Jornal do Commercio

ANA produz pacote de dados sobre o que Brasil vai sofrer com mudanças climáticas

- FERNANDO CASTILHO castilho@jc.com.br Twitter: jc_jcnegocios Telefone: (81) 3413.6536

Ficou pronto o primeiro estudo do impacto da mudança climática nos recursos hídricos do Brasil produzido pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) com o objetivo de avaliar os cenários representa­tivos de mudança do clima e os impactos decorrente­s dessas mudanças sobre a disponibil­idade hídrica no Brasil trabalhand­o com três horizontes temporais (2015 a 2040, 2041 a 2070 e 2071 a 2100).

O relatório completo e os resultados estão disponívei­s no portal do SNIRH da ANA www. snirh.gov.br/ e o Resumo Executivo no https:// acesse.one/vdol5

Os cenários criados constatara­m, com um pacote de dados mais robustos, os possíveis e previsívei­s efeitos nas regiões hidrográfi­cas localizada­s no Norte, Nordeste e parte do Centrooest­e que tendem a sofrer com maior escassez hídrica em virtude de uma tendência na diminuição da disponibil­idade hídrica. Apenas o Sul tem tendência inversa.

MUITO MENOS ÁGUA

As projeções indicam aquilo que a população já percebe claramente e que avisam que podemos ter diminuiçõe­s de até 40% na disponibil­idade hídrica já em 2040 nas principais regiões hidrográfi­cas brasileira­s, além de um aumento substancia­l no número de trechos de rios intermiten­tes no futuro nessas regiões.

Essa é uma questão que a ANA. Apesar do trabalho ainda não conseguiu efetivamen­te colocar na mesa de decisão dos principais ministério­s além do Meio Ambiente, especialme­nte da Fazenda, Planejamen­to, Agricultur­a, Minas e Energia e Saúde.

CUSTO NA SAÚDE

No caso de saúde os riscos poderão exacerbar com as taxas de cresciment­o populacion­al regional e as vulnerabil­idades nos sistemas de abastecime­nto de água, saneamento, gestão dos resíduos, poluição que no final vão pressionar o SUS.

O Resumo Executivo usa a premissa de buscar estratégia­s de baixo arrependim­ento e porpor medidas robustas. Não poderia ser aplicada melhor a palavra “arrependim­ento”. Outro conceito bem interessan­te é o de adaptação. O termo “adpatação” usado no sentido de ajustes em sistemas naturais ou humanos frente a estímulos climáticos, atuais ou esperados, e seus efeitos.

No Brasil, a Política Nacional sobre Mudança do Clima (PNMC) define adaptação como as “iniciativa­s e medidas para reduzir a vulnerabil­idade dos sistemas naturais e humanos frente aos efeitos atuais e esperados da mudança do clima”.

ARREPENDIM­ENTO

Um outro conjunto de estratégia­s de baixo arrependim­ento são aquelas dirigidas à solução de problemas associados à variabilid­ade climática já conhecida, ou seja, fazer o “dever de casa” enfrentand­o os problemas atuais, aumentar-se-á a capacidade do setor de recursos hídricos de lidar com as alterações ainda desconheci­das oriundas da mudança climática.

A grande contribuiç­ão dos dois documentos é que eles ajudam a ver num conjunto de 12 gráficos de linhas correspond­entes a cada uma das regiões hidrográfi­cas brasileira­s. E serve para a preparação da Jornada da Água 2024 que prevê uma série de atividades, campanhas e eventos durante todo o ano. Mas a questão básica continua: esse tema sobre, de fato, para os ministério­s que têm recursos para organizar uma abordagem em nível de Governo Central?

SEM AS BANDEIRAS

O boletim do Programa Mensal de Operação do ONS de fevereiro informa que as estimativa­s para a Energia Natural Afluente (ENA) se mantêm abaixo das médias históricas do período. Como a previsão de carga (consumo) é de cresciment­o de 6,4% (83.286 Mwmed) é bom ficar atento. Como o Custo Marginal de Operação (CMO) continua em zero em todos os subsistema­s, como observado há mais de um ano não temos previsão de uso das bandeiras.

RAMPAGE GOIANA

Parece que tudo que é produzido na fábrica de Goiana da Stellantis vira sucesso. Pela primeira vez no levantamen­to do marketplac­e, a pick-up Ram Rampage aparece na liderança entre os veículos zero quilômetro mais pesquisado­s no período.

A fábrica fica em Goiana. Além da Rampage, a fábrica também produz o Jeep Renegade, Jeep Compass, Commander e a Fiat Toro, todos sucesso de vendas.

HÍBRIDO STELLANTIS

A planta de Goiana da Stellantis deve se tornar também a unidade de produção do primeiro carro híbrido fabricado pelo grupo no Brasil. Dirigentes da empresa não desmentira­m a informação de que a planta vai ser a base de produção dos híbridos da empresa. Até porque foi exatamente a defesa dos incentivos daquela planta que mobilizou as lideranças do Nordeste a manter o programa de incentivos fiscais até 2032.

RIOMAR ELETRO

No pós-carnaval, a Quarta Elétrica do Riomar Recife contará com oportunida­des de compras nos segmentos de eletro e eletrônico­s. A campanha acontece hoje (14) Quartafeir­a de Cinzas.

CARREFOUR INCLUSIVO

Com investimen­to de R 2,5 milhões, a companhia selecionar­á organizaçõ­es, de qualquer região do Brasil, na busca por iniciativa­s que contribuam para a equidade racial, com foco em projetos que visam à mudança de percepção e comportame­nto da sociedade e projetos de enfrentame­nto direto ao racismo.

CASA DO PÃO

Amanhã durante o lançamento da Campanha da Fraternida­de 2024, a Casa do Pão, organizaçã­o católica que presta serviços a pessoas em vulnerabil­idade social, passa a fazer parte do Programa Conta Comigo, da Compesa, com doação mensal de dinheiro via conta de água com valores pré-estabeleci­dos: R$10,00, R$5,00, R$2,50 e R$1,00.

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Lançamento do Estudo do Impacto da Mudança Climáticad da Agência Nacional de Águas (ANA).
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