelo partido já que o ex-juiz tem seu contrato de consultor com Alvarez & Marsal ainda em vigência. Com seu término, no fim de outubro, o movimento político de Moro poderá ser deflagrado e oficializado.
Mas Moro também tem no radar a possibilidade de concorrer a uma vaga no Senado, caso não deseje entrar na disputa pelo Planalto. Nesse caso, ele poderia concorrer pelo Paraná, onde atuou como juiz federal, ou por São Paulo.
Por outro lado, Pacheco já fala abertamente sobre a decisão de mudar de partido e se filiar ao PSD, legenda comandada pelo ex-ministro Gilberto Kassab. Dessa forma, o senador avança na preparação de sua pré-candidatura ao Planalto. Ele negocia a filiação desde que recebeu o apoio do PSD para a eleição da presidência do Senado e já havia confirmado a aliados a decisão.
Apesar disso, porém, quando
Por ora, corrida está polarizada entre Lula (PT) e Jair Bolsonaro (sem partido)
era perguntado de forma aberta, o senador dizia que estava refletindo. O ato de filiação deve ocorrer já na próxima quarta-feira (27), em Brasília.
“Comunico que, nesta data, tomei a decisão de me filiar ao PSD, a convite de seu presidente, Gilberto Kassab. Agradeço aos filiados, colegas e amigos do Democratas de Minas Gerais e de todo o país o período de convivência partidária saudável e respeitos”, afirmou Pacheco em uma publicação no Twitter.
O presidente do Senado agradeceu ao DEM, que se uniu recentemente ao PSL, e desejou boa sorte ao novo partido criado na fusão, o União Brasil. Com a filiação de Pacheco, o PSD passará a ter 12 senadores e continua como a segunda maior bancada do Senado.
FREVO
Enquanto isso, buscando se destacar, o ex-governador do Ceará Ciro Gomes (PDT) publicou, por meio de suas redes sociais, um jingle “prefiro Ciro” em alusão às eleições de 2022, quando ele deve disputar a Presidência da República. No clipe da nova peça publicitária, ele alfineta adversários sem citar nomes.
Em ritmo de frevo, trecho da canção reforça que há dois caminhos que não seriam bons. “Não quero o cruel nem o duvidoso, presente sem futuro nem passado já sem gosto. Não quero o que só sabe enrolar nem quero o que não sabe trabalhar”, diz trecho da música que caminha para o slogan “prefiro Ciro”.
A campanha inclui também projeções em várias capitais, como São Paulo (SP), Salvador (BA) e Belém (PA).