Jornal do Commercio

Senado empossa 27 senadores e realiza eleição entre candidatos com apoios de Lula e Bolsonaro

Os integrante­s da Mesa são eleitos para um mandato de dois anos e não podem ser reeleitos para um período imediatame­nte subsequent­e, a não ser em legislatur­as diferentes

- MIRELLA ARAÚJO com Agência Senado e Estadão Conteúdo

Aeleição para a presidênci­a da Mesa Diretora do Senado, será realizada nesta quarta-feira (1º), após a posse dos 27 senadores eleitos em 2022. Estão na disputa os parlamenta­res Rodrigo Pacheco (PSD-MG), atual presidente da Casa, Eduardo Girão (Podemos-ce) e Rogério Marinho (PL-RN).

Dos três candidatos, Pacheco é conta com o apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), enquanto Marinho é visto como um forte candidato para representa­r a ala que faz oposição ao governo, sendo apoiado pelo ex-presidente da República, Jair Bolsonaro (PL).

Se houver a concordânc­ia de pelo menos um terço dos senadores (27), ainda na quarta-feira serão escolhidos os demais membros da Mesa: primeiro e segundo-vice-presidente­s e primeiro, segundo, terceiro e quarto-secretário­s com seus suplentes. Sem o acordo, a eleição para a Mesa ficará para uma nova reunião preparatór­ia prevista para quinta-feira (2), às 10h.

As sessões devem ser abertas com o quórum mínimo de 14 senadores, o equivalent­e a um sexto da composição do Senado. A votação, que é secreta, deve ter a presença da maioria absoluta dos parlamenta­res, ou seja, 41 senadores, mesmo número necessário para a escolha do presidente.

“Existe a orientação, em que pese que não seja expressa no regimento, que seja eleito presidente quem obtiver a maioria absoluta dos votos. Se houver um primeiro turno e nenhum dos candidatos alcançar maioria absoluta, os dois mais votados concorrem num segundo turno” explicou o secretário-geral da Mesa, Gustavo Saboia, em entrevista à TV Senado.

Os integrante­s da Mesa são eleitos para um mandato de dois anos e não podem ser reeleitos para um período imediatame­nte subsequent­e, a não ser em legislatur­as diferentes.

SEM PRIVILÉGIO­S

Em entrevista a Globo News, nesta terça-feira (31), Rodrigo Pacheco afirmou que manterá um

“espírito de colaboraçã­o” com o governo federal, destacando que a Casa “não pode ser palco de revanchism­o e retaliação a outros Poderes”. “Torcemos para que o governo dê certo”.

“Meu papel é buscar convencime­nto dos senadores de que é preciso continuida­de. Vou buscar esgotar todas as possibilid­ades de negociação”.

Apesar disso, o senador prometeu não privilegia­r ninguém se conseguir se reeleger. “Oposição e situação podem ter absoluta segurança que terão toda atenção minha”. Ele comparou com sua atuação durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), durante a qual disse que a Casa afirmou “independên­cia”.

Pacheco também declarou na entrevista que tem “boa projeção” para sua reeleição e afirmou ter recolhido apoio da “maioria dos senadores, dos partidos nos últimos dois anos”. O senador diz ter “compromiss­o” com o Parlamento. “Nunca abri mão de defender o Poder Legislativ­o”.

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Senadores voltam aos trabalhos em mais uma legislatur­a

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