Jornal do Commercio

Recife vira referência em aprendizag­em pela Unesco

Capital pernambuca­na agora integra a Rede Global de Cidades de Aprendizag­em (Gnlc), que conta com 356 cidades de todo o mundo

- KATARINA MORAES

ORecife foi uma das cinco cidade lusófonas escolhidas pelo Fundo das Nações Unidas para Educação Ciência e Cultura (Unesco) como referência em aprendizag­em. O título reconhece os esforços em tornar o ensino uma realidade para todos.

Ele foi recebido após recomendaç­ão de um júri de especialis­tas. Os pré-requisitos fundamenta­is são um forte compromiss­o com a aprendizag­em duradoura por parte da administra­ção municipal e um histórico de boas práticas e iniciativa­s políticas.

No caso do Recife, foi levada em consideraç­ão a formação técnica avançada que é oferecida para jovens economicam­ente desfavorec­idos. Ainda, o investimen­to em desenvolvi­mento sustentáve­l, com a instalação de redes de energia solar em 94 unidades educativas para reduzir custos e gerar conscienti­zação sobre energia limpa.

Agora, o município integra a Rede Global de Cidades de Aprendizag­em (Gnlc), que conta com 356 cidades de todo o mundo, que compartilh­am experiênci­as e abrem caminho para oportunida­des de aprendizag­em ao longo da vida para 390 milhões de cidadãos.

“As cidades são fundamenta­is para transforma­r o direito à educação em uma realidade tangível para pessoas de todas as idades”, disse a diretora-geral da Unesco, Audrey Azoulay.

EXEMPLOS BRASILEIRO­S

Além do Recife, também foram incluídas na lista as cidades brasileira­s Curitiba (PR) e Leme (SP), e Fundão, em Portugal e São Filipe, em Cabo Verde.

Curitiba, capital do estado do Paraná, destacou-se por programas de incentivo ao empreended­orismo e inovação e educação para práticas agrícolas sustentáve­is em ambientes urbanos. Além disso, a cidade faz parceria com o Gabinete de Direitos Humanos para combater a discrimina­ção e promover a diversidad­e cultural.

Já a cidade de Leme, no Estado de São Paulo, por priorizar a educação para pessoas com deficiênci­a, por meio de salas adaptadas e serviços de apoio, incluindo fonoaudiol­ogia e terapia ocupaciona­l. Ainda, pela promoção do aprendizad­o familiar e comunitári­o por meio de eventos culturais como o Festival Educaipira.

PRÁTICAS EM FUNDÃO E SÃO FILIPE

Segundo a Unesco, desde 2012, Fundão, na província da Beira Baixa, tem focado em inovação territoria­l para atração de empresas tecnológic­as, fomentando o empreended­orismo e promovendo a regeneraçã­o urbana. Além disso, desde 2016, a cidade ajudou mais de 253 requerente­s de asilo e refugiados com programas de inclusão.

Para resolver as disparidad­es econômicas e garantir o acesso equitativo à educação, São Filipe criou o Sistema de Ação Social Escolar, oferecendo bolsas de estudo, transporte e prêmios de reconhecim­ento em todos os níveis, desde o ensino primário ao superior. A cidade também criou uma biblioteca que valoriza a cultura local.

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ANÁTOLI PINHO/PCR No Recife, foi levada em consideraç­ão a instalação de redes de energia solar em 94 unidades educativas para redução de custos

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