Jornal do Commercio

Policial civil é preso suspeito de liderar grupo criminoso no Grande Recife

Comissário foi preso na delegacia do município de Bonito, no Agreste de Pernambuco, durante operação

- RAPHAEL GUERRA

Um comissário da Polícia Civil de Pernambuco é suspeitode­comandarum­grupo criminoso especializ­ado em extorsão e tráfico de drogas comatuação­nograndere­cife. O suspeito, cujo nome não foi revelado, foi um dos presos na Operação Tredo (que significa traidor), deflagrada na última terça-feira.

Os detalhes das investigaç­ões, iniciadas em maio de 2022 pelo Grupo de Operações Especiais (GOE), foram anunciados em coletiva de imprensa ontem. O policial foi preso na delegacia do município de Bonito, no Agreste de Pernambuco.

Segundo a polícia, o grupoprati­cavaextors­õescontra pessoas que eram flagradas comdrogas.umdoisalvo­sfoi umamulherd­e25anos,naturaldes­antacatari­na,quehavia sido cooptada por uma facção criminosa para transporta­r seis quilos de haxixe do Rio Grande do Norte para o Rio de Janeiro.

De passagem pelo Recife, antes de levar a droga ao destinofin­al,amulheraca­bouse relacionan­do com um amigo do comissário e acabou sendo vítima do esquema.

O GOE descobriu que o policial e o amigo criaram um plano para extorquir a mulher. Ela foi abordada e sequestrad­a na saída do hotel onde estava hospedada no dia em que iria viajar para o Rio de Janeiro.

“Ele inclusive usou armamento e viatura da instituiçã­o em prol do crime”, afirmou o o delegado Ivaldo Pereira.

O comissário e mais três comparsas teriam exigido a quantia de R$ 40 mil para que ela e a droga fossem liberadas.

“Eles não conseguira­m o valor e liberaram a mulher depois de um tempo. A droga foi repassada para um homem responsáve­l pela venda”, disse Pereira.

Outra parte da droga acabou sendo apreendida com dois suspeitos presos no dia 17 de maio de 2022, quando asinvestig­açõescomeç­aram.

OPERAÇÃO

Naoperação,realizadan­os municípios­dorecife,paulista, Jaboatão dos Guararapes e Bonito, a Polícia Civil cumpriudoi­smandadosd­ebusca e apreensão e quatro dos seis mandados de prisão expedidos pela Justiça.

Armas de fogo, munições, documentos e o distintivo do policial civil foram apreendido­s na operação.

O comissário e outros três suspeitos estão respondend­o por extorsão mediante sequestro e por tráfico de drogas.

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PCPE/DIVULGAÇÃO Armas de fogo e munições foram apreendida­s com os suspeitos no momento das prisões. Distintivo do policial também foi recolhido
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Grupo de Operações Especiais (GOE) comandou investigaç­ão iniciada em maio de 2022

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