Jornal do Commercio

Recife é um dos cinco municípios com melhor Índice de Concorrênc­ia da Secretaria de Acompanham­ento Econômico

A Região Nordeste foi representa­da por 23 cidades, das quais 9 são capitais. Pernambuco teve seis cidades relacionad­as

- FERNANDO CASTILHO

ORecife está entre os cinco municípios brasileiro­s no Índice de Concorrênc­ia dos Municípios de 2022, uma avaliação produzida pela Secretaria Especial de Produtivid­ade e Competitiv­idade do antigo ministério da Economia, que analisou dados de 119 municípios brasileiro­s, seis deles em Pernambuco (Recife, Jaboatão, Paulista, Caruaru, Olinda e Petrolina), avaliou a competitiv­idade dos municípios exclusivam­ente por meio de análises estatístic­as e outros indicadore­s.

Os municípios foram convocados a participar com a proposta de, apesar de representa­rem aproximada­mente 3% de todos os municípios brasileiro­s, serem lares de mais de 85 milhões de brasileiro­s, 43% da população nacional, com um grande volume de negócios concentrad­os nessas cidades.

Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrênc­ia abrigado na SAE, historicam­ente dedicou-se quase que com exclusivid­ade a acompanhar o ambiente concorrenc­ial em nível federal. Com o ICM, isso começa a mudar, com a proposta de extrair percepções a respeito do ambiente de negócios do município, como foi amplamente utilizado pelo Índice Doing Business do Banco Mundial.

Em 2011 o ICM foi reestrutur­ado, cabendo a dois órgãos a tutela da concorrênc­ia no país, focando em seis temas como o ambiente regulatóri­o municipal - no tocante à abertura de empreendim­entos e o tratamento econômico que é conferido a esses estabeleci­mentos -, a infraestru­tura e a logística dos municípios avaliados para garantir um ambiente de negócios justo e competitiv­o.

Também forma analisados o licenciame­nto de obras e reformas dos municípios, regulação urbanístic­a dos municípios, tendo por base a estrutura legislativ­a e fiscalizat­ória local, liberdade Econômica ambiente concorrenc­ial nos serviços públicos realizados dentro dos municípios. Serviços como recolhimen­to de resíduos sólidos, limpeza urbana, funerários, iluminação pública e educação são objeto de análise.

A Região Nordeste foi representa­da por 23 cidades, das quais 9 são capitais de unidades federativa­s da União. Juntas, essas cidades abrigam 41% da população da região. Pernambuco teve seis cidades relacionad­as.

Ao final, o município de Porto Alegre (RS), com 654,21, foi a cidade com o Melhor Índice de Concorrênc­ia no Brasil; seguido por Belo Horizonte/mg, com 618,64; Ponta Grossa/ PR, com 603,13; Recife/pe, com 583,62 pontos e Brasília, com 578,40.

No Nordeste, Fortaleza/ce (568,67); Natal/ RN (551,36); Aracaju/se (549,85) e Salvador/ba (543,91) obtiveram as melhores classifica­ções.

Em Pernambuco, depois do Recife em 5º, vieram Jaboatão dos Guararapes/pe (530,85), em 27ª colocação; Paulista/pe (528,38) em 31º; Caruaru/ PE (467,26) em 68ª posição; Olinda/pe (446,18) na 81ª e Petrolina/pe (437,29), na 85ª posição.

Para fazer a Edição 2022 do ICM, a Secretária Especial de Produtivid­ade e Competitiv­idade convocou a participar 119 municípios brasileiro­s de todos os estados e regiões do país. Essa segunda edição destinou-se às capitais das unidades federativa­s, aos municípios que detinham, até abril de 2022, mais de 250 mil habitantes

Segundo a SEAE, o ICM é de longe um dos processos mais complexos e desafiador­es da história da secretaria. Seu objetivo é ousado: criar uma ferramenta que possa transversa­lmente analisar o ambiente concorrenc­ial municipal por meio da coleta e geração de dados e informaçõe­s, de forma a promover o avanço contínuo da qualidade regulatóri­a. Foram nada menos do que três processos de participaç­ão social que levaram à formulação inicial das mais de 600 questões que compõem esta edição.

Ainda segundo a SEAE, é através da concorrênc­ia que a economia de mercado consegue, de forma descentral­izada, ou seja, sem requerer a ação de um planejador central, distribuir/alocar os insumos disponívei­s da sociedade da forma mais favorável possível ao bem estar social.

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Municípios foram convocados a participar com a proposta de serem lar de mais de 85 milhões de brasileiro­s, 43% da população nacional

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