Resignado, Danilo admite derrota histórica
Candidato oficialmente apoiado pelo ex-presidente Lula em Pernambuco, o deputado federal Danilo Cabral (PSB), recebeu pouco mais de 18% nestas eleições. Nem mesmo o desempenho do líder petista no Estado, que teve 65,27% dos votos válidos, e a eleição da candidata ao Senado, Teresa Leitão (PT), com 46,12%, foram suficientes para que o socialista pudesse disputar o segundo turno.
Danilo Cabral acompanhou a apuração das urnas no Recife Praia Hotel, no Pina, onde historicamente o PSB se reúne para comemorar suas vitórias.
Sem Teresa Leitão (PT), que por recomendação médica não pôde acompanhar a apuração no hotel, e sem a presença da vice-governadora Luciana Santos (PCDOB), candidata a reeleição, Danilo Cabral estava acompanhado de sua família e de lideranças como o governador Paulo Câmara (PSB) e o prefeito do Recife, João Campos (PSB).
Somente quando as urnas já apontavam um caminho irreversível para o quarto lugar na disputa, Danilo Cabral desceu, às 21h31, para se pronunciar sobre a derrota, após 16 anos do PSB no comando do Executivo estadual.
FRENTE POPULAR
“Nós cumprimos o nosso papel. A Frente Popular percorreu o estado de Pernambuco, apresentou propostas que falavam da nossa história, para aquilo que nós estamos fazendo de transformações e, sobretudo, para o futuro”, afirmou Danilo, durante coletiva de imprensa.
“O povo, de forma soberana, fez uma opção, que nós precisamos respeitar, pela alternância do poder. Quem defende a democracia tem que respeitar essa decisão e nós respeitamos e legitimamos”, completou o socialista.
Nesta segunda-feira (3), o PSB deverá se reunir para iniciar o processo de recomposição com relação ao posicionamento que deverá adotar na disputa pelo segundo turno. Disputa a corrida pelo Palácio do Campo das Princesas, as candidatas Marília Arraes (Solidariedade) e Raquel Lyra (PSDB).
Questionado sobre quem o partido poderia apoiar, Danilo Cabral afirmou apenas que já tem certo, o foco na eleição do ex-presidente Lula, que disputa o segundo turno contra o presidente Jair Bolsonaro (PL).
“Esse momento é de união. Nossa tarefa é unir o povo brasileiro neste segundo turno para que a gente aponte um caminho que preserve o Brasil, a partir de 2023, com a eleição do presidente Lula. Este é o esforço que nós vamos fazer até o próximo dia 30 de outubro, é eleger Lula presidente da República”, afirmou.