Câmeras nas fardas da Polícia Militar vão impedir ‘extorsões’ nas blitzes da Lei Seca
Os policiais militares da Lei Seca no Estado começaram a usar as câmeras para gravar as abordagens realizadas aos motoristas
Anotícia de que a Polícia Militar de Pernambuco já está utilizando câmeras acopladas às fardas nas blitzes da Operação Lei Seca no Estado deve ser comemorada pelo bom condutor. Além de combater a violência em geral contra a população, as câmeras também vão evitar possíveis casos de ‘extorsões’ e, ainda, garantir a segurança dos agentes, muitas vezes agredidos por motoristas alcoolizados.
Os policiais militares da Lei Seca no Estado começaram a usar as câmeras para gravar as abordagens realizadas aos motoristas em janeiro de 2023. A estratégia de segurança foi confirmada pela coordenadora da Operação Lei Seca, a tenente-coronel Steice Oliveira, à Coluna Segurança do JC.
Quem conhece a Operação Lei Seca sabe como a questão da segurança é fundamental para os agentes. Mais de 80% dos flagrantes de alcoolemia realizados nas blitzes são por recusa, ou seja, o motorista se nega a fazer o teste no etilômetro porque sabe que bebeu antes de dirigir e será flagrado pelo equipamento.
SEGURANÇA PARA EVITAR AGRESSÃO A AGENTES DE TRÂNSITO, SAÚDE E AOS PMS
A coordenadora confirmou que a tecnologia está sendo usada para garantir mais transparência à operação e também para proteger os profissionais de possíveis ações violentas de condutores que não cumprem a lei. Vale lembrar que, nas blitzes da Operação Lei Seca - que envolvem, além da PM, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) e o Detran-pe - são os militares que garantem a segurança dos profissionais do Detran-pe e da SES, realizando a primeira abordagem aos condutores.
“Todos os policiais que fazem parte da operação já estão usando os equipamentos, que estavam em fase de testes desde setembro do ano passado. Agora é pra valer. Eles já saem da Secretaria de Saúde com as câmeras ligadas e permanecem assim até a hora de largar”, explicou a tenente-coronel.
As bodycams, como são chamadas as câmeras acopladas às fardas militares, gravam imagens e sons e são transmitidas em tempo real para uma central que fica na sede da Secretaria Estadual de Saúde, no bairro do Bongi, Zona Oeste do Recife. Todas as imagens e sons ficam armazenados na nuvem para serem acessados remotamente, se necessário. As gravações ficam salvas por 30 dias.