Jornal do Commercio

Câmeras nas fardas da Polícia Militar vão impedir ‘extorsões’ nas blitzes da Lei Seca

Os policiais militares da Lei Seca no Estado começaram a usar as câmeras para gravar as abordagens realizadas aos motoristas

- ROBERTA SOARES

Anotícia de que a Polícia Militar de Pernambuco já está utilizando câmeras acopladas às fardas nas blitzes da Operação Lei Seca no Estado deve ser comemorada pelo bom condutor. Além de combater a violência em geral contra a população, as câmeras também vão evitar possíveis casos de ‘extorsões’ e, ainda, garantir a segurança dos agentes, muitas vezes agredidos por motoristas alcoolizad­os.

Os policiais militares da Lei Seca no Estado começaram a usar as câmeras para gravar as abordagens realizadas aos motoristas em janeiro de 2023. A estratégia de segurança foi confirmada pela coordenado­ra da Operação Lei Seca, a tenente-coronel Steice Oliveira, à Coluna Segurança do JC.

Quem conhece a Operação Lei Seca sabe como a questão da segurança é fundamenta­l para os agentes. Mais de 80% dos flagrantes de alcoolemia realizados nas blitzes são por recusa, ou seja, o motorista se nega a fazer o teste no etilômetro porque sabe que bebeu antes de dirigir e será flagrado pelo equipament­o.

SEGURANÇA PARA EVITAR AGRESSÃO A AGENTES DE TRÂNSITO, SAÚDE E AOS PMS

A coordenado­ra confirmou que a tecnologia está sendo usada para garantir mais transparên­cia à operação e também para proteger os profission­ais de possíveis ações violentas de condutores que não cumprem a lei. Vale lembrar que, nas blitzes da Operação Lei Seca - que envolvem, além da PM, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) e o Detran-pe - são os militares que garantem a segurança dos profission­ais do Detran-pe e da SES, realizando a primeira abordagem aos condutores.

“Todos os policiais que fazem parte da operação já estão usando os equipament­os, que estavam em fase de testes desde setembro do ano passado. Agora é pra valer. Eles já saem da Secretaria de Saúde com as câmeras ligadas e permanecem assim até a hora de largar”, explicou a tenente-coronel.

As bodycams, como são chamadas as câmeras acopladas às fardas militares, gravam imagens e sons e são transmitid­as em tempo real para uma central que fica na sede da Secretaria Estadual de Saúde, no bairro do Bongi, Zona Oeste do Recife. Todas as imagens e sons ficam armazenado­s na nuvem para serem acessados remotament­e, se necessário. As gravações ficam salvas por 30 dias.

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MIVA FILHO/SES Quem conhece a Operação Lei Seca sabe como a questão da segurança é fundamenta­l para os agentes. Mais de 80% dos flagrantes de alcoolemia realizados nas blitzes são por recusa, ou seja, o motorista se nega a fazer o teste no etilômetro porque sabe que bebeu antes de dirigir e será flagrado pelo equipament­o
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