Técnicos buscam corrigir fracassos de antecessores
Allan Aal, Itamar Schülle e Mariano Soso comandam os elencos do Trio de Ferro pernambucano
No futebol, a função de um treinador pode ser comparada a de um piloto na Fórmula 1: não adianta ter um grande carro se quem o dirige não está a altura. No esporte bretão, o técnico não só dirige o time como o potencializa através das peças que ele tem em mãos. Visando conquistar metas não alcançadas na última temporada, o Náutico, Sport e Santa Cruz investiram em novos treinadores para 2024.
Para 2024, o objetivo não é outro que não seja evitar cometer os mesmos erros dos últimos treinadores. Enquanto o Sport e Náutico vão buscar o acesso para as divisões acimas das que eles estão, o Santa Cruz tenta se recolocar no cenário nacional do futebol.
Seguindo a série de matérias especiais sobre os elencos do Trio de Ferro, o Blog do Torcedor e Jornal do Commercio também apresenta os treinadores dos clubes da capital pernambucana. Confira.
NÁUTICO
O Náutico foi atrás de um nome conhecido no futebol nordestino. Allan Aal vinha de um trabalho péssimo no ABC, sendo um dos responsáveis pelo rebaixamento do clube potiguar. Foram oito derrotas, nove empates e apenas duas vitórias em 19 partidas.
Mesmo assim, o Timbu acreditou na reabilitação do técnico paranaense. Além do Náutico e ABC, Allan Aal também tem passagens por Vila Nova, Novorizontino, CRB, Guarani, Cuiabá, Paraná, Cascavel, Nacional-sp, Portuguesa, Foz do Iguaçu e Rio Branco-pr. O técnico também comandou a equipe sub-20 do Coritiba.
Quando o técnico de 44 anos chegou ao clube alvirrubro, projetou protagonismo do Timbu na temporada. Atualmente, o clube briga pela liderança do Campeonato Pernambucano e da Copa do Nordeste.
“A partir do momento que você assume a equipe como o náutico, você tem que ser protagonista. A gente está preparado para este desafio. Se o nosso melhor vai nos levar ao título, aí o tempo que vai dizer. Mas a cobrança vai ser sempre pelo mais alto possível. A gente tem que pensar grande”, ressaltou Allan Aal.
SANTA CRUZ
O Santa Cruz optou por dar uma segunda chance a Itamar Schülle, que passou pela Cobra Coral em 2020 e foi Vice-campeão Pernambucano, tendo sido derrotado pelo Salgueiro na final. Apesar da boa campanha no início daquela temporada, o treinador acabou não permanecendo no cargo.
Com o clube tentando se reerguer no cenário do futebol brasileiro, Itamar foi o escolhido para dar esses primeiros passos. Com isso, treinador de 57 anos chegou com a mentalidade de repetir os pontos positivos da última passagem.
“União é fundamental, assim como ter um vestiário como tivemos na última passagem, bom e tranquilo. Isso certamente faz diferença quando entramos em campo”, destacou.
Além do Santa Cruz, Itamar Schülle também tem trabalhos em clubes como Joinville, Rio Branco-pr, São Luiz, Brasil de Pelotas, Botafogo-pb, São José-rs, Novo Hamburgo, Chapecoense, Operário Ferroviário, Cuiabá, Paysandu, Concórdia, entre outros.
SPORT
O Sport voltou a investir em um estrangeiro para comandar o elenco rubro-negro. O argentino Mariano Soso estava no futebol peruano quando aceitou a proposta de comandar um clube brasileiro pela primeira vez.
Foi no futebol peruano, inclusive, que Soso começou a carreira como técnico. Antes, ele chegou a ser auxiliar em clubes da Argentina, do Paraguai, do México e do Chile.
Em sua trajetória, o técnico de 42 anos já comandou clubes como os peruanos Real Garcilaso, Sporting Cristal e Melgar, os argentinos Gimnasia, Defensa y Justicia e San Lorenzo, o equatoriano Emelec e o chileno O’higgins.
Com um perfil de jogo ofensivo, Mariano Soso atraiu os olhos da diretoria rubro-negra, que visa o acesso para a Série A este ano.
“Reconheço que há muitas coincidências entre o que eu e a direção pensamos sobre modelo de jogo. O clube tem muito clara a identidade que pretende ter e será o nosso trabalho tentar imprimir ele no time”, pontuou o argentino.