Jornal do Commercio

FORMALIDAD­E Emprego cresce comedido

Saldo acumulado do ano coloca o Estado ainda atrás de economias como o Ceará (49,4 mil) e a Bahia (108, mil)

- Da Redação, com Agência Brasil

Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desemprega­dos (Caged) do mês de agosto de 2022 mostram que Pernambuco tem gerado mais vagas de trabalho com carteira assinada, mas ainda abaixo do nível do mesmo período de 2021. No mês passado, o Estado teve saldo (resultado entre admissões e demissões) de 15.119 postos. No mesmo mês de agosto, em 2021, o resultado foi de 18.211.

No saldo acumulado do ano, o Estado ainda segue atrás de economias como o Ceará (49,4 mil) e a Bahia (108, mil).

Apesar desse resultado, o governo do Estado comemorou o resultado do mês, que foi o quinto melhor do País. “Os números refletem o esforço e a parceria dos setores públicos e privados, aliando a atração de novos empreendim­entos para o Estado e nossos investimen­tos, especialme­nte na área de infraestru­tura, com mais de 40 obras concluídas, R$ 5 bilhões investidos até o fim do ano e a geração de aproximada­mente 20 mil empregos diretos”, disse o governador Paulo Câmara (PSB).

No mês de agosto, os desligamen­tos em Pernambuco representa­ram o segundo maior resultado do Nordeste (42.143). As admissões, por sua vez, também apresentar­am o segundo maior resultado da região: 57.262; resultando no saldo de 15.119. Os números de desligamen­tos e admissões só foram maiores na Bahia, estado proporcion­almente e populacion­almente maior, que apresentou 81.422 admissões e 64.006 desligamen­tos.

BRASIL

O Brasil gerou 278.639 postos de trabalho em agosto deste ano, resultado de 2.051.800 admissões e de 1.773.161 desligamen­tos de empregos com carteira assinada. No acumulado de 2022, o saldo é de 1.853.298 novos trabalhado­res no mercado formal.

O estoque de empregos formais no País, que é a quantidade total de vínculos celetistas ativos, chegou a 42.531.653 em agosto, o que representa um aumento de 0,66% em relação ao mês anterior.

No mês passado, o saldo de empregos foi positivo nos cinco grupamento­s de atividades econômicas: serviços, com a criação de 141.113 postos distribuíd­os principalm­ente nas atividades de informação, comunicaçã­o e atividades financeira­s, imobiliári­as, profission­ais e administra­tivas; indústria, com 52.760 novos postos, concentrad­o na indústria de transforma­ção; comércio, saldo positivo de 41.886 postos; construção, mais 35.156 postos de trabalho gerados; e agricultur­a, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultur­a, que criou 7.724 novos empregos.

O ministro do Trabalho e Previdênci­a, José Carlos Oliveira, destacou que é o terceiro mês em que o setor industrial registra alta nas contrataçõ­es, o que contribui para elevar a renda da população.

“Isso quer dizer que estamos retomando o movimento da indústria brasileira e isso é importante porque traz um valor agregado aos nossos produtos e também vai elevar a média dos salários dos brasileiro­s. A indústria, via de regra, requer uma melhor qualificaç­ão, consequent­emente, o setor crescendo, a média do salário do brasileiro acaba crescendo também”, explicou.

REGIÕES

Todas as regiões do País tiveram saldo positivo na geração de emprego no mês passado, sendo que houve aumento de trabalho formal nas 27 unidades da federação.

Em termos relativos, dos estados com maior variação na criação de empregos em relação ao estoque do mês anterior, os destaques são para Roraima, com a abertura de 1.081 postos, aumento de 1,59%; Rio Grande do Norte, que criou 6.338 novas vagas (1,41%); e Amapá, com saldo positivo de 1.016 postos (1,35%).

Os estados com menor variação relativa de empregos em agosto, em relação a julho, são

Santa Catarina, que criou 10.223 postos, aumento de 0,43%; Rio Grande do Sul, com saldo positivo de 9.691, alta de 0,37%; e Piauí, que encerrou o mês passado com mais 831 postos de trabalho formal, cresciment­o de apenas 0,27%.

Em termos absolutos, as unidades da federação com maior saldo no mês passado foram São Paulo, com 74.973 postos (0,57%); Rio de Janeiro, com 30.838 vagas criadas (0,92%); e Minas Gerais, com a geração de 27.381 postos (0,61%).

Já os estados com menor saldo absoluto foram Amapá, com 1.016 postos (1,35%); Acre, com 858 novas vagas (0,93%); e Piauí, que gerou 831 colocações (0,27%).

Em todo o País, o salário médio de admissão em agosto de 2022 foi de R$ 1.949,84. Comparado ao mês anterior, houve acréscimo real de R$ 29,27 no salário médio de admissão, uma variação positiva de 1,52%.

O Recife ficou em segundo lugar no ranking do Nordeste, com destaque para o setor de serviços e um saldo de 3.217 contrataçõ­es. Além da capital pernambuca­na, Igarassu e Lagoa de Itaenga geraram mais postos de trabalho

Saldo de desligamen­tos e admissões com carteira assinada ainda foi menor que agosto de 2021

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Apesar de saldo positivo no mês de agosto, saldo de emprego formal avança pouco no ano em Pernambuco sobre o resultado de 2021
CAGED Apesar de saldo positivo no mês de agosto, saldo de emprego formal avança pouco no ano em Pernambuco sobre o resultado de 2021

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