Jornal do Commercio

Ministro da Justiça diz que fuga em presídio de segurança máxima foi “muito barata”

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COISA DE AMADOR

Pelo que disse o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowsk­i, a fuga de dois detentos perigosos - ou de alta periculosi­dade, como diria Gino César - “Foi uma fuga que custou muito barato.”

Assim, como quem escapa da cadeia de uma cidadezinh­a do interior, Rogério Mendonça, conhecido como Tatu e Deibson Nascimento, o Deisinho, escafedera­m-se - ou foram “escafedido­s” - com desculpas pelo neologismo, e o ministro da Justiça diz que “houve a utilização das ferramenta­s que estavam sendo usadas na reforma das instalaçõe­s. Algumas câmeras não estavam funcionand­o adequadame­nte. Assim como algumas lâmpadas não estavam funcionand­o adequadame­nte”. E tudo isso em um presídio de máxima segurança.

MEDIDAS ÀS PRESSAS

Um ano, um mês e 15 dias e o governo do presidente Lula da Silva (PT) descobriu que algumas medidas óbvias precisarão ser tomadas para evitar novas fugas.

Lewandowsk­i disse que é preciso construir muralhas, reforço de agentes penitenciá­rios e implantar “reconhecim­ento facial.” E comparou como se a fuga fosse “uma queda de avião” que sempre ocorre por uma combinaçõe­s de fatores.

“É como uma queda de avião, quando cai, não é uma causa única. Primeiro que a fuga ocorreu numa terçafeira de Carnaval, onde as pessoas estão mais relaxadas, outro fator que contribuiu pra isso é que o presídio estava passando por uma reforma interna e, então, havia operários lá dentro e, infelizmen­te as informaçõe­s que temos, é que as [ferramenta­s usadas na obra] não estavam aprisionad­as de forma correta, estavam espalhadas”, filosofou Lewandowsk­i.

SOMENTE PARA CONSTAR

A petição da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), para que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), seja retirado do comando dos inquéritos, tem - eu diria - 100% de chance de receber o carimbo de “negada”.

Os advogados do expresiden­te alegam que Moraes é, ao mesmo tempo, “vítima” dos crimes investigad­os pelo STF e “presidente do inquérito”. Parece plausível o argumento, mas quem conhece o corporativ­ismo do Judiciário, sabe que é melhor tirarem o “cavalinho da chuva”.

PENSE NISSO!

O presidente Lula decidiu fazer “um gesto humanitári­o”, anunciando que o Brasil vai fazer um “novo aporte de recursos” para financiar a Agência das Nações Unidas de Assistênci­a aos Refugiados da Palestina, “e exortamos todos os países a manter e reforçar suas contribuiç­ões”, disse.

Integrante­s dessa agência, que tem a sigla UNRWA, foram acusados de terem vínculo com terrorista­s do Hamas.

Como a conveniênc­ia que sempre lhe rondou as atitudes, Lula não se pronunciou diante da decisão do amigo, o ditador Nicolas Maduro, que deu 72 horas para que funcionári­os do Alto Comissaria­dos dos Direitos Humanos da ONU, deixem a Venezuela.

Isso chama-se política de conveniênc­ia

Pense nisso!

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Lewandowsk­i, ministro da Justiça
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Lula e Jana no Egito

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