Policial civil é preso suspeito de liderar grupo criminoso no Grande Recife
Comissário foi preso na delegacia do município de Bonito, no Agreste de Pernambuco, durante operação
Um comissário da Polícia Civil de Pernambuco é suspeitodecomandarumgrupo criminoso especializado em extorsão e tráfico de drogas comatuaçãonogranderecife. O suspeito, cujo nome não foi revelado, foi um dos presos na Operação Tredo (que significa traidor), deflagrada na última terça-feira.
Os detalhes das investigações, iniciadas em maio de 2022 pelo Grupo de Operações Especiais (GOE), foram anunciados em coletiva de imprensa ontem. O policial foi preso na delegacia do município de Bonito, no Agreste de Pernambuco.
Segundo a polícia, o grupopraticavaextorsõescontra pessoas que eram flagradas comdrogas.umdoisalvosfoi umamulherde25anos,naturaldesantacatarina,quehavia sido cooptada por uma facção criminosa para transportar seis quilos de haxixe do Rio Grande do Norte para o Rio de Janeiro.
De passagem pelo Recife, antes de levar a droga ao destinofinal,amulheracabouse relacionando com um amigo do comissário e acabou sendo vítima do esquema.
O GOE descobriu que o policial e o amigo criaram um plano para extorquir a mulher. Ela foi abordada e sequestrada na saída do hotel onde estava hospedada no dia em que iria viajar para o Rio de Janeiro.
“Ele inclusive usou armamento e viatura da instituição em prol do crime”, afirmou o o delegado Ivaldo Pereira.
O comissário e mais três comparsas teriam exigido a quantia de R$ 40 mil para que ela e a droga fossem liberadas.
“Eles não conseguiram o valor e liberaram a mulher depois de um tempo. A droga foi repassada para um homem responsável pela venda”, disse Pereira.
Outra parte da droga acabou sendo apreendida com dois suspeitos presos no dia 17 de maio de 2022, quando asinvestigaçõescomeçaram.
OPERAÇÃO
Naoperação,realizadanos municípiosdorecife,paulista, Jaboatão dos Guararapes e Bonito, a Polícia Civil cumpriudoismandadosdebusca e apreensão e quatro dos seis mandados de prisão expedidos pela Justiça.
Armas de fogo, munições, documentos e o distintivo do policial civil foram apreendidos na operação.
O comissário e outros três suspeitos estão respondendo por extorsão mediante sequestro e por tráfico de drogas.