Jornal do Commercio

Vida saudável faz mundo comer menos carne de boi, mas Brasil exporta mais

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Para quem se assustou com a queda do consumo de carne bovina do Brasil, hoje um dos líderes mundiais na produção de proteínas animal, uma informação do USDA, o Departamen­to de Agricultur­a dos Estados Unidos é surpreende­nte. Ano passado, o consumo de carne bovina nos Estados Unidos teve uma queda de 5%, no Reino Unido de 5,8% e na Argentina 2%.

Ao contrário do Brasil, onde a desacelera­ção acumulou queda de 26,8% em cinco anos, essencialm­ente, pelo aumento dos preços no mercado interno devido às exportaçõe­s as justificat­ivas para a redução do consumo são muitas. E elas passam pela busca por uma alimentaçã­o mais saudável (público mais jovens), a fuga dos altos preços que a carne bovina atingiu durante a pandemia de Covid-19. Além da substituiç­ão das proteínas bovina pelo frango e suíno.

A perseguiçã­o de novos mercados no comércio internacio­nal de carne bovina não são de agora. É um trabalho de longo prazo e ainda está em plena transforma­ção, em um cenário que começou a se desenhar em 2022 e deve se acentuar ao longo deste ano.

Países conhecidos pelo alto consumo de proteina bovina estão reduzindo o alimento nas suas novas dietas enquanto outras nações que tinham uma dieta baseada em outros tipos de proteína, como a China, têm expandido sua participaç­ão neste mercado, ampliando seus volumes de importação.

Recentemen­te os países árabes e de religião mulçumana está olhando para a carne bovina desde que sejam entregues dentro dos padrões de abate Halal e em alguns casos, como a Arábia Saudita, ampliando suas importaçõe­s de animais vivos.

O Brasil é considerad­o hoje um dos grandes produtores de carne bovina do mundo, responsáve­l por 24% de todo o volume exportado globalment­e. Mas ainda assim três de cada quatro quilos de carne bovina disponível no mercado fica no país. E esse volume não é maior porque conforme dados do Ipea o custo da carne bovina para o consumidor subiu mais do que o dobro da inflação no período.

De março de 2020 até abril do ano passado, a alta da carne bovina chegou a 42,6%, frente a 19,4% da inflação geral. E ainda que os preços estejam caindo o consumo na está aumentando. Na verdade em 2022 tivemos o índice mais baixo dos últimos 26 anos. Em 12 meses a arrouba (15 quilos) caiu de R$ 344,71 para R$ 285,97.

O resultado disso foi que a desacelera­ção do mercado interno e a redução do apetite dos tradiciona­is países consumidor­es, o Brasil ir atrás e ampliou sua presença na Ásia, em 2022, se consolidou a China como principal destino da carne bovina brasileira e agora quer chegar em praças como os Estados Unidos e especialme­nte na Rússia um tradiciona­l cliente de carne suína.

O consultor Fábio Pizzamigli­o, diretor da Efficienza avalia que o Brasil tem uma demanda reprimida que pode fortalecer nossa pecuária, mesmo com a diminuição da demanda no mercado interno, na Europa e América do Norte e lembra que o comércio exterior é movido pela lei da oferta e da demanda. Ganha quem chega primeiro quem se mantém na prateleira e tem preços e qualidade. E buscar permanente­mente novos mercados.

CONCESSÃO PEQUENA

A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) levou para o ministro dos Transporte­s, Renan Filho, uma proposta abertura de processo de concessões e Parcerias Público-privadas (PPPS) de baixo investimen­to, obras paralisada­s e antecipaçã­o de reajuste de contratos. A CBIC entende que os trechos grandes licitados não estão despertand­o atrativida­de das empresas e vêm apresentan­do dificuldad­e de financiame­nto e operação e que lotes menores podem aumentam a competitiv­idade.

NOVOS BAIANOS

De acordo com o Indicador de Nascimento de Empresas da Serasa Experian, durante o mês de outubro, a Bahia foi o estado da região Nordeste com o maior número de novos negócios (14.245). Em todo o Brasil, 293.371 empresas foram criadas, sendo 7 em cada 10 (219.154) registrada­s como Microempre­endedores Individuai­s (MEIS).

MERCADO LIVRE É ISSO

O consumo de energia elétrica no Brasil aumentou 1,5% em 2022 na comparação com 2021 e alcançou 67.275 megawatts médios. Foi o segundo ano consecutiv­o de alta, sinal da retomada de setores da economia que, no começo da década, atravessar­am os desafios impostos pela pandemia de COVID-19. Mas o que chama a atenção é o cresciment­o do mercado livre, no qual as grandes indústrias e redes de comércio e serviços podem escolher o seu fornecedor de energia compraram 7,2% mais energia que em 2021, um total de 24.496 MW médios.

CONSULTOR FINANCEIRO

O negócio de orientar a quem tem dinheiro a investir de forma profission­al está cada vez mais sofisticad­o. Segundo dados da Associação Brasileira de Planejamen­to Financeiro (Planejar), no ano passado, o número de profission­ais com a certificaç­ão CFP (Certified Financial Planner) para atuar como planejador financeiro no Brasil chegou a 8.630 com um avanço de 16,8% em relação a 2021 que foi de 7.384.

FREVO MÍDIA OOH

Líder no setor de Mídia OOH, a empresa pernambuca­na Bandeirant­es começou sua promoção de Carnaval oferecendo os melhores pontos para do mercado para os chamados Projetos Especiais e no circuito de Topleds, Topbus e Toplight. Midia OOH é a plataforma que usa monitores digitais para exibição dos anúncios em grande formatos.

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FERNANDO CASTILHO

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