REV. MIGUEL COX
“Porque satisfiz à alma cansada, e saciei a toda alma desfalecida”.
Jeremias 31:25
Para muitas pessoas tem de haver barulho, música tocando, gente falando, rádio ou televisão ligados, agitação, porque o silêncio e a tranquilidade são insuportáveis! Algumas pessoas não conseguem se recluir, meditar, fazer uma introspecção, porque a calma incomoda.
Sem ter o objetivo de fazer juízo de valor sobre as preferências de ninguém, sou daqueles que aceitam a ideia de que o nosso ser precisa de quietude para harmonizarse consigo mesmo. O frenesi, sem uma dosagem de equilíbrio e controle, pode nos desorganizar interiormente e nos levar a excessos prejudiciais.
A calma exagerada também poderá ser nociva. O isolamento de pessoas, a fuga sorrateira para curtir vícios, a busca de satisfação em práticas não saudáveis, todo tipo de reclusão prolongada motivada por tristeza, decepções e dores da alma na busca de alívio em futilidades, denuncia enfermidades da alma. Falo de ações e reações autodestrutivas em tempos de desespero onde se busca refrigério em campo minado. O perigo de se deparar com um caminho sem volta ronda quem assim se encolhe, porque não mais enxerga horizontes de esperança.
Os atrativos desta terra são fascinantes. O mundo e a sua natureza exuberante nos enchem de encantos e belezas difíceis de se descrever com palavras. Muitas pessoas, seduzidas pelos deslumbramentos da criação, buscam nela respostas para as suas angústias interiores.
As viagens para lugares exóticos, as férias em locais agradabilíssimos onde o homem ainda não deformou, são considerados portos seguros para a revitalização do nosso ser sofrido e amargurado. No entanto, essas maravilhas divinas ficam na periferia da nossa alma, não conseguem penetrar e trazer regozijo permanente.
Vamos ao nosso ponto principal: todas as nossas tentativas em buscar satisfação, paz e descanso para o nosso ser, mantendo distância protegida de Deus e, ainda, procurando subterfúgios em