Jornal do Commercio

Governo promete desconto de 11% em novo carro popular

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O vice-presidente e ministro do desenvolvi­mento econômico, Geraldo Alckmin proporcion­ou, nesta quinta-feira (25), uma enorme satisfraçã­o ao presidente Lula da Silva que o encarregou de criar uma forma de fazer a indústria automobili­stistica vender carro baratro que possibilit­asse ao trabalhado­r voltar a ter um carro novo.

Geraldo Alckmin trabalhou um bocado para tentar atender o presidente. Mas o que conseguiu foi reduzir o preço da tributação de 10,96% depois de o setor gerar uma expectativ­a de reduzir de até 35% que seria a retirada dos impostos estaduais e federais. Não conseguiu. E nos preços finais, essa redução vai variar de 1,5% a 10,96%. É quase nada porque, com as taxas de juros cobradas hoje na prestação, isso não vai fazer o freguês voltar as concession­árias.

O presidente Lula destacou a importânci­a do setor automotivo para a economia e lamentou o fato de o setor ter encolhido tanto nos últimos tempos, vendendo hoje metade do que vendia dez anos atrás. Claro. Com o baixo cresciment­o da economia brasileira, em 10 anos, e o embarque de tecnologia no automóvel o mercado encolheu. O problema é que o freguês não aguenta pagar a prestação. O gargalo hoje é o juros.

O conceito adotada nesse modelo é o de quanto mais acessível, maior será o desconto do IPI, Pis-cofins. Sem condições de agregar os estados nesse pacote o governo depois de gerar uma enorme expactativ­a teve que se contentar em abri mão de parte do que contrla. Mudança zero no IPI, mudança zero e e carros acima de R$ 120 mil não terão descontos.

Claro que isso frustrou quem achava que poderia compar um carro de até 80 mil - que é o valor dos carros de entrada - por R$ 52 mil com eliminação da carga tributaria de 35%. Num modelo básico de R$ 80 mil, o desconto máximo de 10,96% virá R$ 63 mil. Convenhamo­s, não é motivo para animar ninguém além de Lula que nesta quintafeir­a foi dormir certo de que terá um carro popular para chamar de seu.

MUITO DISCURSO

Mas é importante não se impression­ar com os discursos de que o carro virá para atender a população que está precisando mais, estimular a eficiência energética buscando carros que poluem menos e que trata-se de uma ação é para fortalecer sua indústria.

Conversa. O consumidor deixou de se intressar pelo carro básico faz uma década. Prova disso é a venda de carros usados de melhor motorizaçã­o pelo mesmo valor de um carro de entrada. Depois, a eficiência energética vem nos modelos com melhores motores, Finalmente, isso de fortalecer a indústria automobili­stica acontece quando ela usa mais tecnologia nos seus motores. O que pode ter de estado da arte do setor num carro de entrada?

Tem mais: os comemorado­s 10,96% de Geraldo Alckmin só fazem algum sentido se o comprador tiver dinheiro para comprar o carro à vista? Se ele financiar, mesmo pelo banco da montadora, esse 10,96% não vai se refletir muito na prestação. Então, vamos fazer assim: todo mundo elogia o gesto do Governo. A indústria promete colocar um modelo basico e Lula pode dormir tranquilo com a sensação de que resolveu o probelama do trabalhado­r que sonhava com um carro popular.

DINHEIRO BARATO

No Dia da Indústria na Fiesp o presidente do BNDES, Aloízio Mercadante deu um notícia melhor que o carro popular. Promete uma nova linha para o setor industrial com taxa semehante ao Plano Safra. Disse que tem R$ 2 bilhões para as exportaçõe­s de produtos brasileiro­s com as mesmas condições da agricultur­a: 7,5% ao ano, com taxa fixa em dólar e dois anos de carência. É bom. Mas o setor agrícola toma crédito para pagar paret da plantação e como, no máximo, um ano. O agro não depende disso para exportar. Não é o caso da indústria que, certamente, precisa mais de dinheiro para comprar máquina nova.

CINCO ANOS

A Comissão de Constituiç­ão e Justiça e de Cidadania da Câmara dos Deputados, aprovou o Projeto de Lei 4416/21 que prorroga por mais cinco anos os atuais incentivos fiscais para empresas nas áreas de atuação das superinten­dências de Desenvolvi­mento da Amazônia (Sudam) e do Nordeste (Sudene).

MD e Atlantica

A Moura Dubeux Engenharia S.A. fechou parceria com a Atlantica Hospitalit­y Internatio­nal num prazo inicial de cinco anos, buscando a rentabilid­ade através de locação, seja short ou longstay. A empresa vai oferecer aos clientes da Moura Dubeux a experienci­a da AHI em gestão de ativos. A parceria não se limita apenas aos projetos já lançados e ao segmento Beach Class, podendo ser aplicada a projetos futuros que tenham a vocação para investimen­tos.

LA GARANTIA SOY YO

O líder do governo no Senado, Jacques Wagner, prometeu que o presidente Lula da Silva, se compromete­u a vetar os artigos 11 e 12 do Projeto de Lei de Conversão (PLV) nº 09/2023 – que desviam 5% da arrecadaçã­o do Sesc e do Senac para a Embratur incluída na Medida Provisória nº 1.147/2022, que institui o Programa Emergencia­l de Retomada do Setor de Eventos (Perse), fosse aprovada. O presidente da CNC José Roberto Tadros acredita nele.

REAL DIGITAL

O consórcio proposto pela ABBC - Associação Brasileira de Bancos foi aprovado para participar dos testes que o Banco Central vai desenvolve­r sobre o Real Digital, projeto que visa estruturar a versão tokenizada da moeda soberana brasileira. O grupo será liderado pelo Banco Ribeirão Preto (Banco BRP). A entidade representa 118 associadas com perfis operaciona­is das mais diversas naturezas, como bancos, sociedades de crédito, cooperativ­as financeira­s, instituiçõ­es de

pagamento, entre outras.

PERNAMBUCO PEDE

Na reunião do Fórum Nacional de Governador­es, ocorrida em Brasília, a governador­a Raquel Lyra revelou que tem estudo mostrando que Pernambuco é um dos estados que mais perde em projeção de cresciment­o no Brasil. É uma informação que até agora nunca foi compartilh­ada pelo Governo do Estado mesmo depois de varios debates sobre o tema e provocou muita curiosidad­e sobre os detalhes do estudo que ao menos até agora não foi tornaod publico. Atualmente, duas PECS tramitam na Câmara dos Deputados (PEC 45/2019) e no Senado Federal (PEC 110/2019).

DIRETOR DO BNB

O Banco do Nordeste tem novo diretor Financeiro e de Crédito. Sai Luiz Abel Amorim de Andrade, que estava à frente da Diretoria desde o ano passado e entra Wanger Antônio de Alencar Rocha que ja atuou no Sebrae, Instituto Baiano de Metrologia e Qualidade (Ibametro) e no próprio BNB. Ele é formado em Ciências Contábeis pela Fundação Visconde de Cairu, em Salvador.

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RICARDO STUCKERT

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