Jornal do Commercio

Bahia e Pernambuco lideram desemprego

- ANA MARIA MIRANDA amiranda@ne10.com.br

Os estados da Bahia e de Pernambuco lideraram a taxa de desemprego no Brasil no primeiro trimestre de 2022, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), cujos números foram divulgados nesta sexta-feira (13) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatístic­a (IBGE).

Na Bahia, a taxa de desocupaçã­o foi de 17,6% no primeiro trimestre; em Pernambuco, de 17,0%. Em terceiro lugar no ranking do desemprego, está Rio de Janeiro (14,9%).

O percentual de Pernambuco permaneceu estável com relação ao trimestre anterior. Entretanto, em comparação com o primeiro trimestre de 2021, período em que a economia estava ainda mais pressionad­a pelos efeitos da pandemia, a redução na taxa de desocupaçã­o foi de 4,4%.

Os estados em que a taxa de desemprego é menor são Santa Catarina (4,5%), Mato Grosso (5,3%) e Mato Grosso do Sul (6,5%).

MÉDIA NACIONAL

Segundo o IBGE, na média nacional, a taxa de desemprego foi de 11,1% no primeiro trimestre, mesmo resultado do último trimestre de 2021.

De acordo com a pesquisa, a taxa de desemprego foi considerad­a estatistic­amente estável em 26 das 27 unidades da federação, na passagem do quarto trimestre de 2021 para o primeiro trimestre de 2022.

A única queda considerad­a significat­iva, que supera o intervalo da margem de erro da pesquisa, aconteceu no Amapá (-3,3 pontos porcentuai­s, de 17,5% no quarto trimestre de 2021 para 14,2% no primeiro trimestre de 2022). No período, a taxa de desemprego em São Paulo passou de 11,1% para 10,8%.

PERFIL

A Pnad Contínua do IBGE revelou ainda que, apesar da melhora no mercado de trabalho, o desemprego entre as mulheres permanecia considerav­elmente mais elevado do que entre os homens no primeiro trimestre de 2022. A taxa de desemprego foi de 9,1% para os homens, ante um resultado de 13,7% para as mulheres.

Já com relação à cor ou raça, a taxa de desemprego ficou abaixo da média nacional para os brancos (8,9%), resultado muito abaixo da taxa de pretos (13,3%) e pardos (12,9%).

A taxa de desocupaçã­o para as pessoas com ensino médio incompleto foi de 18,3%, mais que o triplo do resultado para as pessoas com nível superior completo, cuja taxa foi de 5,6%.

DESALENTAD­OS

O Brasil encerrou o primeiro trimestre de 2022 com 4,594 milhões de desalentad­os, pessoas em idade de trabalhar que não procuram emprego por acreditara­m que não conseguiri­am uma oportunida­de, por exemplo. Esse montante respondeu por 55% da força de trabalho potencial no período, que reúne 8,354 milhões de brasileiro­s que não trabalham nem procura vagam, mas que teriam condições de assumir um emprego.

Se considerad­a toda a população subutiliza­da, que inclui também os desemprega­dos (11,949 milhões) e os que trabalham menos horas do que poderiam e gostariam (6,509 milhões), faltou trabalho no primeiro trimestre para 26,812 milhões de brasileiro­s.

PERNAMBUCO

Taxa foi considerad­a estatistic­amente estável entre o último trimestre de 2021 e o primeiro de 2022

 ?? ?? Dados do IBGE mostram que no primeiro trimestre de 2022 o desemprego ficou em 17,0%
Dados do IBGE mostram que no primeiro trimestre de 2022 o desemprego ficou em 17,0%

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