Sem teto e sem imposto
Certos de sua vitória nas eleições de outubro, os dois principais candidatos à presidência da República nas eleições de 2022 ignoram a consistência da inflação brasileira e atuam como se não houvesse amanhã em janeiro de 2023.
O ex-presidente Lula avisa ao mercado: “Não vai ter teto de gastos no meu governo. Vamos investir em educação, porque é o que dá mais retorno ao País. O que vai resolver a relação dívida e Produto Interno Bruto (PIB) é o crescimento do PIB.”
O presidente Jair Bolsonaro não fica atrás e sacou um decreto que zera e reduz o imposto de importação de onze produtos alimentícios e do setor de construção, em meio à alta da inflação no País. Listou carnes bovinas, milho em grão, bolachas e biscoitos, trigo e até um fungicida agrícola. O governo avalia que a indústria nacional que exporta esses mesmo produtos atua contra o consumidor e faz isso porque não tem concorrência.
Como a importação deles é cotada em dólar - que está em alta
- as chances disso chegar na prateleira é próxima de zero. Incluiu Fio-máquina de ferro ou aço acreditando e as siderúrgicas brasileiras atuam contra a construção civil.
Os dois sabem que a inflação brasileira espalhada em quase 80% dos itens pesquisados pelo IBGE. Mas detonam o controle das despesas públicas. E que quando a alta dos preços se espalha não é explodindo o caixa da União que faz ela voltar a níveis normais. Mas eles vão continuar dizendo que vão fazer a economia crescer. Esquecendo que dinheiro não aceita desaforo de ninguém.